Segunda-feira, está mais com a cara de tudo vai dar certo. Amém, eu espero!
Ao longo do dia correu tudo dentro do que eu havia planejado, tive uma aula extra para "saber me comportar durante o jantar com o Sr. Intocável."
Já eram umas seis horas quando bateram na porta do meu quarto, Mel abriu.
- Amiga, o cabeleireiro que irá arrumar você, já esta aqui.
- É, tá bom, mande ele entrar. - Dou-lhe um sorriso.
- Olá querida, você é a Lina? Tão bela, irei realçar ainda mais a sua beleza.
Sim, quando ele disse, realçar ainda mais a minha beleza, ele não estava mentindo, depois do cabelo Mel fez uma maquiagem em mim, não muito forte só exagerei no batom vermelho e na máscara de cílios, desci até a sala e olho no relógio, oito em ponto.
Dona Elisa vai até a porta, e pelo visto o motorista já esta me esperando.
- Se comporte querida. - Ela passa as mãos em meus cabelos, e me da um sorriso sincero.
Saio e vou em direção ao carro, um senhor de cabelos grisalhos abre a porta para mim.
- Senhorita Parker, o Sr. Shilder esta a sua espera, entre.
O caminho foi longo, esses sapatos já estão começando a apertar os meus pés.
- Chegamos senhorita. - Ele abre a porta e estende sua mão.
- Por favor me chame só de Lina.
Entrei naquele salão todo iluminado, um homem moreno, vem até a mim.
- O Sr. Shilder está a sua espera no 8° andar.
Admito que estou com um frio na barriga, minhas mãos estão soando.
Entrei no elevador, sai e logo dou de cara com uma porta escancarada.Meus pés parecem que criaram raízes, não sei se corro, ou me jogo daqui de cima.
- Vai ficar aí parada, babando?
O papel de trouxa, vai? Sim, para mim.
- Então você é Lina?
- Sim senhor.
- Quantos anos você tem?
- Dezessete.
- Olhe para mim.
Fui levantando os olhos, porque eu estou tão aflita? Ele é um homem comum.
- Sente-se aqui.
- Aqui? - Aponto para o lugar que ele disse.
- Está vendo mais algum lugar para você se sentar?
- Eu só fiz uma pergunta. - Resmunguei.
- O que você disse? Você não fala comigo até eu mandar, será que Dona Elisa não te falou nada?!
- A dona Elisa me disse sim Juan, eu não sou essas loucas que convive com você, fale direito comigo! - Acabei de assinar a minha sentença de morte.
Só senti aquele chão duro, ele me bateu, ele me bateu na primeira vez que me viu.
- Eu não queria ter feito isso, senhorita Parker, mas eu falo, e você responde quando eu quiser, agora se levante, mudei de ideia.
Eu senti tanta raiva desse homem, a ponto de querer matar ele.
Fomos jantar em um restaurante muito elegante, com velas nas mesas, entramos de mãos dadas, isso sim foi estranho porque o cara meteu uma bofetada na minha cara e agora esta assim, sinceramente ele é bipolar.
Sentamos e pedimos o nosso jantar na verdade ele nem deixou eu escolher nada, ele quem escolheu.
Durante esse tempo não olhei para ele enquanto ele não pediu, vai que se eu olhasse ele me batesse, sim exagerei, mas nunca se sabe.
Nosso jantar foi péssimo, na verdade ele nem disse nada, e mal mexeu na comida.
Finalmente ele quebrou o silêncio.
- Senhorita Parker você estuda?
- Sim.
- Sim?
- Sim, senhor.
- Já namorou alguma vez?
- Namoro de adolescência.
- É virgem?
Quase me engasgo com a comida.
- Isso é uma coisa minha, não acha?
Acho que falei demais, de novo.
- Acho que você não me entendeu.
O silêncio pairou, ele pediu a conta, e mal terminei de comer.
Saimos, a rua esta deserta, é o meu fim.
- Você pensa que você é quem sua petulante? - Ele diz, segurando meu braço.
- Senhor me desculpe. - Desculpa nada, seu bosta.
- ENTRE NA PORRA DO CARRO AGORA!
Algumas pessoas que estavam no restaurante saíram para ver o que estava acontecendo, ele estava praticamente gritando.
Todo percurso ele não disse nada, chegamos no hotel, e ele me deixou sozinha, e subiu, e a burra não iria ficar aqui.
No elevador, o silêncio continuou, maldito silêncio, olho de canto de olho para ele.
- Está babando senhorita Parker?
Ele tem olhos nos ombros agora?
- Eu fiz uma pergunta.
- Não senhor.
- Você está dispensada, pode ir para casa, meu motorista irá leva-la, amanhã às três da tarde, irei busca-la.
Me retirei sem dizer nada, o percurso todo, meu pensamento me levou ao tapa, ninguém nunca me bateu dessa forma.
Estava na ponta dos pés, quando dona Elisa aparece como um fantasma.
- O Sr. Shilder acabou de me ligar.
- Sério? O que ele queria? - Calma, muita calma.
- Vocês irão em uma praça amanhã, terá fotógrafos, é muito bom a imprensa ver vocês juntos, assim os boatos chegaram mais rápido na mídia, e Lina, não faça o que você fez hoje, apanhou porque mereceu, Juan não costuma dar uma segunda chance, agora suba e vá dormir.
Depois de hoje o que eu mais quero é dormir mesmo.
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Desejo Incontrolável (EM REVISÃO)
RomanceJuan Shilder um dos homens mais ricos de Nova York, cobiçado por muitas mulheres, irá ser obrigado a se casar para conseguir sua tão esperada fortuna. Lina Parker uma garota, cheia de sonhos, sem família, mora em uma casa para moças submissas. Sua v...