Demetrius

CAPÍTULO 2: Good or Bad?

- Mãe, posso andar lá fora? - pergunta Demetrius a sua mãe, que está concentrada demais lendo um livro na sala.
- pode ir garoto! - responde sem importar muito.
- você não vai nem perguntar onde eu vou?
- deveria?! - fala ela com ar desconfiado.
- deixa pra lá... Você é uma mãe desnaturada mesmo!
- agora eu quero saber, aonde você vai?
- Vou passear um pouco, o ar dessa casa me deixa asfixiado!
- vá logo! - responde ela irritada.
Demetrius vai então até o seu santuário, o magnífico lago. Demetrius chega as margens do lago e se senta junto com sua enorme capa preta, descansando sua pele parda e seus cabelos escuros, seus olhos eram violeta como sinal de sua alma má:
- Fique aí Vilma. - fala à sua cobra, colocando-a no chão. De repente ele escuta um barulho entre os arbustos:
- quem está aí? - gritou em direção ao ruído.
- não fiques com medo, sou o príncipe do reino Norte. - respondeu o jovem Jonathan saindo de trás do arbusto, ele era branco, tinha o cabelo totalmente branco e seus olhor eram tão verde, que causava cegueira a quem olhasse; ele usava uma roupa totalmente branca, que o deixava mais claro que a lua.
- Não estou com medo! - respondeu prontamente o rígido Demetrius.
- Olá, meu nome é Jonathan. Como é o seu? - fala o rapaz se aproximando do outro e estendendo a mão. - Como é o seu?
- Demetrius. - responde friamente o jovem, sem apertar a mão de Jonathan.
- De onde você é? - pergunta o jovem paciente.
- do reino Sul, sou filho do imperador Juan. - respondeu Demetrius mais calmo.
- tá explicado!
- o que tá explicado?!
- o fato de você se vestir assim ou a sua arrogância.
- E você só pode ser do Norte?
- Como sabe?
- Pelo jeito chato de falar ou pela habilidade de irritar os outros. - após falar isso a serpente de Demetrius sobe em seu colo.
- Cuidado! Tem uma víbora enorme em cima de você. - fala assustado atrás de algo para se defender.
- não se preocupe com isso, essa é a Vilma.
- essa serpente é sua?
- claro que sim!
- nunca vi uma serpente de estimação. Você é mesmo diferente.
- você não tem medo de mim?
- por que teria?
- não sei, geralmente as pessoas tem! Geralmente elas dizem: "ele é o filho do mal".
- Comigo é o contrário, eles dizem que sou a bondade em pessoa, sem querer me gabar, é claro!
- Eu gostaria de ser como você, poder andar na rua sem que fale pelas costas.
- não acho você uma pessoa má, só é meio arrogante!
- obrigado, precisava ouvir isso de alguém.
- nada de mais. Eu gosto de ser sincero com as pessoas.
- Acho melhor eu ir.
- você vem aqui amanhã?
- venho! - fala pegando sua serperte e pondo no pescoço.
Quando chega em seu palácio imperial, Demetrius se depara com seu pai na sala sentado, parecia está a sua espera:
- Demetrius, meu filho venha por aqui. - fala levando-o para o escritório.
- O que você quer?
- Meu filho, como você sabe, você é o meu herdeiro.
- sim disso eu já sei!
- quando eu morrer você vai ser dono disso tudo, de todo esse império.
- o que o senhor quer de mim afinal?
- quero que me prometa que não vai deixar nada de errado acontecer com isso tudo. Não trate essas pessoas como amigos, trate-as como meras peças de xadrez. Lembre-se, você é a encarnação do mal sobre a Terra, nada pode te destruir.
- com os meus poderes, você não deveria se preocupar com o fracasso!
- seus poderes devem ser mantidos em sigilo absoluto.
- por que já que sou mais poderoso que qualquer pessoa normal?!
- não confie tanto nos seus poderes, lembre-se que você controla o lado sombrio do mundo.
- já posso ir?
- Pode.
- Com licença! - fala se distanciando do seu pai até sair completamente do escritório.
Demetrius foi então para o seu quarto. Chegando lá Demetrius ficou pensando no que seu pai disse:
"o que poderia me destruir? O que destrói o mal? Devo me preocupar com meus poderes? Deixa pra lá. Será que devo ir para o lago amanhã? Aquele garoto, o Jonathan, ele é diferente das outras pessoas, ele é gentil, educado, é diferente do povo daqui. Será que todos no reino Norte são assim? Ou é só as pessoas daqui que são ruins de caráter? Amanhã eu vou, talvez eu responda minhas perguntas com a visita dele."