Pov's Lauren
Assim que estacionei o carro e desci do mesmo, avistei Dinah, Normani e Ally conversando com uns caras que deveriam ter pelo menos uns dois metros de altura. Caminhei até aonde elas estavam e quando estava próxima do local DJ me notou e saiu correndo em minha direção e terminou quase me sufocando em um abraço de urso bem apertado.
L: DJ, eu sei que você sentiu minha falta, eu também senti a sua, mas você está me deixando sem ar. – Falei quase sem voz alguma.
D: Desculpe por isso – disse me soltando. Graças a Deus – Eu realmente senti sua falta Laur. Claro que nem tanto quanto você sentiu a minha, mas eu senti.
L: Não se iluda, todo esse tempo que estivemos fora eu senti mais falta da minha cama do que de você. – Fingi indiferença e Dinah fingiu uma cara ofendida para logo depois me abraçar novamente, um pouco mais calma dessa vez. – Sua boba, é claro que eu senti sua falta DJ. Agora vamos, eu quero matar essa saudade das outras meninas.
Andamos até a rodinha que tinha sido formada e logo que cheguei Ally e Normani soltaram gritinhos histéricos e me abraçaram juntas, tão apertado quanto Dinah e eu tinha certeza absoluta que havia ganhado alguns pequenos hematomas pelos braços. Não podia negar, a falta que aquelas três me faziam era imensa. Sem elas ao meu lado eu não tinha praticamente nada. Elas eram minha segunda família e eu não as trocava por nada e nem ninguém nesse mundo todo.
A: Que bom que você chegou Laur. Estava morrendo de saudades – falou a baixinha e me deu um beijo no rosto.
N: Sim, todas nós estávamos. Não via a hora de poder estar com todas vocês novamente. – Normani disse e sorriu sincera.
L: Eu também senti muito a falta de vocês garotas, principalmente de poder cantar novamente com vocês, então será que rola um ensaio hoje depois das aulas? – todas concordaram e parece que finalmente lembraram dos garotos que estavam agora, parados olhando para nós quatro.
D: Laur, esses aqui são os meninos do time de futebol americano da universidade. Troy, Jake e Arin. Os três cursam direito – "por incrível que pareça", ouvi Normani sussurrando para uma Ally que tentava esconder o riso. – Meninos, essa Lauren que tanto falávamos.
L: Hey meninos, como vão? – falei apertando a mão de cada um e tive como respostas sorrisos de todos eles. – Acho melhor irmos, não? Nosso prédio fica no bloco C e daqui até lá, é uma boa caminhada e faltam apenas quinze minutos para o início das aulas.
A: Lauren tem razão, não podemos nos atrasar para o primeiro dia. – Dito isso, a baixinha se despediu dos grandões com certa dificuldade. Eles tinham o dobro da altura da garota, o que era engraçado de se ver.
Depois de todas nós nos despedirmos dos garotos, começamos nossa caminhada para o prédio em meio a conversas sem nexo e algumas brincadeiras por parte de Dinah que notou o interesse de Ally em Troy. Ally para não sair por menos comentou sobre Dinah não ter tirado os olhos do tal Jake e de como ficou sem graça quando ele a elogio. Foi uma implicância durante todo o caminho, eu e Mani apenas ríamos da cena a nossa frente. Era bom estar na companhia dessas loucas. Mani no meio do caminho perguntou se eu ficaria no campus e entraria para alguma fraternidade ou se iria continuar morando em casa com meus pais e meus irmãos. Por mais que a ideia de sair de casa fosse tentadora, não achava justo tirar o direito de alguém - que não tinha condições de pagar um apartamento ou mesmo alugar um quarto em alguma hospedaria - ficar ali, já que eu residia a no mínimo trinta minutos da universidade. Para minha surpresa, Normani pensava igual a mim, ela e as outras duas garotas. Nós ainda não tínhamos parado para conversar sobre isso e fiquei feliz em saber que não perderia minhas melhores amigas para aquelas fraternidades loucas do campus.
