Episódio 1

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Okey. Cá vou eu. Deixo as malas no chão e bato à porta que está à minha frente. Espero uns segundos até que oiço a porta a ser destrancada. Esta abre-se e deixa ver um rapaz de uns 17 anos. Alto, moreno e uns lindos olhos castanhos que reconheceria sempre. Sorri e abracei.o.
-Scott!!! Que saudades. Cresces.te tanto.
-Angela?-perguntou ele olhando para mim.
-Não me digas que já não conheces a tua prima favorita.-sorri eu.
Desta vez abraçou.me ele a mim e sorriu.
-O que estás aqui a fazer?!? Quer dizer, estou muito feliz por estares aqui mas, porque estás aqui?- perguntou ele alegre.
-Bem. Decidi mudar.me para um lugar calmo. E que lugar mais calmo do que Beacon Hills?- disse omitindo detalhes.- Eu ainda não arranjei casa, por isso vinha perguntar.te a ti e à tua mãe se posso ficar aqui uns tempos. Só até encontrar casa.
-Claro. Claro que sim. És, e sempre serás bem vinda nesta casa. Entra por favor.- disse ele agarrando nas minhas malas e deixando.me passar.
- Vou só levar isto para o quarto das visitas.- disse o Scott começando a subir as escadas com as malas.- senta.te e liga a televisão se quiseres.
Segui as recomendações do Scott e sentei.me no sofá pronta para ligar a tv. Lembro-me de quando era mais nova e vinha todos os Verões visitá-los. A casa não mudou nada, mas agora eu estou diferente. Não acredito como mudaram as coisas desde que os meus pais morreram. Passei de simples, alegre e cheia de amigos, a fria, manipuladora e insensível. Vou-vos explicar. Os meus pais morreram quando eu tinha 15 anos. Eles e o meu irmão estavam em casa em quanto eu estava com uma amiga e um grupo de homens entraram na casa e mataram-nos. Simplesmente entraram e atiraram neles. Fiquei devastada. Não compreendia como era possível existirem pessoas assim. Comecei a sentir uma coisa que nunca tinha sentido, ou pelo menos não tão forte. Ira, frustração e desejo de vingança. Comecei a treinar, e ao passar do tempo ia ficando mais fria e insensível até ao ponto de encontrar os assassinos da minha família e matá-los a sangue frio.

-Angela?- a voz do meu primo tirou-me dos meus pensamentos e reparei que estava sentada no sofá com o braço levantado e apertar o comando da televisão.- O que se passa?

- Nada. Estava só a pensar.- sorri para ele.- E a tua mãe?

-Está a trabalhar. Hoje faz turno da tarde e de noite.

-Amm. Okey. Eu vou passar por lá. Volto já, e vai-te deitar que eu sei que as aulas começam amanha.- disse pegando na carteira e nas chaves de um dos meus belos carros (o Audi r8) e sai.

Conduzi até ao hospital e estacionei o carro. Entrei pela grande porta e como já é costume todos os olhares, principalmente masculinos, foram dirigidos para mim. É normal. Eu sei que sou uma mulher bonita e sexi mas podiam ao menos disfarçar. Vi uma figura feminina conhecida para mim sentada em frente do computador e fui ter com ela.

-A senhora podia-me ajudar?- perguntei para ver se ela me reconhecia.

-Claro. No que posso ajudá-la?- perguntou amável a olhar para mim.

Eu olhei para ela e levantei uma sobrancelha. Ela não me reconhece!!! Também já passaram alguns anos desde a ultima vez que nos vimos.

- Eu estava á procura da minha tia sabe? Ela tem cabelo preto encaracolado, é muito bonita e não se lembra da sua sobrinha favorita...- disse eu a sorrir.

Ela abriu os olhos e levantou-se-

-Angela? Ó meu deus. Á quanto tempo.- disse ela e abraçou-me.- O que estás aqui a fazer?

- Preciso de descansar uns tempo. Preciso de um pouco de paz e tranquilidade. E que melhor sitio para ter paz e sossego do que Beacon Hills?- disse eu.- Mas queria pedir-te um favor. Eu já estive a falar com o Scott e...- Ela não me deixou falar mais.

