Butterfly.Pt1

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Olhava fixamente para minhas mãos ensanguentadas pelo meu próprio sangue.
Como de costume avia novamente punido a mim mesmo, avia me punido por ser um humano tão idiota, me punindo por continuar vivendo.
Eu mais que merecia aqueles cortes, não estão apenas em meu pulso, estão por todo o meu corpo.
Naquele gélido chão do banheiro- se é que eu podia chamar aquilo de banheiro- da casa abandonada onde iria passar o tempo sozinho.
Eu sei você pode está pesando "Meu deus como alguém vai passar o tempo sozinho em uma casa abandonada?!". Mas a resposta para isso é que tudo começou ali, naquela casa abandonada.
Onde tudo começou, a história da minha miserável vida.
Quando mais jovem eu sempre fora ingênuo e inocente, não via maldade nenhuma nas pessoas, era uma "Criança" de apenas quatorze anos.
Flashback on:

Corria pelas ruas de Seoul como nunca avia corrido antes. Seu coração batia cada vez mais rápido a cada passo que dava seu coração batia mais rápido. Pobre garoto, mal sabia que a partir do momento que chegará aquela casa, sua vida"Acabaria" por completo.
E lá estava, observando aquela casa velha, ainda hesitando de entrar mas sua curiosidade falava mais alto e assim adentrou aquela casa.

A casa era uma velha, abandonada em lugar esquecido no subúrbio de Seoul.

Quando adentrou pôde ver as paredes de madeira desgastadas, a porta mal fechava.
"Aqui Jeon..." Ouviu uma voz sussurrar por ele, seguiu aquela voz que o levará para um dos quartos da casa velha. Encontrando lá o dono da voz e o dono do seu coração.
"Eu ainda não acredito que isso realmente está acontecendo!" Disse com os olhos brilhando" É verdade oque você escreveu no bilhete? Você me ama mesmo?" Perguntou na esperança de ouvir um sim, mas o garoto-mais velho- deu uma risada muito alta, como se estivesse zombando do mais novo.
"Vejam só, o babaca acreditou mesmo!" Falou o mais velho é outros dois garotos apareceram. Um 'Surgiu das sombras' e outro apareceu atrás da porta a fechando logo em seguida.
"O-oque mas oque está acontecendo aqui?" Perguntou o mais novo entre os quatros assustado.
"Você achava mesmo, que eu te amava?" Rio de maneira debochada" Mas que 'bichinha' ingênua" Se aproximou do mais novo que dava passos para trás mas bateu as costas em alguma coisa, ou melhor, alguém. Um dos garotos que tinham parecido segurava em seus braços com força o impedindo de mexer.
O mais velho caminhou até onde o outro estava sendo mantido preso puxando com força seus cabelos o fazendo pender a cabeça para trás e apertar os olhos pela dor.
"Já que a 'bichinha' ficou tão feliz por achar que EU a amava, que tal dermos a ela oque gosta, hm?" Rio debochado.
O mais novo já entendendo oque ele queria dizer com aquilo arregalou os olhos.
"Não, por favor não...me deixe sair daqui...por favor.." Implorava já com algumas lágrimas formadas nos cantos dos olhos.
Mas eles não pararam, e aquilo que tanto temia aconteceu. Os três garotos o estupraram tirando de si sua inocência e como se isso não bastasse eles a espancaram, o deixando sangrando naquele chão imundo da casa.

Três meses se passaram desde o acontecimento, ele não contará para ninguém, tentava agir normalmente todos os dias.
Indo para escola, encarando aqueles olhares de reprovação e nojo. Como todo ser humano se sentiria nessa situação, ele queria sumir, queria escapar daquilo que estava o sufocando.

Chegava em casa e tinha que encarar sua mãe, ele já não sábia se podia olhar aquela mulher como sua mãe. Uma mãe sentia amor por seu filho, lhe daria atenção, iria escutar todos os problemas, mas tudo que ela fazia era fumar.
Estava agora à encarar a mulher cujo estava magra, orelhas perfeitamente visíveis, cabelos bagunçados com uma cartela de cigarros na mão.

"Se ao menos GOSTA de mim, apenas me olhe ou simplesmente balance a cabeça" Não ouve respostas, a mulher acendeu um cigarro e fez a coisa que fazia há meses, fumar.
"Por que você me trata como se eu não existisse? Eu sou realmente seu filho?! Eu só te peço o carinho que todas as mães dão aos filhos!"
"Uma criatura imunda como você, jamais será reconhecida como um filho meu, uma vadiazinha"Rio debochado"Você não deveria ter dado esta bunda suja para três de uma só vez-" Foi interrompida.
"Não entende que fui forçado?!
Não entende que eles armaram para mim?
Você pelo menos está me ouvindo...?"
Não teve resposta novamente, subiu para o quarto fechando a porta do mesmo com força, o barulho da porta se chocando com q parede poderá ser ouvido por toda a casa. Encolheu-se na cama e se pôs a chorar, chorar muito. Ele queria morrer, pobre criança, acabará de descobrir como a vida e dura.
"Eu sou um ser repugnante, se não me amam, é por este o motivo, eu sou repugnante"
Assim foi até seu banheiro encarando seu reflexo no espelho, sentia nojo daquele ser, sentia nojo de si mesmo, sentia nojo do mundo.
Pegou uma lâmina que se encontrava no armário daquele banheiro espaçoso e a deslizou sobre a pele de seu pulso causando um corte profundo, o seu primeiro, de muitos que viriam pela frente.

Flashback off

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⏰ Última atualização: Sep 23, 2015 ⏰

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