A aula de matemática, nunca foi tão rápida, eu o observei durante algum tempo. Não havia muita coisa pra observar, ele se sentou e ficou calado durante a aula toda, em um momento quando olhei para ele, ele estava olhando para mim, ambos desviamos o olhar no mesmo instante. O sinal tocou as garotas, foram correndo falar com ele, ou melhor, o grupinho da Natalia. Elas andavam sempre juntas e eram as garotas mais respeitadas do colégio, mas isso de longe significa que elas são as mais legais, Beatriz e Amanda eram quase o clone da Natalia, elas ''gostavam'' das mesmas coisas, e se vestiam de forma parecida, elas andavam com outras garotas pra fingir simpatia, e sempre davam sorrisinhos, e tentavam ficar próximos dos garotos que entrassem na lista dos mais ''cobiçados'' ou que elas julgassem: bonitos e ricos, ou alguém que pudessem ter alguma serventia para elas. Eram as rainhas do colégio, mas eu detesto seguir hierarquias, para mim elas não passavam de garotas mimadas e sem conteúdo.
Eu pude as ouvir falando com ele.
- Olá, eu me chamo Natalia, essa aqui é a Beatriz e a Amanda.
As duas acenaram com um risinho para ele.
- Suas amigas não podem se apresentar sozinhas? Prazer Castiel.
Ele falou com um sorrisinho presunçoso e os braços cruzados. Natalia riu o sorriso mais artificial que ela tinha que era só um.
- O prazer é meu.
Ela falou sorrindo e dando um tchauzinho.
Eu estava me sentindo estranha, como se aquilo significasse algo, eu nem o conhecia como poderia estar com ciúmes dele?
Eu saí da sala o mais rápido que eu pude, eu precisava esfriar a cabeça e colocar algumas coisas no lugar, porque minha cabeça estava completamente confusa. Fui ao banheiro. Olhei-me no espelho e pensei comigo mesma, sobre o que eu estava fazendo, eu nem sequer o conhecia, e talvez, tenha sido tudo uma mera coincidência. Minha mente é confusa eu posso ter inventado toda essa historia de sonho e essa coisa de ciúmes, não é dele e provavelmente não era ciúmes era só raiva da Natalia e aí eu confundi tudo. Como sempre. Joguei um pouco de agua no rosto, pra ter certeza de que ainda não estava sonhando. Ele é só um garoto o que eu acabo de conhecer. Tentei me convencer disso com toda a convicção. Afinal, eu estava certa.
Quando saí do banheiro a Meg veio falar comigo.
- O que você achou do garoto novo?
Ela perguntou normalmente.
- Eu não achei nada. Eu nem o conheço.
Falei amarrando os meus cabelos em um coque bagunçado, fingindo estar despreocupada.
- Hum. Eu o achei estranho, misterioso e ele é bonitinho. Não que você se importe, mas faz um tempo que não tem caras novas por aqui e isso me deixou um pouco animada.
- Eu entendo. Você viu o Tom? Eu preciso entregar umas anotações da aula passada pra ele.
- Ele deve estar comprando mais doces, como sempre. É a única coisa que ele faz, quando não está com a gente.
Eu e a Meg fomos andando para o refeitório quando vimos o Tomas falando com o Castiel. Eu congelei. A Meg me puxou para irmos falar com eles, eu sabia que ela iria fazer isso.
O Tom parecia entretido na conversa ele mal percebeu a Meg chegar.
- Olá, eu sou a Margarete, mas pode me chamar de Meg.
Disse a Meg falando com o Castiel. Tentando ser o mais natural possível.
Ela olhou para mim. Como se fosse minha vez de me apresentar. O chão parecia muito mais interessante naquele momento.
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Estrelas Que Nunca Morrem.
Teen Fiction''Somos feitos de poeira das estrelas.'' E se a definição de tudo o que sabemos for mentira ? Stella sempre achou que existia algo a mais do que sua vida tediante. Desde pequena ela olhava as estrelas e sentia que estava no lugar errado e havia al...