Hoje faria 17 dias que não me cortava mais, faria, 17 dias que não chorava, que não sofria, eu até estava achando estranho que em todos esses dias não tinha aparecido um qualquer para me humilhar, eu estava sendo tão forte. Acordei , me perguntei que dia era, então lembrei que seria meu segundo dia de trabalho, você não sabe o quanto estava feliz novamente por trabalhar em um lugar onde parecia ser melhor, só parecia, tinha me esquecido que as aparências enganam. Estava tudo bem, até o horário de almoço. Não sei se já comentei mas levo na bolsa três lâminas, por mais que eu não tenha motivos, mas carrego ela sempre comigo. Fui almoçar, e então as garotas mais velhas; sempre são as mais velhas; elas começaram a me chamar de fraca, elas nem sabiam meu nome direito, eu apanhei, de garotas tão insignificantes, tenho quase certeza que a loirinha estava grávida, no total eram 4, 4 contra uma, uma fraca, contra mim. Eu pedi demissão; minha chefe demitiu as 4 quando viu na câmera de segurança o que havia ocorrido, e me disse que se um dia estiver novamente procurando trabalho voltasse lá que teria minha vaga de novo. O pior foi os xingamentos que tive que aturar quando cheguei em casa, minha mãe só faltava me matar. AH ELA ME PROIBIU DE IR A QUALQUER LUGAR, QUALQUER LUGAR, MENOS O BANHEIRO, PORQUE NÉ? ELA SABE PORQUE.
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Pulsos cortados
RandomEsse é um livro de uma garota que tem o pulso manchado por feridas que não doem tanto quando as palavras que ela ouvi.