Plenitude

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Andei...
Por ruas vazias da capital
Sonhei...
Com a mudança de um mundo desigual

Olhei...
Uma paisagem, mais que surreal
Gritei...
Quando vi que nada disso era real


Por quanto tempo vou pensar
Que isso ainda existe
Talvez ser sonhador
É ser o que a vida permite

Rico enchendo a casa de grana
E acha que é nobre
É rico no bolso
Mas no espírito é pobre

Idiotas...
Pelo dinheiro, deserdam a fé
Vish, é o mais triste
Nem lembra do que é

Não lembra de onde veio
Não sabe pra onde vai
Sabe o que é dinheiro
Mas não sabe o que é paz

Corro na rua
Sentindo o ar que invade meu peito
Fugi da chuva
Que deixa meu bairro lamacento

A lama imaginária
Feita pelo preconceito
A doença que cega
A paz, o amor e o respeito

Preconceituoso
Um real digno de pena
Prendeu a própria mente
Com sua própria algema

Um pequeno verso
De insatisfação
Feita por um garoto
Que busca auto-compreensão

Com pés no chão
Caminhei tempo demais
Parecia até miragem
Mas juro que vi a paz

Eu corri, eu chorei
Eu pedi, eu gritei
Eu senti, sufoquei
Infelizmente não alcancei

Mas e daí?
Vou continuar tentando
Coração tá me conduzindo
E no coração não mando

Insatisfeito corro atrás
Distante plenitude
Mas nunca se esqueça disso
Vontade é atitude

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