a primeira morte

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Ainda eram 05:05 e eu fui acordado com um bérros de meus vizinhos,eles brigavam quase todo santo dia,na hora eu pensei "eles fazem a mesma coisa toda manhã! Eles não podem calar a boca?" ,mas derrepente não ouvi mais nada,foi estranho,nunca acontecia isso,desci as escadas do meu quarto e vi minha tia na porta,perguntei para ela se eu podia sair um pouco,ela me olhou com aqueles olhos cheios de lapis para os olhos, pretos,eu achava ela uma bruxa(e ela era). Ela apenas deu a chave de casa,abri a porta,estava com uma neblina muito alta,fui bater na porta de meus vizinhos,a primeira vez,não ouve resposta,a segunda também não, preocupado abri a porta,estava aberta. Chamei pelo nome de meus vizinhos

Senhora Haffley! Senhor Haffley!-gritei procurando uma resposta

Depois de vários minutos subindo as escadas,olhei para o quarto dos Haffley,abri a porta ,e para meu espanto,vi os corpos dos dois jogados no chão,estava tão espantado com aquela cena que não sabia se gritava,chorava,ou chamava a minha tia,fiquei um pouco mas perto do rosto da senhora,vi que seus olhos azuis não tinhas cor,estavam completamente brancos,olhei para o rosto do senhor Haffley,seus olhos também estavam completamente brancos,dei um pulo ao ver minha tia atrás de mim dizendo:

" Isso....não é humano."-disse minha tia olhando para os corpos

" Tia...eles morreram mesmo?"-disse olhando para minha tia espantado

" Sim...mas nenhum humano os mataria assim."

Depois que minha tia disse isso,olhei para as roupas dos corpos,estavam completamente nus. Me espantei pois quando entrei ali,eles estavam com elas. Olhei para a parede e estava escrito " Cuidado com o que você deseja" na mesma hora lembrei que tinha dito "eles fazem a mesma coisa toda manhã! Eles não podem calar a boca?" olhei para minha tia e ela me olhou de volta e disse:

" Foi você que matou eles. Você é assassino aqui"-disse minha tia

" Não tia! Não fui eu! Eu juro! Eu apenas disse pra eles calarem a boca permanentemente!! Eu não fiz por mal!!!"-disse para minha tia com lagrimas nos olhos

"Se não foi você,quem foi?!"

"N-nao sei tia!"-disse para minha tia

Na hora que eu disse isso,senti uma mao se apoiar em meu hombro,não era humana,era fria,uma mao de um demonio,fiquei sem ar só pensava que a voz da pessoa/espirito iria me matar,um calafrio subiu a espinha,a voz me dizia:
"vou te perseguir,a culpa é sua,você é fruto de uma maldição...vou contar seus segundos de vida e quando eu quiser,te mato."
....na hora eu não sabia o que pensar,se chorava,se gritava ou olhava para minha tia. Escolhi a terceira opção,olhei para minha tia mas...aquilo não era minha tia Matilde,era um demônio, sua pele era seca,seus olhos flamejantes,e em seu rosto estava um marca,um simbolo,seu rosto estava pálido,não vi nenhum sinal de vida,não senti como se um humano estivesse na minha frente...o demônio repetia as mesmas palavras: "você esta amaldiçoado! Ninguém pode te ajudar,seu parceiro sera a morte! Você é o puro filho do diabo! Ele ira te vigiar,cuidado. A morte não brinca com suas vitimas"
Nunca tinha sentido meu coração bater mais forte,mas ele batia para me dar folego,senti o ar pesado,vi o quarto dos Haffley ficar escuro,na hora eu pensei " Eu morri?!"
Acordei no meu quarto,sentia um cheiro ruim,algo podre,desci as escadas e vi minha tia,vestida com a roupa de cigana,vermelho vinho e marrom,ela segurava um boneco de madeira,dois palitos e repetia umas palavras estranhas. Depois de repetir essas palavras estranhas,ela começou a fazer um circulo,com um fio vermelho,suas roupas começaram a ficar negras,seus cabelos com um branco feio e grisalho,seu rosto seco e pálido,de novo,ela repetiu as palavras "Uma thurmh ,jalgha,nante kohai,sudmeo" eu não entendi nenhuma palavra,mas quando olhei para o boneco,ele estava queimando,um fogo de morte encima das chamas via um sorriso maligno,o sorriso....da morte! Na hora me dei conta que o que minha tia estava fazendo,era uma maldição,a tal maldição que o demônio tinha citado,senti duas maos em meu pescoço,o medo me tomou conta,não podia respirar,me estava sufocando,tinha certeza de que iria morrer...o ar de enchofre estava mais forte,meu coração voltou a bater,o espirito que estava me sufocando,tinha deixado de me sufocar,olhei para minha com lagrimas nos olhos e corri para o meu quarto...comecei a chorar,gritei querendo que alguem me ouvisse e me abraçasse,queria que a minha mãe estivesse aqui,ela também achava minha tia estranha,mas eu não podia contar com o abraço dela,apenas me contentar com lembranças. Agora meu único consolo era estar acompanhado,vigiado,pelo olhar do diabo....

Foi assim que tudo começou

Nos olhos do DiaboOnde histórias criam vida. Descubra agora