Me acordo assustada cerca de 40 minutos após ter dormido, com um barulho vindo do lado de fora do quarto, nao sabia ao certo o que ouvi, mas algo nao estava certo. Olho para o lado e Dean esta imovel dormindo como um bebê, pego minha arma engatilho e vou acordar Dean.
- Dean, Dean acorde.
- O que foi Sammy.- ele me responde virando-se para o outro lado sem ao menos abrir os olhos.
- Dean sou eu Demi, acorde tem alguem la fora.
Dean continua dormindo, ouço um grito desesperador vindo da recepçao, decido ir averiguar sozinha jah que Dean parece estar em outro mundo.
Abro a porta do quarto, vagarosamente e saio, olhando em todas as direções com minha arma apontada e engatilhada pronta para disparar.
Quando chego a recepçao, vejo uma cena horrível, o homem que a poucas horas, me atendeu indicando a direçao do meu quarto, ali no chao morto, os olhos arregalados, e obviamente sem o seu coração.
Me agaixo para examinar melhor o corpo, ele ainda nao tinha as marcas no pescoço o que me deu a ideia de esperar e ver quem viria atras de mais um cadaver. Levanto-me devagar, quando me viro vejo um homem atras de mim sorrindo, ele tinha garras e dentes afiados como uma lamina. Meu reflexo de apontar a arma para ele nao foi rapido suficiente, ele majestosamente me atingiu fazendo-me atravessar a vidraça da recepção. Senti a arma voar de minha mão, e o impacto no chao me fez ficar meio tonta, piscava repetidamente para voltar a ver sem aquela nuvem que estava diante dos meus olhos mas novamente nao rapido suficiente.- Ora ora.- disse ele, sua voz era suave e calma. - Veja se nao eh a jovem caçadora.- quando terminou a frase ele me pegou pelo pescoço me tirando do chao. Estava ficando sem ar
.- Meu pai vai ficar muito orgulhoso de mim, quando eu fizer com voce o que ele fez com sua amada tia.
A raiva doia em meu corpo como se eu fosse arrancar a cabeça dele apenas com os meus olhos, mas eu estava sem ar, fraca demais para fazer algo.
Ele colocou sua mao em meu peito e começou a precionar, estava doendo muito, fechei os olhos e esperei pois sabia que ali seria o meu fim.
Foi rapido muito rapido, derrepente senti o meu corpo bater no chao, e entao olhei, havia uma lamina que atravessava o coraçao daquele desgraçado. Olhei para cima e avistei Dean, ele parecia muito irritado, mas eu estava muito fraca e a ultima coisa que consegui ouvir foi ele chamando o meu nome.Acordei, nao sei quanto tempo se passou, minha cabeça doi, e meu braço está em chamas como se alguem tivesse ateado fogo nele, tento erguer a cabeça mas nao obtive sucesso, ouvi uma voz familiar falando comigo.
- Shhh, fique quieta- disse ele
Olhei assustada para seu rosto, mas logo me acalmei quando vi Sam olhando para mim.- Onde eu estou.- perguntei ainda confusa.
- Calma Demi, vc esta na casa do Bobby, Dean te trouxe pra ca.- me informa Sam.
- Oh meu Deus!!! Dean esta bem?
- Estou - respondeu Dean entrando na sala. - Nao fui eu que quiz dar uma de super-heroi saindo sozinha atras de um lobisomem.
- Eu tentei te acordar, mas vc estava dormindo muito pesado, e eu ouvi um grito.- digo tentando organizar as lembranças na minha cabeça.
- Vc podia ter morrido! E eu lah dormindo, um completo idiota, fiquei lah para nao te deixar sozinha, para nao se machucar e olha so o seu estado.
- Dean, nao foi sua culpa. A culpa foi minha nao devia ter saido sozinha, eu nem sei o que pode matar aquela coisa, foi burrice, me desculpe.
- Voce nao tem que se desculpar Demi.
Sam interrompe o nosso bla bla bla de quem tem culpa.- Demi vc se lembra de algo? Ele te falou alguma coisa?
Me esforço para clarear minha mente e me lembro, lembro de cada palavra.
- huum, ele disse que seu pai ficaria feliz se ele me matasse, como ele fez com a minha tia.- sinto meus olhos encherem de lágrimas,mas me controlo para nao deixar elas rolarem.
- Desgraçado!- Bobby exclama vindo em direçao a sala.
- O que mais ele te disse?- humm, foi so isso.
Dean anda inquieto pela sala de um lado para o outro com uma cerveja na mao. Olho para o meu braço que ainda doi muito e percebo que esta costurado, cada ferida que estava aberta havia sido costurada. Olho para Dean e ele pisca de volta, assumindo que ele havia feito o trabalho, quando derrepente o telefone de Sam toca. Ele atende. Percebo um tom serio em Sam, ele agradece quem ligou e desliga rapidamente.
- Quem era? Dean pergunta curioso.
- O sherife local. Queria nos informar que encontraram outra vitima, com os mesmos sinais da primeira que fomos investigar.
- Vamos nessa entao - dean responde bebendo toda cerveja que estava em sua garrafa.
Sam e Dean se retiraram da sala, provavelmente foram trocar as roupas casuais por ternos chiques para seus disfarces de agentes do FBI, eu e Bobby ficamos um tempo quietos, um rezando para o outro falar e quebrar aquele silêncio esmagador que tomava conta da sala. Fui eu q tomei a iniciativa.
- Bobby?
- Sim?
- O que vc acha que realmente esta acontecendo?
- Bom Demi, para ser sincero nao tenho ideia, mas nesse mundo em que vivemos, a maioria das coisas nao tem explicação, os monstros, bem, eles matam pessoas inocentes sem uma razao específica simplesmente por instinto, para saciar a necessidade que eles tem pela morte, se fossem fantasmas por exemplo eu poderia tentar achar uma razão.
- Bem isso explica um pouco, mas se for parar para pensar no que aquele lobisomem me falou, parece que minha tia nao morreu pq estava no lugar errado na hora errada, ele sabia que eramos caçadoras.
- Pensando por esse lado, nao parece coincidência. Mas o q vc acha? Vingança? Pq? Ou melhor Por quem?
- Eu nao sei Bobby, mas vou descobrir.
Vejo Sam e Dean voltando para sala, agora vestidos com ternos pretos, prontos para sair mas eu os interrompo.
- Esperem, eu vou com vcs.
- Nem pense nisso.- retruca Dean -Olhe o seu estado, como vamos explicar para o xerife uma parceira toda retalhada.
- Nada que um blazer nao resolva, e nao adianta resmungar, pois nao estou pedindo, estou afirmando que vou, bem se nao me quizer junto vou sozinha, logo após.
Dean me olha de cara feia mas nao argumenta comigo pois sabe que nao ira adiantar .
- Me de um minuto.Me levanto do sofá, e vou ate o meu carro, abro o porta-malas e pego minha mochila. Em menos de cinco minutos volto para sala com meu trage estilo agente federal, cabelo preso e levemente maquiada, pronta para ir rumo a mais uma pista do assassino de minha tia.
- Vamos.