15 Anos antes.
Eu tinha acabado de sair da academia de polícia, eu tinha me tornado o 1° policial de uma família humilde e analfabeta à ter um futuro próspero e com chances de me tornar alguém na vida. Tinha ido morar em um bairro mais humilde perto do centro, que era próximo da minha DP.
No meu primeiro dia eu estava nas ruas quando recebemos um chamado de um assalto a mão armada próximo do local onde eu e meu parceiro Phill estávamos. Chegando lá estava uma mulher com um saco de dinheiro, andando normalmente com uma arma na mão, ela passou por nós e nos acenou com a cabeça, eu estava quase saindo para efetuar a prisão, mas meu parceiro colocou a mão no meu peito e me impediu de sair.
- Marta... Vc está tão bela hoje. - disse Phill, parecia q ele conhecia bem aquela mulher.
- Pois é Phill os tempos estão difíceis, quando aqueles seus amiguinhos vão parar de serem hipócritas e vão admitir trabalhar para os chefões?
- Ora Marta, mas é claro que nunca... O sistema funciona pq nos fazemos parecer funcionar.- Phill me olhou como se eu fosse um garoto no meio de uma conversa de adultos, mas prosseguiu. " sem eles para parecer que a polícia é perfeita nenhum de nos ganharia dinheiro fácil. Imagine uma cidade que as pessoas são todas como nos, fanfarrões... Quem iria trabalhar para nós?"
Marta parecia se divertir com a conversa. - Bom Phill, não vai me apresentar ao seu amigo?
- Me desculpe, Marta esse é Francis, Francis essa é Marta.
- Nos não deveríamos prende-la?- Marta e Phill riam como se eu tivesse feita a pergunta mais tola de todas.
- Garoto, não prendemos pessoas honestas como ela.
Hoje.
Ver Marta assim me fez pensar no que aquela vigarista tinha se metido e porque seu nome estava na geladeira.
- Conheço essa mulher, era uma criminosa no bairro aonde eu morei, conheci ela alguns anos atrás.- Marta estava morta...
- Conhecemos ela, mas eu queria saber o porque de seu nome estar escrito com o sangue dela.
E como eu iria saber? Eu queria descobrir tanto quanto eles. - quando o correram as outras mortes?- tive que perguntar, eles estavam quase colocando o meu na reta, e isso não podia acontecer, se já estava ruim fora da cadeia, imagina estar em um lugar que os seus piores inimigos estão todos amontoados e famintos de vingança no mesmo lugar?
"Começou faz 4 dias, parece ser a mesma arma dos outros crimes, um objeto cortante, afiado. Há vários ferimentos no peito, costas e pescoço, por isso o sangue excessivo. Nenhuma pegada, digital ou DNA do assassino." Quem fez isso era bom... Mas ele queria atenção e por isso teria que nos dar mais pistas além do meu nome.
-Alguma evidência de como ele chegou até aqui? E alguma outra pista nos outros locais de crimes?
- Parece que ele entrou pela escada de incêndio e quebrou a janela, achamos que é um homem pois as vítimas foram facilmente imobilizadas pelo agressor. E nos outros locais achamos poucas evidências assim. Você pode nos ajudar Francis... Pode fazer a coisa certa.
- Eu quero um relatório das cenas dos crimes e seus homens fora daqui por 5 minutos ou vão estragar tudo.
Ele pareceu gostar disso, mandou todos para fora e fiquei sozinho com o corpo de Marta. Vasculhei o lugar, achei algumas coisas estranhas, peguei uma sacola no chão e coloquei possíveis pistas. Depois de 5 minutos os homens entraram e começaram a sua dança estragando qualquer prova.
- O assassino a apunhalou pelas costas, depois ele a agarrou e começou a esfaquear a vítima por trás no peito, ela reagiu mas não surtiu muito efeito. Ele deve ter deixado alguma pista para a próxima vítima. Vasculhem todo o prédio e veja se alguém viu ou ouviu algo...
Não acredito que me tiraram do bar pra isso... Eles mais pareciam baratas tontas doque homens. Saquei meu maço de cigarros e puxei um, eu iria ter um longo mês...
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30 Dias de sangue
RandomFrancis era um detetive desempregado, bêbado e largado pela mulher. Sua vida tinha enfrentado autos e baixos, até que ele caiu no seu próprio fosso e nunca escapou. Quando foi diagnosticado com câncer de pulmão, sua mulher resolveu deixa-lo, afinal...