Maia

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Ao dispertar me vejo em repouso sobre um lugar qualquer daquela extensa mata, percebo que estava vestido somente com a minha calça totalmente multilada e que em mim havia varios curativos feitos com panos rasgados...

Minha cabeça estava intensamente dolorida e tudo girava, esqueço tudo isso quando me deparo com aquela linda garota sem camisa se auto medicando.

Era um corpo escultural e eu não conseguia fazer outra coisa a não ser adimira-la.

Logo ela percebe que eu estava olhando, me encara um pouco e diz:

"Perdeu alguma coisa aqui".
Dando um leve sorriso e colocando sua camiseta regata branca.

Eu fico sem graça e desvio o olhar.

"Hey, calma, estava brincando, não fique sem graça".
diz ela dando risada...

So consigo responder um "tudo bem" com um sorriso de lado. (porque realmente estava muito sem graça)

Ela logo percebe e muda o assunto dizendo...
"Achei que não sobreviveria, você estava muito debilitado, queimava em febre e seu ferimentos pareciam muito intensos, você teve sorte"

"Isso depende do seu ponto de vista para sorte, posso dizer que perdi tudo que tinha, não seria azar o nome disso?"
Respondo meio deprimido e cabes baixo com tudo o que estava acontecendo em minha vida...

"As vezes a vida nos tira coisas boas para que coisas melhores possam acontecer"
Ela fala isso me olhando fixamente.

Reflito um pouco sobre isso, me sento mais proximo a fogueira e a garota, e falo.

"Posso saber qual é o seu nome agora?"

"Claro, me chamo Maia, e você tem nome?"

THOMAS- "Prazer,Thomas"

MAIA- "Hum, deixe-me tentar adivinhar sua idade, tem jeito de novinho, 15 anos, acertei?"
Ela fala dando uma risada prolongada...

THOMAS- "Claro que não, tenho praticamente 17, e você tem quantos anos?"
Falo tentando demonstrar firmeza

MAIA- "Continua sendo NOVINHO (ela da enfase a essa palavra em um tom provocativo)... tenho 19. E o que te fez pegar esse vôo para o Brasil?"
Falou com um seu sorriso perfeito estampado

THOMAS- "Iamos a passeio para visitar minha familia, e você?"

MAIA- "Iamos?"

THOMAS- "Sim, eu meu pai e minha mãe.
THOMAS- Mas você não me respondeu qual seria seu objetivo com essa viagem..."
Uma tristeza enorme me domina ao citar eles e saber que não os verei nunca mais

MAIA- "Estava a passeio na casa do meu pai, mas precisava voltar rápido para a casa de minha mãe, pretendo ser biologa e para isso tenho que terminar o curso"

THOMAS- "Está explicado sua facilidade com sobrevivência, a e obrigado pelos curativos e por ter cuidado de mim"

Vejo em seu rosto um olhar determinado e um sorriso como se nada tivesse acontecido, como se estivesse tudo bem, isso me faz ter uma pequena esperaça.

Ela se aproxima mais, se senta do meu lado apresenta estar cansada, encosta a cabeça em meu ombro e antes de fechar os olhos responde com um "Denada" respirando intensamente.

De imediato me espantei, não sou o cara que faz o tipo timído, mas com ela isso mudava, logo me recomponho e a abraço, isso foi bom pois só o calor transmitido pela fogueira não estava aquecendo o intenso frio provocado pelos ventos que ali sopravam naquele ainda misterioso lugar, por um momento sinto que algo está a nos observar, mas logo fecho os olhos e ao lado de Maia fica mais fácil dormir.

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⏰ Última atualização: Sep 13, 2015 ⏰

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