Ele acaricia-va meu cabelo enquanto eu chorava, meu mundo estava um lixo:
-Anne, eu vou chamar a Anna e Abby. Então voce pode nos contar oque houve.
Afirmei com a cabeça, ele se levantou e ligou para Anna e Abby.
Vinte minutos depois, Anna e Abby chegaram:
-Oque houve?- exclamou Anna vindo em minha direçao
Eu ainda estava chorando, Abby entrou logo após também preocupada.
-Anne...- falou Abby
Todos me abraçaram. Contei tudo e eles ficaram chocados:
-Meu Deus Annelie!- indagou Anna
-Eu sei, eu sei. Eu me arrependo profundamente de ter feito isso- falei soluçando
Jim levou a mão até o queixo:
-É complicado. E sua mãe pode muito bem saber disso.
Nessa hora desabei novamente:
-Calma amiga- falou Abby acariciando meus cabelos
-Eu me odeio!- falei socando o travesseiro
-Vai dar tudo certo. Acredite!- disse Anna e Jim
-Eu quero o meu pai! Eu quero meu pai!- chorei- Eu quero ele, pra me consolar.
Jim fungou:
-Ele está aqui Anne- disse apontando para meu peito
Ficamos ali, umas duas horas.
Eu sentia uma falta enorme do meu pai. Era como um buraco, e nada o preenchia. Absolutamente nada.
Eu e Jim fomos dormir, eu dormi no quarto de hospédes. Tomei um banho para aliviar a dor e vesti uma camisola.
Deitei e logo peguei no sono, tive um pesadelo, que a muito tempo nao tinha.
Eu estava correndo por um gramado verde cercado de flores, meu pai corria atrás de mim:
-Papai!- gritei, eu ainda tinha oito anos
Ele me pegou e me jogou pra cima, eu ria.
Der repente, uma nuvem negra paerou sob nós, e uma cratera se abriu no chao, levando meu pai. Gritei:
-Não! Papai! Papai! Não!
A cratera se fechou, me deixando sozinha no escuro, comecei a chorar desesperadamente. Entao senti uma mão em minha cintura, e labios beijando meu pescoço, virei-me e vi Nick. Tudo ficava mais escuro e sombrio.
Acordei desesperada, olhei no celular. Eram três horas da manhã.
Levantei da cama, chorando muito. Pego um estilete que estava em cima da comoda.
Alisei minha pele com o estilete, e cortei, sangrava muito, continuei, até me dar conta que eu estava totalmente cortada.
Estava chorando:
-Pai...-sussurei fraca
Olhei para meus pulsos, cortados e enxarcados de sangue. Fiz mais um corte, dessa vez, na veia. Comecei a ficar tonta, tudo estava embaçado. Der repente o escuro surge denovo. Cai no chão
________________________________________________________________________Acordei com uma cânula me trazendo oxigênio. Estava ligada a aparelhos. Estava em um hospital, olhei para o lado. Mamãe estava ali chorando:
-Mamãe- falei rouca e fraca
Ele levantou a cabeça:
-Meu Deus! Filha! Voce acordou! Graças á Deus!
Apertou minha mão, der repente olhei para o outro lado. Nick.
-Voce acordou Anne!
Minha expressão mudou
-Saía daqui agora!- gritei sem forças
Mamãe me deitou, quando me dei conta que estava sentada na maca:
-Filha, oque é isso?!- exclamou- Nick, saía por favor.
Ele saiu.(Nick)
Ela pensa que pode brincar comigo não é? Então vamos brincar.
Saí do quarto e fui para a sala de espera, onde se encontravam:
Abby, Jim, Anna, Leandro (Pai de Abby), Marcy (Mãe de Abby)
Carlos (pai de Anna), Fernanda( mãe de Jim) e Joseph (pai de Jim):
-Como ela está?-perguntou Abby
-Calma filha- disse Marcy
-Ela reagiu aos medicamentos.
