Jasmine não havia me respondido, então não chamei mais. Levei o silêncio como uma forma de ela me dizer que estava pensando.
Mas naquela madruga, eu passei mal, passei tão mal que não consegui dormir e isso foi instantes antes do telefone tocar.
Sabia o que tinha acontecido, sabia que a minha pequena tinha ido, eu só não queria acreditar.
Minha mãe entrou no meu quarto e apenas me abraçou, senti as lágrimas escorrendo nas minhas bochechas e, meu Deus, como isso machuca.
-Eu sinto muito. - ouvi ela falar entre os meus soluços - O pai dela pediu pra você passar lá depois, parece que ela escreveu uma carta para você.
Apenas assenti, não consegui abrir minha boca pra pronunciar uma palavras. O que seria de Rafael sem Jasmine?
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Não dormi o resto da noite, fiquei lembrando dos nossos momentos, dos seus sorrisos e do quanto ela me fazia bem. Lembrei, também, das vezes que eu a observei no colégio, da primeira vez que eu a vi e quando ela brigou com os garotos que haviam me batido.
Foi naquele instante, naquele momento em que ela chegou e falou "Mexam com alguém do tamanho de vocês, seus babacas!" que eu percebi o quão especial ela era, poderia não ser para os outros, mas para mim era.
Era passado das três horas da tarde quando, finalmente, me levantei - achei uma hora acessivel para ir na casa dela. Eu estava com raiva, mas ao mesmo tempo magoado por ela ter me deixado sozinho, mas eu sabia que a culpa não era dela.
Conforme ia me aproximando de sua casa, meu coração acelerava mais e mais. Tinha esperança de que quando eu batesse na porta, Jasmine abrisse com o seu lindo sorriso e o brilho nos seus olhos, mas sabia que isso não iria acontecer.
Já dentro de sua casa, sentado no sofá, seu primo - cujo o nome eu não sei - me fitava, o que me deixava meio constrangido.
-E ai, Rafa.
-Hm, oi.
-Aguentou minha prima por bastante tempo, hein? - riu.
-Quando se ama é fácil. - retruquei
-Achei que quando ela contasse da doença, você iria cair fora.
Senti meu sangue ferver, mas eu não tive tempo de responder, pois John, o pai de Jasmine, desceu bem na hora falando da minha carta.
-Antes de ela partir - ele segurava a carta nas mãos e a olha fixamente - o médico disse que ela falou "Sim, Rafa, eu aceito.", mas eu não entendi.
Meu coração gelou e senti as lágrimas se formarem, o que deixou minha visão embaçada.
-Eu a pedi em casamento ontem. - falei e seu primo riu.
-Cara, você nem casou e já ficou viúvo.
-Pedro, cala a boca e sobe antes que eu perca a porra da minha paciência! - John falou e o garoto se assustou, mas o obedeceu.
HÁ.
-Então, aqui está sua carta. - ele estendeu a mesma para mim - Você é um bom rapaz, Rafael. Mas tente seguir em frente, sim? Não se prenda a ela.
Assenti, mas sabia que não iria conseguir.
-Obrigada, John.
-Nos vemos por ai. - ele falou, já abrindo a porta.
Eu não iria ler agora, queria ir na cafeteria. Na mesma cafeteria que eu fugi com ela pela primeira vez, na mesma que aconteceu o nosso primeiro encontro de verdade, quando pedi ela em namoro. Um pedido de verdade.
Quando cheguei lá, sentei na mesma mesa que sempre sentavamos, pedi um café e então abri o papel.
~🌻~
A fic praticamente acabou, o cap 80 vai ser da carta... Não me odeiem por ela ter morrido, eu queria muito fazer isso skbsksnsks amo vcs, ja ja eu posto a carta e os agradecimentos
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who are you? ☕︎ r.l
FanfictionE se uma simples pessoa, que você não faz a miníma ideia quem seja, pudesse mudar a sua vida toda por meio de mensagens em anônimo? Umas carinhosas, outras nem tanto, mas todas te fazendo rir. Quem poderia ser? Uma pessoa que não quer se revelar, te...