La Musique

Capítulo 06 - O Novo Aluno

A aula ocorria bem. Já estavam no quinto tempo... Era aula de Química, aula preferida de Noah e Sibelle, Kaya e Patrick como sempre dormiam nessas aulas, aliás, sempre dormiam... Quando a aula era chata é claro.

— Gente, nós estamos ainda no segundo daí de aula então... Nosso horário pode mudar ok?

— Pra quando professora? — Perguntou um dos alunos.

— Não sei quando, mas... Talvez hoje mesmo vocês sejam liberados.

— Ah...

No fundo da sala...

— Ei Noah, eu vou ao banheiro... Já volto. — Patrick avisara Noah.

— Ok amor.

Patrick saíra de sala, descera as escadas e fora ao banheiro... Chegando ao local, avistara um jovem alto, atlético, mas magro, bem diferente de Patrick, que era atlético e forte. ... O garoto novo tinha cabelo bagunçado usava óculos Hipster. Não estava usando o uniforme da escola. Enfim, Patrick o ignorou. Entrou no Toilet e... Pensou vagamente naquele garoto e... Inesperadamente seu membro ergueu-se.

“Porra... Que merda é essa?”

Pensou Patrick...

Ao sair do Toilet, Patrick lavara as mãos e fazia o percurso de volta a sua sala, avistando de longo o mesmo garoto que vira no banheiro, só que agora ele estava ali sentado no banco... Parecia estar esperando alguém. Logo aparecera a diretora da escola e o entregara uma farda e uns papéis,

“Hmmm, já vi esses papeis. Será que ele é aluno novo?”

Patrick ficara ali apenas observando a cena. O garoto dera um sorriso para a diretora, o garoto pegara a suas coisas e saíra da escola.

“Hmmm, deve ter ido embora.”

Patrick voltara para sala. Lá, vira Noah escrevendo... Lá, lembrava de quando conheceu o garoto. Era seu vizinho na época... Eles tinham onze anos, Os pais de Patrick tornaram-se muito amigos da mãe de Noah. Quando o pai de Noah os abandonou, os Pais de Patrick a ajudaram muito nas finanças. Eles se tornaram muito amigos. E ali estava Noah... Um garoto tímido, calado... Não se enturmava com ninguém. Aliás... Noah não tinha amigos. Patrick fora seu primeiro amigo. Primeiro melhor amigo. E Dalí, uma amizade pura surgiu e que se estendeu aos longos quatro anos, quando Noah teve o conflito emocional... Quando Noah descobriu-se gay... E, ali... Teve sua primeira experiência com Patrick... Que depois vira a ser amor. Os dois saíram da escola antiga e entraram na Alpha, e lá viram uma garota solitária... Sem amigos, cabelos longos, isolada da população que habitava aquela escola hostil... Seu nome... Era Kaya. E depois de tantas tentativas... Patrick e Noah conseguiram a amizade de Kaya, afinal... Ter mais alguém pra conversar parecia interessante. Além de Patrick e Noah. Agora tinha Kaya. Noah como sempre se apegara muito fácil a Kaya, no começo, a garota era arisca... Não se dava muito bem com relações pessoais. Patrick levara na boa, sabia que Noah era amor/amizade pra vida toda. Ele não ligou ao fato de Noah começar a chamar Kaya de melhor amiga. Afinal, Sibelle já fizera parte deste pequeno grupo de amigos.

— Patrick? Patrick? ...

— Hmmm...

— Patrick! — A professora dera um cutucão o braço do garoto.

— Ah, oi professora, posso lhe ajudar em algo?

— Estou falando com você já faz uns minutos. Está tudo bem?

— Está sim professora...

— É que ele estava olhando pro namoradinho dele professora... — Brigite se intrometeu na conversa.

A atenção da sala voltou-se para o que Brigite tinha falado. Patrick, que um rapaz branco, ficou vermelho. Uma pimenta. Vermelha e esquentada.

— O que você disse Brigite? — Noah apareceu logo atrás, indo defender Patrick.

— Brigite, esqueceu do que eu te falei agora pouco? — Intrometeu-se Kaya.

Brigite levantou-se, ficando cara a cara com Kaya.

— Não, eu não esqueci. Só que tem uma parte que eu me esqueci de comentar... Meta-se na no meu caminho que eu acabo com a sua vida.

A sala começou a fazer vaias. Querendo brigas.

— Que caminho? Não sabia que putas tinham caminhos.

Kaya dera um empurrão em Brigite, a coitada fora parar na parede quase dando de cara com o quadro. Ela caíra no chão, Kaya avançou em Brigite, ela ia estapear a garota, mas a professora segurara Kaya. Outras meninas seguraram Brigite.

— Acabou essa palhaçada. Ora porra! Segundo dia de aula e acontece essa palhaçada? Chega! Kaya, Noah e Patrick, voltem pro seus lugares. E Brigite, pare de falar besteiras e volte a fazer a atividade. E se eu ouvir mais alguma voz, eu expulso de sala e ponho tudo no diário! —Exclamou de raiva a professora.

Todos os olhares entravam em conflito, olhares frios... Ficara cada vez mais claro que a guerra entre Brigite e Kaya estava longe de acabar.

— Você ta bem? — Perguntou Noah.

— Sim, acho que sim, não sei. — Respondera Patrick.

— Oh amor, fique assim não... — Noah fora abraçar Patrick, mas, por um instante, Patrick recusara o abraço.

— Ah amor, hoje não ta? Desculpa.

— Ah... Tudo bem então... — Patrick sabia que não estava tudo bem, mas, preferiu deixar quieto.

A professora terminara de passar o conteúdo no quadro.

— Já meus queridos, quem terminou de copiar tudo já pode sair.

Aos poucos a sala fora esvaziando... Noah fora o primeiro a sair, ficara lá do lado da porta esperando seus amigos. Logo depois estavam os quatro reunidos, andando juntos e conversando. Patrick estava mais a frente, pois andava mais rápido, sem perceber, esbarrara com um garoto... Papéis caíram no chão.

— Oh, desculpe, eu não tinha lhe... Visto. — Patrick percebera que era o garoto que avistara no banheiro.

— Tudo bem, sem... Problema. — O garoto respondera de um jeito bobo.

Os ficaram se olhando aos poucos até que Noah passara e puxara Patrick. Patrick olhara pra trás e percebera que o garoto ainda olhava pra ele.

Chegando ao portão de entrada da escola, cada um começara a se despedir, Kaya e Sibelle entraram no mesmo carro. Sibelle iria dar carona para Kaya. Noah dera um beijo de despedida em Patrick e fora para a parada de ônibus. Patrick ficara lá. Até que o garoto passou por ele e dera um tchau singelo e inocente, Patrick o retribuíra com um sorriso cativante. Patrick sentou no banco e ficou ali... Pensando.

“Garoto legal...” — Pensou Patrick.

De longe, mais alguém olhava aquela cena... Ela sabia que aquelas trocas de olhares iriam dar algo a mais.

“Que lindo” — Ela dera um sorrisinho falso.

— Vamos Brigite.

— Vamos.

Ela entrara no carro e fora embora.

— Fim do Capítulo 06 —