Capítulo 1: O mundo de Elizabeth

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Elizabeth:

Impressionante como muita coisa mudou. Será que houve outra época em que vampiros, bruxas e lobisomens eram tão adorados quanto atualmente?

Virou uma febre em todo o mundo. Criaram livros, filmes, séries, páginas na internet. Esses seres sobrenaturais invadiram o mundo atual de uma forma tão intensa! Não tem uma pessoa sequer que nunca tenha ouvido falar de um deles.

Eu particularmente sempre quis me tornar vampira ou clarividente, e acredito fielmente que todos esses seres sobrenaturais existam, mas eles sabem esconder seus rastros e garanto, eles escondem muito bem! E como hoje em dia é comum vermos os fãs desses pequenos seres sobrenaturais criando perfis em redes sociais, fica cada vez mais fácil esconder a verdadeira identidade dos outros.

Me envolver com o sobrenatural sempre foi um sonho pra mim, talvez a minha fraqueza. Por isso eu estudo tudo quanto é possível, quanto mais coisa eu souber, melhor vai ser pra mim. O problema é que existem muitas versões sobre esses assuntos, o que acaba se tornando um desafio saber o que é certo e o que é faz-de-conta. Eu tenho esperança de que um dia eu descubra o que é verdade e o que é mito, mas cá pra nós, será que eu conseguiria mesmo descobrir? É meio impossível, vocês não acham?

Mas de qualquer forma, isso não vai diminuir o meu vício pelo oculto, pelo sobrenatural, nem tão pouco me fará perder minha eterna curiosidade sobre esses tópicos. Tenho diversas agendas e livros sobre esses assuntos, e meu computador é um verdadeiro diário de John Winchester.

Moro em Chapel Hill com minha irmã e melhor amiga Karoline, sem meus pais. Minha mãe Evellyn desapareceu do hospital um dia depois do meu nascimento. Segundo minha irmã, tudo foi muito repentino, ela tinha acabado de sair do quarto e cinco minutos depois nossa mãe havia sumido, sem mais nem menos. Desde então, desconsiderei a data do meu nascimento e consequentemente a data do meu aniversário.

Harry, meu pai, foi embora com uma vagabunda qualquer quando Karoline completou 21 anos. Ele nunca me considerou uma filha e eu nunca o considerei um pai, e nunca o chamei assim também. Ele não suportava olhar pra mim, tenho certeza de que me parecia com minha mãe, então sempre que ele me olhava, ele lembrava de que ela havia sumido depois de me dar a luz. Karoline sempre foi a filha preferida dele, e nesse ponto eu até gosto dele. Ele preferiu esperar que Karoline ficasse mais velha por que aí ela poderia ser registrada legalmente como a dona da casa e ele poderia ir embora com a vagabunda que ele vinha comendo desde o sumiço da minha mãe. E lógico, ele não queria deixar de cuidar de Karoline, pelo menos o infeliz teve coração e cuidou bem da minha irmãzinha. Nunca a fez mal e nem deixou de trata-la como uma princesa.

Além da minha irmã, eu só tenho mais um amigo, Logan Müller, que estuda na mesma escola que eu mas é de sala diferente. Não tenho muitos amigos pois, quem é que quer ser amigo de uma gótica, viciada no sobrenatural e com problemas familiares? Mas, pensando por um lado, é melhor assim, pelo menos não tenho que demonstrar afeto pra muita gente.

Logan tem 18 anos, um ano a mais que eu. Além de belíssimos olhos castanhos e cabelo liso preto na altura do ombro. Ele tem a pele clara, mas ele e minha irmã cismam que eu sou mais clara que ele. Ainda me zoam falando que sou Edward Cullen. Não dá vontade de matar? Eu sei.

Eu e Logan somos amigos desde criança, ele é quase como meu outro irmão. Assim como eu, ele é gótico e estamos sempre compartilhando músicas novas que conhecemos, indo a baladas góticas e shows de bandas que gostamos. E não é por nada não, mas ele me lembra muito o Noturno de uma das versões mais recentes de X-men. Mas me refiro ao desenho (só pra deixar bem claro já que, além do desenho, existem filmes e histórias em quadrinhos. Sim, sou uma amante da Marvel).

Além do que não é eternoOnde histórias criam vida. Descubra agora