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- Lydia.

Quarta-feira. Mais um dia de escola. Mais um dia de gozo. Um dia normal numa vida de uma adolescente com 18 anos,gozada por ser pobre e por praticamente andar sempre vestida da mesma forma. Sinceramente não entendo o porquê de gozarem comigo,afinal deviam invejar-me porque sou a que tira melhores notas na turma. Não me quero armar,porque afinal o copyright da frase veio da diretora de turma. Levantei-me,como habitualmente faço e vesti , novamente , a mesma peça de camisola que tinha usado no outro dia. Felizmente,coloquei desta vez um par de calções velhos que tinha em casa e umas sapatilhas normais. Fiz o meu cabelo num coque. Detesto estar a escrever os meus apontamentos na aula e ter os cabelos na frente do caderno , como a maioria das raparigas faz na sala de aula. Coloquei a minha antiga pulseira que dizia Love Is Blind uma antiga mas bastante usada frase de William Shakespeare. Afinal,foi este que a inventou. E tem razão. O amor realmente é cego. Desci as escadas e dei um beijo na bochecha da minha mãe. Logo comi uma peça de fruta e saí de casa com a mochila nas costas.

(...)

''Bom dia alunos e alunas.'' O meu professor de História proferiu o que me fez sorrir. História sempre foi uma das minhas disciplinas preferidas. Adoro estudar sobre os antepassados do povo português. E os antepassados do mundo. Sentei-me na última fila , como sempre fazia para não ser vítima de papéis e papelinhos de ódio a baterem-me nas costas.


- Zayn

Estava com uns amigos a jogar futebol , há espera que o professor aborrecido e chato de história passa-se para que déssemos início há manhã de Quarta-feira. Nunca gostei de história. E não entendo a importância de termos de saber o que é que o Napoleão Bonaparte fez ou o que o Leonardo da Vinci pintou , ou até quem é que assassinou o rei D.Carlos , em 1908. Mas,nunca gostei de no final do ano ter faltas injustificadas na folha que a diretora entrega aos pais , esse era um dos dois motivos de eu ir a todas as aulas,o segundo era uma simples pessoa,neste caso rapariga,linda,simples e educada. Mas pobre: Lydia Halder.

Assim que vi o professor de história passar,logo reparei na minha menina atrás do mesmo,a caminhar lentamente,enquanto conversava,provavelmente da matéria que iriamos dar hoje. Corri até há porta da sala e esperei por ele e pelo resto da turma. Assim que ele abriu a porta com a chave que a dona do Bloco entregou, sentei-me na última fila,onde era o meu lugar,devido a o meu nome começar por Z. Estranhei a presença da Lydia na mesa ao lado,ela era susposto ser há frente. Comecei a encará-la discretamente.

''Zayn!'' O professor exclamou fazendo-me olhá-lo. ''Faça-me um favor.''

''Diga,stôr.''

''Recolha os telemóveis dos alunos.'' Ele pediu.

''Está bem.'' Disse e levantei-me,indo buscar uma caixa e assim comecei a passar por todas as mesas. Os alunos e as alunas iam deixando o seu telemóvel,em silêncio ou desligado dentro da caixa. Ao chegar há minha mesa coloquei também o meu telemóvel,logo me dirigindo até há mesa da moça.

''Podes por o telemóvel,por favor?'' Pedi-lhe educadamente e ela assintou,colocando o seu nokia. Era o único telemóvel de ''abrir e fechar''. Não me importei muito com isso. Fui até uma mesa vazia e deixei assim a caixa,começando a colocar os telemóveis lado a lado. Um pequeno papel estava lá com um número. Estranhei mas agarrei o mesmo,reparando que era o número de Lydia. Sorri e agarrei o mesmo sem ninguém ver e coloquei no bolso. Sentei-me , e esperei que a aula acabasse para que podesse enviar a primeira mensagem anónima a Lydia. Este seria meu disfarce para poder comunicar diariamente com ela.


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⏰ Última atualização: Oct 03, 2015 ⏰

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