Chegamos à entrada do prédio e uma senhora muito simpática nos recebeu com um sorriso encantador nos lábios. Nos desejou um bom dia e nos entregou o mapa do prédio. Pediu para que nos dirigíssemos até uma mesa, que estava ao lado da porta para que pegássemos nossos horários de acordo com nosso curso. Assim que todas nós pegamos nossos horários, os relógios marcaram cinco minutos para o início das atividades. Andamos rápido em meio àquele mar de gente que, provavelmente estavam perdidos também. Para nossa sorte, Ally encontrou nossa sala em menos de três minutos. Entramos, sentamos no fundo – não por sermos bagunceiras ou algo do tipo, mas uma coisa que aprendemos no colégio foi a nunca sentar na frente de nossos professores. Nunca se sabe se um deles cospe a cada palavra que fala – e nos acomodamos para esperar o nosso primeiro professor entrar em sala.
Pov's Camila
Aquele lugar era definitivamente um paraíso, não tinha como não pensar nisso. Os prédios eram antigos, mas super bem cuidados. Havia árvores espalhadas desde o portão até a entrada de cada bloco. Os guardas, mesmo sendo homens mais velhos eram simpáticos, todos com um sorriso no rosto e muito educados, desejando bom dia a cada pessoa que passava por eles. As barraquinhas das fraternidades armadas na entrada dos portões me chamaram bastante atenção também. As pessoas sorriam e tentavam a todo custo recrutar alguém para fazer parte das suas irmandades. Recusei todos os convites, não via motivo de morar no campus morando tão perto da Universidade.
Como não tinha ninguém conhecido por ali, andei até o bloco C, aonde aconteceriam minhas aulas. O bloco C era constituído apenas de cursos na área das artes. Música, artes cênicas, artes plásticas e todos os outros que existiam, estavam espalhados por aquele bloco. Peguei o mapa do local com uma senhora muito simpática na entrada e andei até a secretária para pegar meus horários de aula. Apesar de ter saído atrasada de casa, consegui chegar cedo, então ainda faltavam quinze minutos para o início das aulas. Olhei o mapa e fui em direção à sala. Ela era enorme, as fileiras eram distribuídas de baixo para cima, formando algo parecido com um auditório dentro de sala. Sentei na fileira do meio, porém, perto da parede e coloquei meu notebook em cima da mesa.
Senti alguém me cutucando no ombro e quando olhei me deparei com uma garota que parecia ter no máximo 18 anos, fiquei me perguntando como alguém tão novo poderia estar na faculdade, mas isso não importa não é mesmo? Ela tinha um rosto totalmente livre espinhas ou qualquer outra coisa do tipo. Seus cabelos eram pretos e sua pele era bem branca, não consegui distinguir a cor dos seus olhos, mas eram lindos de qualquer forma.
C: Oi? – falei com um pouco assustada pela forma que fui abordada.
H: Oi, me desculpe se assustei você, não era minha intenção. – falou a garota com as bochechas coradas. – Meu nome é Hailee, Hailee Steinfeld. – Levantou a mão e eu a apertei.
C: Está tudo bem, Hailee, não foi nada. Eu me chamo Camila, Camila Cabello. – Sorri para a menina esperando que sua vergonha passasse.
H: Pelo visto fomos as primeiras a entrar em sala. Os outros estão lamentando o fim das férias pelos cantos do campus. Eu fico feliz de não ser a única pessoa a estar ansiosa para que isso tudo aqui comece. – Ri pelo jeito que a garota falava. Ela gesticulava aos montes e falava rápido e de vez em quando, confuso. Sorte a minha ter entendido tudo.
C: É verdade, muitos estão lamentando, mas eu me sinto feliz em estar aqui hoje e poder constatar, também, que eu não sou a única. – quando a menina iria responder, uma legião de pessoas passou pela porta da sala e o barulho de mochilas sendo jogadas no chão e as lamentações de várias pessoas fizeram que Hailee se recolhesse na cadeira atrás da minha, mas antes de abrir seu notebook me lançou um sorriso digno de ser exposto nos melhores lugares desse mundo. Não me entendam mal, apesar de todos esses pensamentos, eu via a garota apenas como uma amiga e em nenhum momento havia me passado pela cabeça nem o fato de simplesmente flertar com ela. Hailee era linda sim, mas algo me dizia que dali surgiria apenas uma grande amizade.
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Arts Become Love
FanfictionCamila Cabello, 18 anos. Estudante de Artes Plásticas na Universidade de Miami. Lauren Jauregui, 19 anos. Estudante de Música na Universidade de Miami. Estou escrevendo essa fic no social spirit, então não denunciem.