A Elegância Irrelevante

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Deu se por desapercebido, em meio ao baile naquele salão cujas molduras trajavam um escultura dourada e chamativa em seu ouro, resplandecente e dono de olhares invejosos. Se fez desapercebido, mas não para aquele olhar negro de escuridão, de ciúme e paixão.

O grande hall era como brincar de esconder, Lucian sabia que não iria durar até metade de sua elaborada festa onde seus pais anunciavam seus dezesseis anos, com graça e gracejos, mães querendo lhe a mão pra suas filhas e pais querendo lhe na política das mentiras. Mas apenas uma pessoa com olhos negros e trajes aveludados, tão mais velho, ferino e sagaz, sabia de seu segredo.

O jovem Lucian agora corria pelos corredores, onde ecoa os passos lentos daquele adulto sem puder de fazer lhe a mente como posse, como suas conquistas, gatuno e esperto, sabia onde iam parar.

No quarto. Trancafiados. Desnudos. Ferozes.

Na cama. Possessos. Sem medo. Sem tabus.

Gemidos, suspiros. Abraços, mordidas. Suor, marcante gemidos.

E assim Gasper tirava do menino sua pureza e sua inocência, também o dava um rumo para seguir, um segmento a tomar, de segredos ao amor entre dois corpos se unindo e se reconhecendo.

Gasper e Lucian não queriam nada mais, apenas poderem se descobrir e dizer a todos que se amam e eram felinos. Felizes.

Je sui l'amour! Dizia Gasper ao pé de ouvido.

Ode à SimplicidadeOnde histórias criam vida. Descubra agora