-Graças á Deus!- disseram todos em coro
-Não conseguiria imaginar minha vida sem a Annelie- disse Abby
Rick também estava lá, desgraçado. Naverdade, ele tinha chegado antes de todos.
O médico apareceu:
-Sr. Stwart?- referiou-se a Rick
-Sou eu- levantei
-Oque o senhor é de Annelie Jones?
-Sou o padrasto, como ela está doutor?
Ele abaixou os olhos para a prancheta que segurava e disse:
-O estado dela é super delicado. Ela sofreu hemorragia com os cortes, perdeu muito sangue mesmo. Precisamos de um doador urgentemente.
Todos se levantaran:
-Oh meu Deus!- disse Marcy
-E se não houver doador?- perguntei
-As chances dela morrer se tornaram mais prováveis.
Anna se levantou e colocou as mãos na cabeça:
-Eu dou. Tirem todo sangue que for necessário tirar- disse Rick-
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(Annelie)
Eu adormeci, quando acordei havia uma maca do lado da minha cama.
Oh meu Deus!
Rick, estava dormindo. Oque haveria acontecido com ele?
No mesmo momento, Anna, Abby e Jim entraram no quarto.
Comecei a chorar:
-Anne, oque houve?- veio Abby desesperada
Agarrei a mão de Rick que estava pálida:
-Oque houve com ele?- falei entre soluços
Abby exitou antes de responder:
-Voce sofreu de hemorragia pelos cortes, e quase estourou uma veia, precisava de um doador de sangue.
O olhei. Seus olhos estavam fechados, sua boca rosadinha e seus cabelos um pouco bagunçados. Anna, Abby e Jim não puderam ficar mais do que cinco minutos, quando foram embora e eu estava sozinha. Segurei a mao de Rick e levei até o peito:
-Me perdoa por fazer você passar por isso! A culpa é minha, eu te amo, mais do que tudo!- declarei,senti uma lagrima escorrer pelo meu rosto.
Ele apertou minha mão e abriu os olhos:
-Eu também te amo- falou, parecia mais um sussuro.
Sorri
-Sabe oque eu queria?- sussurou
-Oque?- estavamos de mãos dadas
-Beijar e morder essa sua boquinha deliciosa- disse passando a língua nos lábios
-Eu te amo.
Ficamos ali conversando, conhecendo melhor um outro, e decidimos oficializar nosso namoro. Até que ele me perguntou:
-Porque voce se cortou, meu amor?
Estremeci:
-Eu... eu... não me lembro direito.
Abby,Anna, Jim, Fernanda, Marcy, Carlos, Joseph Leandro, Nick e mamãe entraram na sala:
-Voce esta bem?- perguntou Marcy passando as mãos por meu cabelo
-Estou sim Marcy, obrigada.
Marcy e Fernanda gostavam muito de mim. Eu as considerava como minhas mães postiças:
-Melhoras querida- Fernanda beijou minha testa
-Obrigada
Joseph Leandro e Carlos apertaram minha mão em um gesto carinhoso. Minutos depois só estavam na sala, eu, Rick, Anna, Jim e Abby:
-Porque fez isso Annelie? Sua louca!- falou Jim
-Ah. Não quero falar sob isso agora- respondi
-Tomamos uma decisão- declarou Rick
Os tres fizeram uma expressão surpresa:
-Estamos namorando- falamos juntos
Eles fizeram um *0* perfeito com a boca:
-É isso mesmo- confirmei
-Felicidades!- falaram em coro
Três dias depois eu e Rick recebemos alta
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Meu Passado me Perssegue
RomanceSou Annelie Jones, tenho 17 anos. Eu não acreditava em infinitos maiores que outros, até ser iludida. Depois disso, duvidei da existência de meu maior infinito. Mas me apeguei a um "Talvez" e segui minha vida até descobrir se isso era verdade, ou me...