Sarah Miller Jonas. Ela não gostava desse sobrenome e resmungava mentalmente enquanto assinalava mais um dos inúmeros trabalhos da faculdade, pensava ela que esse nome não se parecia nada com o de uma psicóloga bem sucedida. Tomou uma xícara de café e deitou-se. Tivera um dia cheio!
Primeiro acordou e foi pra floricultura onde trabalhava, depois passou no apartamento em que dividia com suas amigas, Louise e Judie. Tentaram fazer um surpresa para Louise, que saiu pra fazer uma entrevista com uma das melhores estilistas de moda do país, não deu muito certo pois, a estilista não teve a capacidade de dar uma atenção a Louise, Sarah fez questao de lembrar a ela que em alguns dias estaria rodeada de outras oportunidades.
Assistiu um pouco de Grey's Anatomy com Judie e nem reparara que Louise saíra. Porém, lembrou que tinha um trabalho pra entregar na faculdade no dia seguinte, como ela faltara hoje preferiu terminar logo. Foi então que reclamou mentalmente de seu sobrenome nada parecido com o de uma psicóloga bem sucedida. Deitou-se e começou a pensar na vida.
Ela pensava em como foi mimada pelos pais a vida toda e em como era difícil ter que caminhar com seus próprios pés, ela nunca reclamava da vida em que estava vivendo ate porque, ela quem escolhera assim. Sentia-se sufocada com a super proteção que seus pais tinham com ela, principalmente por ser sua filha unigênita.
Seus pais tinham uma pequena perfumaria na cidade de Londres, tinham uma renda boa, não chegavam a ser podres de ricos mas tinham o bastante para a ajudar a filha a pagar a metade da faculdade, isso depois de muita relutância da parte de Sarah.
Achava ela que nunca poderia seguir seu caminho tendo tudo o que queria na mão, por isso a um ano decidiu morar com as amigas em NY. A princípio foi difícil para ela já que deixara seu então ex namorado Adam Fuller para trás, terminaram por causa dele ja que este era fraco demais para ter um relacionamento a distância, então cada um seguiu suas respectivas vidas, porém, Sarah não passava um dia se quer sem pensar nele, o que fazia a mesma sofrer. Achava ela que não encontraria tão cedo alguém que fizesse seu coração palpitar como Adam fazia. "Achava ela até o exato momento".
Dormiu em meio a seus devaneios.
Acordou cambaleando, seu relógio marcara 6:40hr e ela devia bater seu ponto as 7:00hr, tomou um banho rápido, vestiu seu uniforme e saiu andando pelas ruas de NY, sorte a dela que a floricultura ficava a duas quadras de sua casa.
Chegando no local sua chefe a olhou feio e Sarah disparou:
- São 7:02hr, Meredith. 7:02hr.
-De dois em dois a galinha enche o papo. -Meredith se referia aos constantes atrasos de Sarah. Sarah por sua vez fingiu não ouvir.
A verdade é que Sarah estava realmente de saco cheio de sua chefe, ela gostava de trabalhar ali e ficava apenas 6 horas, era um ótimo trabalho pra quem estudava a noite, mas sua chefe era definitivamente um pé no saco, porém era isso ou a vida de filhinha de papai novamente, pensou Sarah.
Quando o relógio bateu 8:30hr alguém um tanto alto entrou na floricultura, era tão alto que, bateu sua cabeça em um dos lustres de la. Sarah não o tinha visto ainda pois estava agachada atras do balcão procurando o corante para transformar rosas brancas em laranjas.
- Poderia me ajudar a escolher umas flores para alguém especial? - O garoto alto disse a Sarah que, levantou tão rápido a ponto de bater a cabeça no balcão. Esfregou a mão na cabeça com os olhos fechados, meio desajeitada abriu-os e sem olhar para o garoto respondeu-o dizendo:
-Sim, claro. A pessoa especial tem alguma preferência? - Perguntou Sarah levando-o até a bancada de flores mais próxima.
- Eu realmente não sei, é a primeira vez que compro flores a ela, isso porque a mesma jogou na minha cara que eu nunca lhe dei flores. - O moreno de nome não revelado tentou fazer graça, numa tentativa falha de arrancar um sorriso da vendedora. Então continuou: - Que tal tulipas? Ou rosas? Poderia me dar uma opinião?
- Bom, se eu fosse essa pessoa especial, não gostaria de receber tulipas pois acho esse um tipo de flor para pessoas mais velhas, rosas são para as mamães, eu ficaria com amarilis. - Sarah pegou amarilis na mão e finalmente olhou para o garoto alto a sua frente, teve que inclinar um tanto a cabeça pois ele realmente tinha uma altura elevada.
Olhou milimetricamente o moreno e o achou bonito, por um momento quis paquerá-lo, então lembrou-se que estava em seu momento de trabalho e pigarreou, fazendo assim o garoto piscar, acordando-o do transe ja que, ele também estava olhando a loira.
- Já decidi qual levarei, as tulipas.- Sarah por um momento pensou em revirar os olhos mas não o fez, achou desnecessário o fato dele pedir sua opinião e a descartá-la.
Ele pediu um papel e uma caneta depois de ter pago as flores, saiu sem despedir-se e Sarah também não esperou que ele fizesse isso, o tratamento foi de vendedora para cliente, certo? Talvez fosse errado.
Acabado seu horário de expediente, Sarah caminhava para sua casa, chegando na mesma se jogou no sofá e estava sozinha, ja que as meninas chegavam um pouco mais tarde que elas. Tirou os sapatos, e apalpando o jaleco da floricultura reparou que no bolso direito havia um papel que ela não lembrara de ter colocado ali. Então abriu-o:
"Bom escolhi as tulipas pois a pessoa especial é minha avó, sua opinião foi de muita valia. Mas se a pessoa especial fosse você com certeza eu saberia que flor comprar.
Meu número está no verso - Joseph Hale."
Sarah ficou um tanto pasma, pensava em como ele colocara aquele papel em seu bolso, e ao mesmo tempo ansiosa para conhecer um pouco mais sobre o garoto de uma altura significativa e olhos castanhos encantadores. Ela deveria ligar?(Capítulo escrito por Lethycia)
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Trying
RomanceTrês amigas, um apartamento, vários problemas. Louise Fischer, Judith Underwood e Sarah Jonas têm suas próprias preocupações, perguntas cujas respostas parecem inalcançáveis, porém, juntas, elas mostram que você tem que se levantar e tentar, e tenta...