Capítulo III

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- Regina! - Emma correu para abraçar sua tia. - Eu pensei que você não vinha. - Ela disse fazendo um biquinho.

- E perder o aniversário da minha sobrinha favorita?

Há 16 anos atrás, pouco antes de Emma nascer, um mago falou para Regina que ela iria se redimir por tudo que ela fez, e que a causa disso, seria um bebê. Na época, Regina não acreditou em nada do que o mago disse.

Um ano depois, Emma nasceu, e a rainha planejava mais uma de suas maldades para acabar com a felicidade do casal encantado.
Dessa vez ela queria raptar a pequena menina. Mas assim que invadiu o quarto da bebê e viu aquele pacotinho loiro dentro do berço, com aqueles olhinhos verdes, uma culpa inexplicável pesou sobre ela, e ela sentiu a dor que fez os outros sentirem por todos aqueles anos. Todo aquele sofrimento, que antes lhe causava prazer agora estava a corroendo por dentro causando um enorme arrependimento.

Snow e Charming entraram correndo no quarto de Emma já sabendo da ameaça. E quando acharam que já era tarde demais, e que a rainha já havia a levado, eles viram uma cena que nunca esperavam ver em toda a vida, Regina estava deitada no chão em posição fetal, chorando como um bebê. Assim que os avistou, Regina se ajoelhou e pediu perdão ainda chorando, por toda a dor que causou, não só para eles, mas para o reino inteiro. Snow que possuía um grande coração, e sabia o porquê de Regina fazer aquelas maldades, a perdoou facilmente, mas David continuava desconfiado da lealdade daquele pedido de perdão.

Depois de um tempo ela ganhou a confiança da maioria e hoje trata Emma como sua sobrinha e a ama de todo o coração.

- Acho bom que você tenha vindo mesmo, se você faltasse, iria mandar buscá-la pelos cabelos - Snow disse ameaçadora.

- Você acha mesmo que eu vou ter medo de você? Querida, eu já tentei te matar com uma maçã. - Regina disse e as três gargalharam.

- Bons tempos. Sabe, eu preciso emagrecer um pouco, que tal se você me ameaçasse de novo para que eu possa correr pela floresta? - Snow falou abraçando a amiga

- Quando quiser, princesa. - Disse dando uma piscadela.

- Ei, a princesa aqui sou eu! - Emma protestou apontando para si.

- É, eu sou a rainha agora, ok? - Snow reclama.

- Não, para mim sempre será a princesa. Afinal, a rainha sou eu. Sem o má no final, mas ainda sim uma rainha. - Regina falou arrancando risada das duas.

- É muito bom ter você aqui, obrigada mesmo, por ter vindo. - Emma olha para Regina e ela sorri.

- É muito bom estar de volta também.

As três conversaram por mais um tempo, e as mais velhas deixaram o quarto alegando que Emma tinha que terminar de se arrumar.

Quando ela estava quase pronta, um guarda entra no quarto com um buquê de margaridas na mão.

- Entrega para a alteza. - Ele entregou o buquê e a reverenciou. Emma olhou desconfiada, mas logo abriu um sorriso.

- Nem precisa me dizer quem enviou. - Ela sabia muito bem quem havia mandado. Pegou o envelope preso no buquê e abriu.

"Swan
Nem acredito que a minha pequena já não está mais tão pequena assim. Escolhi essas margaridas pois elas me lembram você. Suas pétalas amarelas me lembram seus cabelos loiros, e vocês possuem a mesma força e delicadeza, e ah, mas você já sabe disso. Espero que o seu dia seja tão belo quanto seu sorriso. Te desejo tantas coisas boas, que expressar através de simples palavras fica até difícil. Que o seu dia sirva para confirmar o quanto é amada e como a felicidade permanecerá eternamente em sua vida. Eu sei que você deve está muito nervosa, mas saiba que nós estaremos aqui por você. Feliz aniversário minha loirinha.
                                                Killian J."

No fim da carta, o sorriso de Emma já não cabia mais em seu rosto. Ela já esperava alguma coisa assim de seus amigos, mas não estava entendendo porque aquela carta de Killian havia mexido tanto com ela.

Ficou mais alguns segundo lendo e relendo aquelas palavras, e quando se deu conta, não havia mais ninguém em seu quarto, apenas uma criada.

- Princesa? - Disse a criada tirando-a de seus devaneios. - Já está na hora. - Ela olhou as flores na mão de Emma - Belas flores.

- Obrigada. - Ela sorri - Você pode avisar para os meus pais que já estou indo.

A criada afirma e se retira. Agora era a sua hora, e depois dessa carta, qualquer medo ou nervosismo já havia sumido.

Ela colocou a tiara que havia sido feita especialmente para aquele baile delicadamente sobre seus cabelos perfeitamente penteados e respirou fundo. 







N/a: Oi gente, tudo bem com vocês? O que estão achando da história? A opinião de vocês é muito importante. Espero que estejam gostando.

Sobre a história da Regina, me desculpem por ser longa, mas eu realmente precisava explicar como ela virou amiga da família e não mais a vilã.

Beijos da Lulu e até a próxima atualização.

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