Only reason

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Uma semana depois

- Luma acorda a mãe disse que vamos as casa da avó- diz a Luiza pulando na minha cama.

Resmungo e viro para o lado voltando a dormir.

- Anda Lu - ela conheça a pular na cama.

- Luiza deixa me dormir por favor e para de pular na minha cama.

- A mãe disse para te acordar e é o que eu estou a fazer - ela senta na cama.

- Já acordei - Levanto e logo depois volto a deitar, eu quero dormir eu quero a minha cama ela me quer não posso abandonar lhe nesse momento.

- Luma anda ou eu vou chamar a mãe.

- Não precisa, 20 minutos estou lá em baixo.

Não me apetece nada ir a casa da minha avó embora eu ame aquele lugar, mas de certeza vai ter aquele almoço de família que junta todo mundo vai até pessoa que tu não conheces, vai ter aquela tia que vai dizer " Estas uma senhorita " e tu tens que por um sorriso falso na cara só para não lhe dizer que o tempo não passa só para ela ou aquele tio que acha que é muito engraçado é tu ficas com aquela cara de paisagem cada vez que ele abre a boca, mas é a minha família fazer o que? E eu lhes amo de qualquer forma.

Levanto, vou para o quarto de banho lavo os dentes, tomo um banho demorado, visto um short, moletom e calço uns ténis pretos deixo o meu cabelo solto sem fazer chapinha ( prancha ) ou algo parecido hoje não me apetece fazer nada disso e quem apanhar um susto o problema é dele, eu sei que estou a exagerar mais Okay.

- Bom dia mãe- digo descendo as escadas.

- Bom dia - ela olha para mim - Já estás pronta?

- Uhum - vou até à fruteira e tiro uma maçã.

- Não esqueceste de nada? - pergunta ela a olhar fixamente para o meu cabelo.

- Não, se estás a te referir ao cabelo hoje não me apetece fazer nada - dou uma trinca na minha maçã.

- Faz pelo menos um rabo de cavalo, é que não está muito bonito.

- Aff - faço o bendito rabo de cavalo.

- Vamos? Luiza desce vamos embora - Grita a minha mãe.

- Vamos - pego a minha pasta.

A Luiza desce a correr com um monte de brinquedos na mão, a minha teve que começar uma negociação para ver se ela não levava tanta coisa.
Depois que a negociação acabou nós fomos para o carro. A casa da minha avó é um bocado longe mais eu dormi já acordei, já morri já ressuscitei e ainda não chegamos também com o trânsito infernal que apanhamos, 2017 chegamos.

Depois de uns 20 minutos finalmente chegamos.

A Luiza saiu disparada do carro e eu e a minha mãe fomos logo atrás.

Vou até à minha avó é dou lhe um abraço aperto, ela começa a dizer que estava com saudades.

- Luma fiz algo que tu adoravas comer quando vinhas aqui- diz a minha avó me levando até à cozinha.

- Torta de mirtilo - digo espantada ao olhar aquela coisa a minha frente.

Rapidamente vou cortar uma fatia e sento na mesa a comer, a Torta de mirtilo é a minha preferida e da minha avó é a melhor que eu já comi.

- És melhor que muita gente- digo ao comer.

- Melhor que eu não deve ser - diz Davi.

- Que susto assombração - ponho a mão no peito.

- Isso é ...? - ele olha para o meu prato.

- Uhum Torta de mirtilo - Davi também é um amante das tortas da minha avó.

- Eu quero - Fala ele.

- Mas eu não te dar - mostro a língua.

- Então - ele pega no meu prato e começa a correr.

- Davi seu Idiota - vou atrás dele - Devolve.

- Nunca, se quiseres vais ter que ser mais rápida - ele continua a correr em direção ao jardim e eu atrás dele.

- Davi cuidado com a pedra- grito, e o Idiota não faz mais nada ao não ser tropeçar na pedra e deixa cair a Torta.

Isso pode parecer estranho porque simplesmente eu podia ir cortar outra fatia, mas isso sempre foi assim ele fazia sempre isso comia a dele para depois roubava a minha.

- A minha Torta - vou ter com ele, que estava no chão.

- A tua Torta e eu? Ela é mais importante que eu? - resmunga.

Eu começo a rir.

- Muito Idiota mesmo - estico a mão para lhe ajudar a levantar, ele segura a minha mão e vamos para a cozinha.

- Os vossos hábitos não mudam? - pergunta a minha avó.
Pelos vistos ela acabou de assistir a cena.

- Tem coisas que nunca mudam - diz Davi a rir.

- Mais vocês já não são mais crianças - diz a minha mãe.

- Deixa eles serem felizes - complementa a tia Katherine.

Mas esse aglomerado de pessoas na cozinha?

- Davi eu quero a minha torta- cruzo os braços.

- Vai até à mesa e corta uma fatia é muito simples - ele aperta as minhas bochechas.

- Não faz isso - tiro as mãos dele da minha cara.

- Parem de falar e vão por a mesa falta pouco para as pessoas chegarem - diz a minha mãe.

- Pessoas? - olho para o Davi e ele dá de ombros.

A minha mãe começa a falar uma lista interminável de pessoas.

- Okay, anda Luma se for a espera da lista de convidados não é hoje - diz Davi.

Nós pegamos nas coisas e começamos a por a mesa, por algo tempo parecia que tínhamos voltado no tempo é que depois desses anos em que Davi esteve fora as coisas continuam acontecer como de antes, as brincadeiras são as mesmas, as discussões também só uma coisa mudou o meu sentimento por ele mas isso não importa agora.

Acabamos de por a mesa e depois de algum tempo alguns dos meus familiares chegaram.

- Oh Luma anda cá dar um abraço a tua tia- ela estica os braços e eu como sou uma boa sobrinha vou dar lhe o abraço e Davi levanta-se para fazer o mesmo.

- Estas uma senhorita - diz assim que me larga e eu ponho o sorriso mais falso que consegui. E o estúpido do Davi se segurava para não rir.

- Estas uma senhorita- Fala Davi só para me irritar.

- Ah vai te catar - sento no sofá.

- Mas se é verdade- ele começa a rir.

- Fala isso mais uma vez e eu vou te bater.

- Crianças vamos comer - diz a minha mãe ao passar pela sala.

....

Ainda estou sentada na mesa já farta de ouvir a conversa deles.

Espero uma brecha para ir para o meu lugar favorito aqui, " a grande árvore" como eu lhe chamava quando era pequena.
Lhe chamava assim porque é a maior árvore que tem aqui e eu sempre gostei de ficar em baixo dela.

Vou até lá sem ninguém notar, deito e fico a olhar para o céu estrelado.

LumaOnde histórias criam vida. Descubra agora