Cap.16- Perigos da Floresta

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Estou parado olhando seus troncos e suas folhas, com galhos retorcidos com uma aparencia um tanto assustadoras. Duff esta agitado, com toda certeza consegue sentir a esquisita sensaçao que emana daquela Floresta. Mas quando dou sinal com os pes para que ele siga em frente ele me obedece imediatamente.
Esta muito frio agora e a neblina havia voltado, tornando lugar ainda mais sombrio. Corujas se pronunciam ao longe e ouço um bater de asas a minha volta, e quando me viro vejo uma sombra negra vindo em minha direçao, mas eram apenas alguns morcegos.
Sigo em frente, nem ao menos sei em que direçao seguir, tenho apenas os meus instintos e eles agora estam me levando ainda mais para o meio da Floresta. Ouço barulho de água a minha direita e sigo naquela direçao. A poucos metros vejo um rio que divide a Floresta ao meio. Duff bebe freneticamente a agua e aproveito para encher meu odre.
Olho em volta e vejo um galho de arvore suficientemente grande, o pego e o levo em direçao ao rio. Me estico um pouco e o mergulho para ver qual a profundidade. Ao que indicava nao batia mais do que na altura de minhas costelas. Monto em Duff novamente e o ordeno a entrar na agua, ele me obedece um pouco relutante, o rio nao era muito largo entao nao poderia oferecer muitos riscos. Erro meu.
Sou surpreendido ja na metade do caminho com um relinxo agudo de dor do Duff que tomba me derrubando na agua logo em seguida com ele. Me ergo o mais rapido que consigo a tempo de ver uma cobra enorme vindo em minha direçao. Puxo rapidamente a espada que carrego sempre comigo, dou alguns golpes em falso. Ela estava se preparando para dar o bote , eu espero e dou um golpe certeiro que a decapta.
Nado o mais depressa que consigo em direçao de Duff. Ele esta vivo. Suspiro aliviado e o ajudo a se erguer. Atravessamos o resto do rio sem mais surpresas. A Floresta se reerguia ainda mais e parecia ficar ainda mais frio e escuro quanto mais adentravamos. Continuamos a seguir nosso caminho ouvindo ruidos e uivos por todas as partes e com a intrigante sensaçao de que estavamos sendo seguidos.

Encontro uma clareira depois de pouco mais de uma hora, ali nao era tao frio, pego alguns galhos e faço uma fogueira. Sai com tanta pressa me esqueci totalmente de pegar suprimentos e duvido muito que nesta Floresta haja alguma fruta que nao seja perigoso de comer, entao, vou ter que ficar sem me alimentar. Me sento perto de Duff e escoro minhas costas em sua barriga, estamos perto da fogueira para nos aquecer do frio. Fecho os olhos e me lembro da sensaçao do beijo de Lunna em meus labios e eu me aqueço por dentro mergulhando num sono turbulento.
Sou acordado por uma lufada no rosto seguida de um rosnado, abro os olhos e me surpreendo ao ver um enorme lobo cinzento com a boca arreganhada mostrando dentes amarelados em cima de mim. Ele estava pronto para atacar, mas sou mais rapido, suspendo ele no ar com as maos e o jogo para longe. Ele aterrisa do outro lado da fogueira em posiçao de ataque, tento pegar a espada que esta a minha direita mas ele ja esta pulando na minha direçao novamente. Rolo para o lado e pego a espada, caindo com ela apontada para cima e sinto um peso sobre mim quando o lobo cai sobre mim com a espada enfiada em sua barriga. Jogo ele para o lado e respiro pesadamente, Duff esta parado a poucos metros de distancia. Este lobo nao estava sozinho, concerteza nao. Tenho que sair daqui agora mesmo. Me levanto e escoro em uma arvore proxima para me escorar, e nesse momento sou invadido por imagens novamente. Era a clareira e Dante passava por ali carregando uma cesta de frutas, nao estava com as asas a mostra e parecia apenas um homen normal. E ele nao estava sozinho. Havia dois homens, possivelmente Caídos tambem, com ele. Seguiam numa trilha apagada a frente. Dante parecia estar dando ordens devido aos movimentos de seus braços que estava apontando direçoes. E a visao escurece novamente, e me vejo mais uma vez na clareira vazia e gelada.

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