CAPÍTULO 4: - Fim de expediente

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Isabella

Mais um dia intenso de trabalho. Tive três reuniões seguidas, uma delas foi com Ingrid Ferraz e todo o conselho da empresa. E tudo isso para informar que a herdeira da empresa chegaria hoje. Todos ficaram surpresos com tal comunicado, pois a jovem nunca tinha sequer colocado os pés naquele lugar. A única que conhecia Larissa Rodrigues era Ingrid, já que foi amiga de Luiz. E era acostumada ir a jantares e eventos que a família fazia.

Depois dessa reunião fui em direção ao meu escritório junto com Benjamim Alencar. Ele estava preocupado com a visita da garota. E fala quase sem parar para respirar, sempre que ficava nervoso falava pelos cotovelos.

- Isa, pelo amor de Deus o que será que essa garota vem fazer aqui depois de tanto tempo? Será que a empresa vai fechar? Pior será que ela vem fazer mudanças nos funcionários? Ai meu pai, não posso ficar desempregado...

- Calma, respira. Não é nada disso. A empresa está bem. Não vejo por que tanta afobação com a vinda dela. Afinal ela é dona disso tudo. É mais que normal que venha. Acho que demorou tempo demais sem que ela aparecesse.

- Olha espero que você esteja certa, porque quero muito casar com Maísa mais sem emprego não rola. Só não entendo o porquê disso agora.

- É normal que tenha demorado, não tinha como a garota tomar conta de tudo, ela é só uma menina de 21 anos e teve que tomar conta de um patrimônio gigantesco, e além do mais, não acho que foi fácil para ela superar a morte da família.

- Tem razão, não faço a mínima ideia de como eu ficaria no lugar dela. Pois bem eu e Maísa vamos dar uma esticada esta afim?

- Não meu amigo, estou exausta. Fica para outro dia. Acompanho você até o estacionamento. Vamos.

- Ok. Vamos que minha amada já deve estar me esperando.

Ao chegarmos na entrada do prédio lá estava Maísa esperando Ben. Ela cumprimenta-o com um beijo e um abraço. Ela é tão baixinha que quase some quando ele a aperta em seus longos braços. Vamos andando em direção a saída. Falo para os dois:

- Acho que já está passando da hora de vocês casarem, afinal como vou jogar bola com meu afilhado se vocês só ficam nos ensaios e sem contar que se demorar mais, o moleque vai ter que me empurrar de cadeira de rodas, afinal estarei tão velha que vai ser bengala ou cadeira de rodas.

- Olha Isa, por mim já teríamos casado mais o Ben prefere fazer do jeito certo. Planejando viajar para a casa dos meus pais e pedir minha mão aos dois. Acho que isso pode demorar afinal ele vive para o trabalho. Olha para o noivo com falsa indignação.

Caímos na gargalhada, e de repente sinto todo meu corpo arrepiar, como se alguém me observasse, olho para o céu achando que poderia ser uma chuva chegando, porem o mesmo estava lindo com várias estrelas. Olho para os lados e não vejo ninguém. Benjamim diz:

- Isa tudo bem? Ficou quieta de repente.

-Tudo bem sim, foi só uma sensação estranha.

Maísa volta as provocações e fala para mim:

- Olha Isa, veja pelo lado bom se for uma cadeira de rodas elétrica acho que seu afilhado ou afilhada vai adorar dar voltas por ai. E caiu na risada junto com Ben.

- Bom, depois dessa só me resta ir pra casa. Boa noite pessoal. E juízo. E por favor não façam nada que eu não faria. Beijos.

Saio em direção ao meu carro, ao olhar a porta do prédio vejo duas mulheres entrando em uma Ranger Rover Evoque branca. O motorista logo em seguida toma a direção do veículo e sai lentamente. Pergunto-me: Quem seriam aquelas mulheres? Andando com motorista só podia ser mais algumas das peruas amigas de Ingrid. Entro em meu carro e dou partida. No semáforo um pouco abaixo na mesma rua da empresa fico ao lado da Ranger, os vidros fumês não permitem avistar quem eram as ocupantes do veículo. Logo o sinal fica verde e seguimos caminhos diferentes.

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