A Herança

Capítulo 5

Chegamos na universidade eu e Isa e ainda não tinhamos trocado uma palavra. Estacionei o carro e fomos para o quarto olhei no relógio ele marcava 23:58. Ajeitei a minha cama enquanto a Isa tomava banho assim que ela saiu eu entrei no banheiro para tomar o meu.
Foi só eu começar a tomar banho que comecei a pensar no que aconteceu naquela noite. Fiquei pensando no que disse ao Adam, será que fui grossa demais com ele? Acho que não por um lado ele estava errado de me agarrar sendo que a gente mau se conhece, por outro lado foi bom nunca tinha me sentido como me senti naquela hora, aquele beijo tinha alguma coisa nele que me fez perder as forças para resistir. Comecei a bater na minha testa, para com isso Hillary, esquece esse cara que você mau conhece, foi apenas um beijo e nada mais. Mas foi bom, esqueci de tudo em minha volta naquele momento só pensava no beijo e nada mais. Mais uma vez bati na minha testa, Hillary você passou três anos da sua vida sem precisar de um homem e não vai ser agora que isso vai mudar. Sai do banho e olhei no relógio me assustei ao ver que tinha ficado quase uma hora no banho. Olhei para a cama da Isa ela parecia estar apagada, então deitei na minha e fechei os olhos para que o sono pudesse vir.
_ Hillary? Está acordada? - ela perguntou virando-se para mim.
_ Estou! - falei com dificuldade.
_ Me fala sobre a sua vida, estou curiosa para saber mais sobre você! - ela disse
_ O que você quer saber? - perguntei.
_ Ah tudo, seus pais, a sua infância e tudo mais. - ela falou e eu senti um aperto no peito ao ouvir a palavra "pais".
_ Meus pais morreram quando eu tinha oito anos - falei e uma lágrima caiu dos meus olhos.
_ E...Eu sinto muito - ela disse e a voz dela falhou um pouco.
_ Tudo bem! Desde então eu moro com meu avô, sempre tive tudo o que quis. Tive uma infância meio fechada não tive muitos amigos, so estudei em escolas particulares não tive a oportunidade de conhecer pessoas de classe mais baixa apesar de querer, quando fui para o ensino médio queria ir para uma escola pública mas meu avô não deixou, fiquei contrariada mas com o tempo aceitei. Quando fiz dezesseis anos meu avô fez uma festa para mim, tinha muita gente que eu conhecia e muita gente que eu não conhecia foi uma festa incrível. Depois dela comecei a ter o que eu achava que eram amizades até conheci o Brian, que hoje me arrependo de ter conhecido, no começo ele foi um namorado incrível. Quando completamos um ano de namoro ele começou a ficar estranho e entao eu o peguei me traíndo com uma que se dizia ser minha amiga. Foi doloroso superar eu o amava muito. Terminei com ele na hora, a minha "amiga" nunca mais olhei na cara dela. Ele não aceitava o fim do namoro e ficava me perseguindo a ponto do meu avô colocar um segurança para ir comigo em todos os lugares. E depois de muito tempo não ouvi mais falar sobre ele.
Ai o resto você ja sabe, me formei ganhei o Shelby e fiz um acordo com o meu avô que era estar aqui cursando direito e mais algumas coisas que ele pediu. - contei.
_ Que coisas? - ela perguntou e riu.
_ Ah ele quer que eu encontre alguém para me fazer companhia em todos os momentos e que eu faça amizades que também estejam comigo em todos os momentos. - respondi.
_ Ele te ama muito né - ela disse e eu assenti. É por causa do que você passou com esse cara que você fugiu essa noite? - ela perguntou eu respirei fundo e assenti mais uma vez.
Ficamos um tempo em silêncio quando finalmente eu falei:
_ Agora é a sua vez, me fala sobre você! - disse olhando para ela.
_ Ah eu não tenho muita coisa para falar não - ela disse e nós rimos. - Mas vou tentar, eu tive uma vida um pouco difícil minha mãe abandonou eu e minha irmã e meu pai para fugir com um entregador de mercadorias. Meu pai nos criou com dificuldade, trabalhava em dois lugares para nos sustentar a gente mau via ele, ao contrário de você sempre estudei em escola pública, tambem tive um relacionamento frustrado e também fui perseguida pelo meu ex até que eu não aguentei mais e falei para o meu pai, então nós nos mudamos para o Texas, eu e minha irmã fizemos o ensino médio lá. Ela era um ano mais nova então enquanto eu estava no terceiro ela estava no segundo ano e uma semana antes da minha formatura ela foi atropelada e nao resistiu ao ferimentos e acabou morrendo. Entao meu pai pediu que eu viesse para cá a fim de dar uma vida melhor para a gente. - ela termina de falar e eu percebi que ela começou a chorar.
_ Eu sinto muito, sei como é perder alguém muito querido. - eu disse tentando consolar.
Olhei no relógio eram três da manhã.
_ Vamos dormir que teremos um longo dia amanhã. - disse e olhei para ela que já tinha parado de chorar.
_ Hoje que você quis dizer né! - ela disse olhando o relógio e nós rimos.
Então eu adormeci.