- Eu deixo-te ficar lá em casa. Não há problema.- disse ela e eu abracei-a.

- Obrigada Melissa. És a melhor.-sorri.- E não te preocupes. Não vou causar nenhum problema e ajudo no que for necessário.
- Obrigada a ti linda. É bom ter-te lá em casa outra vez.-disse ela.
- Bem. Não te vou chatear mais. Vou para casa que já é tarde. Xau.- despedi.me e fui para o carro.
Conduzi até casa e parei o carro à frente desta. Não sai dele. Fiquei a olhar para a frente. Beacon Hills estava rodeado por um bosque imenso e, como se algo me chama-se, arranquei o carro em direção a este.
Parei o carro e deixei os farois ligados. Desci do carro e senti logo a paz que havia naquele lugar.
Comecei a andar sem rumo fixo até que choquei com alguém que vinha a correr.
Olhei para a frente e esforçando um pouco a vista vi o meu primo.
-SCOTT!?! O que estás aqui a fazer?- perguntei um pouco alto demais.
-Angela? E...Eu v...vim com o Stiles. Estávamos à procura de um corpo, ou de metade de um corpo mas o Sheriff Stilinski apareceu e eu escondi.me mas ele levou o Stiles e depois eu fiquei sozinho e eu vi a metade do corpo e assustei.me e...- começou ele a falar muito rápido e eu parei.o.
-Metade de um corpo? Vais ter de me explicar isso melhor mas agora vamos para casa.- disse eu. Ele estava para falar quando ouvimos um grunhido atrás de nós. Os dois viramo.nos e encontrámos uns grandes olhos vermelhos. O animal começou a correr na nossa direção e nós corremos. Mas o que é isso? É parecido com um lobo mas aquilo não é um lobo. Corremos o mais que pudemos mas aquele animal conseguiu morder o Scott fazendo.o cair e gritar de dor. Parei imediatamente de correr e fui ajuda.lo. Tentei po.lo de pé mas é muito pesado. Vi que o animal de olhos vermelhos vinha de novo na nossa direcção e eu agarrei num pau que estava no chão. Levantei.me e pus.me à frente do Scott para que o animal não lhe fizesse mais nada.
-Angela. Vai embora. Não faças isso.- ouvi dizer o Scott.
-Não te vou deixar aqui Scott.
O animal olhou para mim e inclinou a cabeça para depois desaparecer. Okey. Isso foi estranho.
-Vamos embora Scott. Tenho o carro um pouco mais à frente. Temos de desinfetar isso.
Ajudei.o a levantar.se e fomos para o carro como pudemos.
-MAS O QUE É QUE FOI AQUILO?- perguntou o Scott.
-Não sei.- disse conduzindo.
- Não eras uma especie de super génio? - perguntou ele.
-Scott, eu não faço ideia que espécie de animal era aquele okey? Era como um lobo gigante com olhos vermelhos, eu não sei.
-Como conseguis.te que se fosse embora?- perguntou um pouco mais calmo.
-Queres perguntar alguma coisa que eu saiba?
-Okey. Desculpa.- disse ele e queixou.se quando se mexeu no assento.
-Doi.te muito?- perguntei olhando para a frida. Chegamos e eu estacionei o carro.
Ele levantou a camisola e deixou ver um mordisco rodeado de sangue.
-Doi.- respondeu ele.
Saimos do carro e fomos em direção a casa. Já lá dentro ele tirou a camisola e eu desinfetei.lhe a ferida.
-Scott. Deveriamos ir ao hospital.-disse eu.
-NÃO. A minha mãe não pode saber de nada.- disse o Scott.
Suspirei.
-Okey. Agora vai deitar.te que é tarde e tens escola amanhã.
Ele subiu para o seu quarto e eu para o meu. Vesti o pijama e fui fechar a janela. Ao longe consegui ver uns olhos vermelhos entre as árvores a olharem fixamente para mim. Fechei a janela rapidamente e meti.me na cama. Algo me diz que Beacon Hills não é tão calmo assim.

Beacon Hills (Peter Hale)Donde viven las historias. Descúbrelo ahora