Capítulo II

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Tyler narrando

Quando entro na sala onde vou estudar, olho para os lados e vejo aquela menina que me deixou sem. Me sento em um lugar um pouco afastado dela, mas sempre me sinto tentado em dar umas olhadinhas para trás para ver como ela estava e me espantava quando via que ela também estava olhando para mim com um olhar disfarçado. Fiquei conversando com uns meninos de lá, e alguns deles se lembraram de mim, e eu deles. Quase na hora da saída descobri que o nome da menina era Jullye, um nome doce como mel igual à cor dos seus olhos. Tenho que saber mais sobre ela.

Jullye narrando

Ao longo das aulas percebi que ele ficava me olhando acho que ele também percebeu que eu estava olhando disfarçadamente para ele, na hora das apresentações ele disse que se chamava Tyler, eu tinha que ficar esperta, não é porque sou pobre que sou burra, sei que a maioria dos caras ricos querem só se divertir conosco e depois dão um pé na bunda e nem sequer voltam a falar conosco novamente.

Mas o primeiro dia de aula acabou e eu fui para casa fazer ajudar a minha mãe a fazer os doces e salgados que ela vendia em seu emprego, ela trabalhava em uma empresa legalzinha, não tínhamos com o que se queixar, o salário que ela recebia dava pra nos virarmos, e como o meu pai nos abandonou e nunca ajudou em nada era eu e ela pra tudo.

O tempo passou rápido, uma semana já tinha se passado, já conhecia todos os professores da escola, e quase todos os alunos da sala, resolvi investir no conhecimento de Tyler e nos tornamos amigos, achava engraçado a forma que ele ficava sem graça quando estava perto de mim, do mesmo jeito que eu ficava junto dele, estava com medo de convida-lo pra minha festa de 17 anos, ia ser simples, porque iriamos fazer com o dinheiro dos salgados e doces que minha mãe vendia, eu não moro em um lugar pra ricos, mas como nossa amizade parecia sincera e se firmou tão rápido, decidi convidar ele, se ele não quisesse ele não ia. Ele aceitou o convite e disse que com certeza estaria lá, expliquei a ele que não ia ser uma festa como ele deveria estar acostumado a ir, mas ele aceitou e disse que poderia ser a pior festa do mundo, mas se eu estivesse lá ele iria de qualquer forma.

Trocamos número de telefone e passamos a andar sempre colados na escola, nos tornamos melhores amigos de uma forma inexplicável. Quase todos ficavam zombando de nós porque parecíamos namorados, e as pessoas começavam a dizer que era o namoro mais rápido que eles tinham visto acontecer, mas pelo menos da minha parte, por enquanto, era só amizade mesmo.

Por Acaso [EM REVISÃO]Onde histórias criam vida. Descubra agora