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A noite era melancólica. Louis estava em seu trabalho, pronto para seu turno, ou pelo ou menos era isso que se esperava. Segurando a cruz de madeira em seu pescoço, com os olhos fechados terminou uma longa oração com a palavra 'amém'.

Eram exatas 12:00 da noite no posto Light Gas Station, onde Louis trabalhava. Seu turno havia acabado de começar e a familia sensação ruim já começava a tomar conta do corpo do garoto, porque ele sabia que a maioria das pessoas que iam até um posto de gasolina àquela hora da noite não tinham as melhores intenções. Ele simplesmente odiava aquele lugar.

Para falar a verdade, ele neo teria aceitado trabalhar ali se não precisasse realmente. Sua família estava passando por tempos difíceis, e a coisa mais sensata a se fazer era arrumar um emprego para ajuda-los, já que eles criaram Louis sua vida inteira. Era a hora de retribui-los.

As horas se arrastavam através da madrugada fria de Doncaster e Louis não pôde evitar de acabar pegando no sono sobre o balcão, acordando algumas horas depois com o soar do sino da entrada.

-Ah...Boa Noite...?- Falou Louis, inseguro sobre a figura que ele via. Um rapaz extremamente alto, com cabelos encaracolados e olhos ofensivamente verdes. Suas olheiras pioravam sua aparência e sua vestimenta totalmente preta lhe dava margem para inúmeros estéreotipos.

-Me vê uma cerveja.- Disse com sua voz grossa e rouca. Louis demorou um pouco pra processar a informação com seu cérebro ainda um pouco inoperante devido á firma brusca como foi acordado, mas o olhar penetrante e mal-encarado do homem sobre si o fez por seus pés para trabalhar.

-A-Aqui está.- Disse em um tom baixo, entregando a cerveja na mão do cacheado, tremendo um pouco com sua aparência obscura.

- Ahh... Valeu.- Disse o homem, se virando para Louis, fazendo-o tremer mais ainda.

-Sei que não é de minha conta senhor, mas o que faz em um posto de gasolina as 01:45 da manhã ?- Perguntou inseguro, talvez seria melhor ouvir da boca do homem que o pretexto dele para estar ali não era o de matá-lo.

-Bom...Estava procurando alguém para desabafar e já que perguntou, briguei com a vagabunda da minha namorada e ela me expulsou de casa. Sim, nos moramos juntos por decisão nossa. Nunca me arrependi tanto. Aquela puta me paga.-falou ele, com raiva e indignação. Era impressionante a facilidade dele para falar de sua vida pessoal assim. Louis arregalou os olhos, jamais havia visto alguém comentar sobre seus problemas com um estranho.

-Senhor, creio que não deveria falar assim de sua namorada, Cristo falou "quem nunca errou que atire a primeira pedra.", provavelmente foi apenas um erro, não um pecado imperdoável.- Louis falou com um sorriso radiante por estar falando de seu Senhor.

-Ah, me poupe. Você é um daqueles maníacos da reza?-ele riu com escárnio.-Pois saiba que eu sou um pecador, sou bi.-Falou Harry com um ar sarcástico.

O sorriso de Louis murchou derrepente e se transformou em uma expressão confusa. Bi? O que era ser...Bi? Ele não podia julgar o garoto como pecador sem nem ao menos saber o que exatamente era.

-Bi?-perguntou.

- Sim, bi. Gostar de xota e pau, sabe? Nunca ouviu falar?- disse o cacheado, sabendo exatamente o efeito de suas palavras rudes no garoto religioso. O menino arregalou os olhos e engoliu em seco. Ele estava pasmo com a naturalidade absurda e do quão pecador aquele homem era. Até mesmo respirar o mesmo ar que ele deixava Louis enojado.

-D-desculpe.-o de olhos azuis falou, almaldiçoando a si mesmo por sua maldita curiosidade.-Sua vida, não minha. C-com sua l-licença.- Se virou horrorizado e caminhou de volta para o caixa.

-Wow...Para um fiel você tem uma bunda bem gostosa, hum...Louis. Quase Nicky Minaj.-disse Harry maliciosamente, sentindo uma ereção começar a se manifestar entre suas pernas.

Louis se sentiu ardendo em vergonha e queria morrer por estar se sujeitado à aqueles pensamentos sujos. Ele precisava se recompor.

-Como você sabe o meu nome??-perguntou, imerso em um misto de sensações ruins que o faziam querer evaporar.

-É porque...eu leio mentes!!!-disse Harry, vendo Louis agarrar discretamente sua cruz com a mão trêmula como uma gelatina.-Brincadeira, eu li seu crachá, senhor bunda gostosa.

-Mais respeito, pecador!-disse o mais alto, lembrando de abaixar a voz bem a tempo de não dar o prazer de vê-lo enlouquecer ao de olhos verdes. Ele respirou fundo e sentou-se no banco e adquiriu a posição que estava antes do homem entrar.

Harry havia notado o quão incomodado o moreno se encontrava, Louis não fazia idéia do quanto seu nervosismo excitava o cacheado, que já sentia sua ereção crescer mais e mais. Voltar para casa não era uma opção mesmo e ele também não se julgava são o suficiente para dirigir, mas não seria nem um pouco ruim dar uma voltinha pelas curvas perfeitas daquele pequeno fanático religioso.
Harry havia acabado de aceitar um desafio. Ele instigaria Louis e se livraria da ereção.

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⏰ Última atualização: Sep 13, 2015 ⏰

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