Prólogo

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Maya
A dor é algo inevitável. Não há como dete-la, acredite. Eu tentei por diversas vezes me concentrar em algo que não fosse a dor que sentia.. Mas ela sempre acabava retornando.

Lochan havia partido a quase três anos e eu ainda não consegui me recuperar totalmente.

As coisas ficaram difíceis em casa. Minha mãe quase não voltava , pois estava em alguma festa ou na casa de algum namorado que encontrou pela noite, enquanto eu tinha que cuidar de Willa, Tiffin e Kit sozinha.

Cuidar da casa, das crianças e das contas me dava momentos de distração. Minha mente ficava tão ocupada que parecia que tudo tinha voltado ao normal. Lochan logo estaria em casa e eu em seus braços, mas tudo não passava de imaginação, ele não voltaria, eu não poderia lhe tocar, Lochan se foi, e eu não pude se quer dar um adeus, dar o último abraço, último beijo. Eu não tive a oportunidade de dizer o quanto eu era apaixonada por ele, não pude dizer pra ele que o nosso último momento juntos marcou minha vida para sempre, jamais irei esquecer aquilo. E agora, depois de tanto tempo eu ainda sinto a falta dele, é como se tivessem arrancado de mim um pedaço, e foi o melhor pedaço. Aquele que me dá motivo para viver e acordar todos os dias. Hoje em dia eu não vivo, apenas existo. A única coisa que me restou, além de lembranças e momentos , é uma pulseira que ele me deu de presente. Uso ela em todos lugares, e sei que nunca vou me desfazer dela, pois assim estaria deixando Lochan ir, e ainda não estou pronta para isso. Com o tempo a dor vai diminuir, mas as marcas ficaram, sei que jamais vou me apaixonar por alguém como por Lochan, jamais.

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