EXODUS

2nd

SEOUL • 3am, 2st february 2016

Entro sendo arrastado por Chanyeol que me joga contra o sofá, podia ver a raiva contida no seus olhos, suspiro e me arrumo.

- Pode dizer, sei que está se segurando...

- Luhan, tem idéia do que nos meteu?

- Só tínhamos que sequestrar a garota para os Seniores- reviro os olhos. 

- Sim e você inventou de vender a alma dela o que nos fez arrumar uma briga com a gangue EXODUS, tem noção do quanto estamos ferrados... Ahn?!- ele me dá alguns tapas e eu me protejo.

- Aigoo, aigoo eu entendi... Eu entendi HYUNG EU ENTENDI- grito me erguendo do sofá- Eu só queria ganhar um crédito com eles... Quem sabe assim...

- Assim viraríamos demônios por completo? Já pensou que isso podia dar errado e dar exatamente o  resultado contrário- ele ergue a mão mas eu me afasto e ergo o dedo indicador para ele o avisando com o sinal para manter distância. 

- Eu sei que mandei mal mas vou consertar... Ok? Não se preocupa- dou ombros.

- Consertar? Eu acho que agora eu deveria me preocupar- ele diz entendiado, se jogando no sofá.

- Você é tão pessimista, relaxa aí!- me espreguiço, pego meu casaco e visto.

- Aonde você vai?- Chanyeol resmunga me acompanhando com olhar.

- Vou apenas comer ramén, Hyung, quer que eu traga algo?
Chanyeol pensa um pouco e me encara.
- Cuidado, hm, eu quero leite de banana- ele diz ainda com a cara meio fechada mas logo sorri e se mexe no sofá como um cachorrinho, ele não resisti a leite de banana, esquecemos por hora da situação ruim que eu acabei nos metendo.
Por sermos ainda "híbridos" metade humanos metade demônios ainda vivíamos em uma casa normal e tínhamos poder limitado. Andei sem pressa pelas ruas escuras, estava muito frio, odiava aquilo ter ainda sensações humanas não só sensações como também sentimentos. Por exemplo amor, bondade, raiva, medo, paciência e enfim eu ainda podia sentir tudo aquilo quando eu só queria sentir nada.
Estava esgotado da luta com aqueles pau mandados da EXODUS, ah sim, eles são famosos e infelizmente muito habilidosos não é a primeira vez que  cruzam meu caminho. Apesar  dessa vez estar mostrando minha verdadeira face, os Seniores suspenderam essa habilidade de mim e de Chanyeol, eles acham que não temos capacidade de chegarmos aonde meu pai chegou.
Sinceramente no começo disso eu estava mais empolgado que agora, eu e meu hyung não pertencíamos a nenhum lugar, aquilo era o mais próximo de conseguir uma "família" mas acho que com o passar do tempo eu vi que estava bem longe disso, agora quero me tornar um demônio pelo simples prazer de não sentir nada.
Entro em uma loja de conveniência sem pensar muito, caminho até o refrigerador pegando quatro embalagens de leite de banana, assobio andando até o rámens, eu sentiria falta de comer aquilo.
- Queria todos vocês, ai- suspiro entortando a cabeça.

- Ora, se não é o demônio... Conversa com a comida agora?- uma mão passou por cima do meu ombro e pegou a embalagem, me virei devagar, esses caras sério...

- A que devo a honra da perseguição?- digo ao mais alto, ele estava junto com o resto da EXODUS mas não lembro de ter o enfrentado.

- Eu tenho mais o que fazer do
que te perseguir- ele sorri e pega mais algumas embalagens, olho para fora e vejo carros pretos estacionados.

- Então siga seu caminho- me viro e pego apenas duas embalagens, caminho até o caixa, entrego meu cartão para a atendente.

- Desculpe senhor mas não está aceitando- suspiro, a encaro fixamente hipnotizando a garota, passo um dedo pelo seus lábios.

- Me deixe ir só dessa vez, hm?- ela sorri concordando, solto uma risada baixa, pego minha sacola e saio da loja.

Caminho devagar prestando atenção no chão tanto que não me dou conta quando trombo com alguém, levanto me limpando e ergo o olhar.

- Você não...

- Olhe por onde anda- ele completa com seu tom frio, aquele eu reconhecia, como não reconhecer quem quase arruinou sua vida.

- Você...

- Oi demônio, LuHan.

- Tem boa memória- rio debochado- Isso é o que uma conspiração?
Primeiro o da loja e agora você...

- Oh Sehun- ele diz ajeitando o que eu reconheci por ser uma arma.

- O quê?- franzo o cenho.

- Me chamo Oh Sehun.

Então ele passa por mim seguindo seu caminho, acompanho com o olhar até que ele entra no carro, assim desaparece da minha vista.