Prólogo - Evento Principal

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Era uma noite chuvosa, o frio me consumia como mais ninguém, as gotículas de agua pairavam sobre o vidro e caiam partindo todas as outras que ficavam em seu caminho, o telhado parecia que ia cair de tanto tremor aquilo tudo junto era música para meus ouvidos, porém estava com uma vontade insaciável de abrir as janelas e sentir a água da chuva sobre meu corpo, sábia que ia molhar meu quarto e no dia seguinte meus país iam retrucar o dia todo,mais alguma coisa me dizia que aquela chuva era única, algo aconteceria pois aquela chuva tinha total e plena certeza que não iria acontecer novamente...
então tranquei as portas do quarto e neste momento um carro começou a alarmar sem parar na rua que mais parecia um deserto de tão sem vida que estava naquela noite, me assustou mais estava convicto em sentir a chuva, então abri as janelas, abri os braços e sentir a água da chuva em meu corpo foi uma sensação única.

Ate que depois de questão de 5 Minutos eu escuto um estrondo muito alto, o que não era um trovão, e pior vinha de minha casa, assustado, Fechei as janelas, corri e subi em minha cama, me cobri com os cobertores e ali fiquei, pensando o que teria sido aquilo, não se passou muito tempo até baterem em minha porta, fiquei apavorado e não movimentei um músculo, até que escuto.

-Abra a Portas!

Percebi no mesmo momento que era a voz de meu pai, então abri as destranquei as portas e ele me disse que precisávamos sair de casa o mais rápido possível, então ele pegou minha mão no caminho pra fora de casa, no corredor que dava acesso ao quarto dos meus país, lembro de uma cena como se fosse hoje, este corredor estava todo ensanguentado.
Não sabia de quem era aquele sangue e muito menos o por que estava lá, só sábia que que tinha que sair de daquele lugar.
Tínhamos uma camionete velha pois era de meu avó e foi passada para meu pai, apelidada de "Dona Constância " então abrimos a garagem de casa e o papai me disse pra ficar no banco da frente e apertar os cintos, foi o que fiz, na saída notei que o carro que alarmava a poucos minutos tinha sumido o que foi muito estranho.

Eu morava numa rua chamada RUA L, primeira casa das 3 ruas L, M e N que tem em meu bairo, não era fácil se perder já que as ruas mais pareciam corredores enormes.

Papai e eu já estávamos em uma avenida, e pelo horário haviam poucos carros circulando, o que eu ainda não tinha entendido era o motivo que estavamos saindo de casa tão tarde e pra onde eu estava indo, e principalmente de onde venho todo aquele sangue no corredor de minha casa, pra ser sincero estava com muito medo mais não queria demostrar, alias eu era filho de um policial, por que teria medo.
Mais de algo tinha certeza eu estava com muito sono, é pelo que estava observando estava em uma longa viagem, então já não aguentando mais aquele sono, dobrei minhas pernas, fiquei de bruços no banco e assim mesmo acabei dormindo.

O carro estacionado em uma área deserta em meio a floresta, ausência de meu pai, e um lugar totalmente desconhecido por mim é muito frio, sim, foram nessas condições que eu acordei, como se já não faltasse nada para acontecer, aconteceu. Tudo naquela maldita noite conspirava contra mim, caramba! Era só eu e tanta coisa acontecendo ao mesmo tempo, não sábia o que fazer ou pior se iria suportar, todos esses eventos, mais tentei manter a calma pelo menos o que restava dela e olhei a minha volta, queria entender onde eu estava até que avistei uma trilha de folhas secas.

Sozinho sabia que tinha que fazer algo, então andei pela trilha, a medida que eu adentrava aquela floresta, mais densa e úmida ficava, foi ai que percebi que estava anoitecendo e eu não tinha a mínima noção de onde estava, minha única esperança naquele momento séria a trilha, então continuei caminhando, ate que algo se iluminou uma luz meio amarela quase sumindo, fui ver que luz era aquela não tinha mais para onde ir, uma velha cabana em madeira eu avistei e aquela luz era de dentro, uma gota de esperança pairou sobre meus olhos, sabia que naquelas circunstâncias estava a salvo, então bati na porta, e nada, então fui nas janelas e percebi que dentro tinha uma fogueira acessa, era tudo o que eu precisava naquele momento frio, porém não havia ninguém no lugar, então tentei forçar a porta para entrar mais minha força e tamanho não ajudava, aliás não e toda menina que consegue invadir uma casa, mais a vontade de me aquecer e de comer algo era mais forte então busquei uma maneira de entrar pois a noite estava próxima e não passaria naquela floresta, então comecei a dar uma volta na casa, tentei abrir a porta dos fundos mais tbm estava trancada, tentei cada janela, até que avistei uma porta provavelmente para o porão da casa, sim eu estava com muito medo de entrar naquela casa, mais que escolhas eu teria, era a única opção que eu tinha, então entrei naquele lugar, o porão tava escuro, mais não tinha ninguém, uma escada em madeira bem no meio do porão dava acesso a parte de cima da casa, no momento que estava subindo escutei vários passos acima de mim, voltei atrás e procurei algo para me proteger até que tinha umas prateleiras com lanternas com uma enorme arma, peguei uma das lanterna e escondi aquele arma, já que para mim não serviria de muita coisa, me escondi atrás de um criado-mudo e esperei, um enorme estrondo da porta do porão eu escutei, eu já sabia de uma coisa, quem quer que abriu a porta sabia de minha presença e não estava nem um pouco feliz comigo, mais por algum motivo não desceu e falou

- Saia da casa....

Foi dessa forma simples e curta uma voz grossa, mais apesar disso me senti de certa forma seguro ali, então eu disse.

- Por favor não me machuque, estou em busca de meu pai.

E como resposta obtive.

- Isso não e um problema meu.

Então retruquei.

- Quem e você?

E me respondeu

Não quer sair dai?

Sai de lá com um certo receio, até que.....

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