Capítulo 2 - Quem será?

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Esperávamos no silêncio daquele quarto até que enfim alguém soltou uma palavra, lógico que seria ele ,pois eu estava sem palavras no momento. Mas ao mesmo tempo observei que ele estaria tocando violão, e escrevendo algo em um bloco de notas, possivelmente estaria escrevendo uma canção?

- Ei, quem é você?

- Sou a Hannah, filha do Sr. Buckholz.

Do nada ele se levantou para me cumprimentar, com uma expressão séria em seu rosto, sem mal olhar para mim.

- E quem é você?
Eu disse já achando aquilo muito estranho.

- Me chamo Felipe, sou seu ajudante. Fui contratado para te servir e te ajudar a conhecer a cidade.

- Ahhh...

Sai logo de lá, sem ao mesmo dizer tchau
fui para o dito meu quarto, que por sinal era enorme e muito lindo, eu gostava bastante de pássaros , e corujas parecia que meu pai tinha feito uma investigação para saber disso, oque eu achei realmente bizarro. Mas digamos que eu achei a casa bonita , grande, confortável. Mas afinal quem seria aquele rapaz? Eu o achei tão bonito , gostei dele... Mas ele me parecia estranho, abatido , não sei.
Depois de arrumar todas as minhas coisas , estava faminta , fui caminhando por aquela enorme casa, até que cheguei a cozinha, fui logo em direção a geladeira, abri e peguei apenas uma maçã para matar a fome, até que olhei para trás e vi o mesmo rapaz, jogado no canto da sala , com a mesma expressão séria e fria no rosto. Percebi que o tal estava me encarando, então escondi meu rosto atrás de uma panela, por impulso. Sei que isso foi bem infantil, mas foi minha única opção. Logo eu fui em direção a ele, pois queria ver televisão também, por mais que tenha TVs pela casa toda, seria um bom motivo para me aproximar dele.
Ele ficou me encarando de uma maneira fria, até que eu tomei coragem e iniciei uma conversa.

- Oque está me olhando? Passei doce na cara, é?!

Por um momento eu não acreditei que tinha dito isso. Mas continuei ao mesmo tom.

- Você sabe que estou te olhando,pois está me olhando também , tsc.

- Espera ai , está fazendo oque aqui?

- Observando a patricinha ai , evitando de fazer bobagem.

- Ora , eu sou grandinha não acha?

- Ô, ô se é.

Ele me disse com um olhar malicioso, e depois de segundos ele tossiu na intenção de disfarçar , aquele momento.

- Mereço viu.

Eu disse logo revirando meus olhos, e ficando um pouco brava.

Saí dali e fui até meu quarto, sem muitas expectativas , liguei para meu pai , para perguntar aonde iria estudar , e ele depois de muitas tentativas atendeu.

- QUE FOI ?! Estou trabalhando, saco.

- M-mas...

Ele desligou.

Eu já não sabia mas oque fazer , decidi ir atrás do dito meu ajudante , o Felipe. Tomei um banho, vesti uma regata bem soltinha, e um short, e fui em direção a sala. Onde o mesmo estava a cochilar, no sofá. Eu como muito sacana, fui até a cozinha correndo, pegar uma jarra d'água , super gelada, fui caminhando de mansinho até chegar perto dele, quando fui ameaçar jogar a água, senti ele puxando-me pela cintura, no mesmo momento, eu cai sobre ele no sofá , e a água, caiu praticamente 80% em mim. E pouco nele, ele ficou rindo da minha cara por um tempo, e eu estava sem falar uma palavra , por conta da vergonha, fiquei parada ali na sala sobre ele no sofá, por uns segundos , até perceber , que eu ESTAVA MESMO SOBRE ELE , e não estava por perceber isso. Me levantei em um ato super rápido, sacudindo minha roupa feito um cachorrinho molhado. Morri de vergonha, e ele continuava a dar altas gargalhadas da minha cara, eu dei um tapa em seu braço, e ele falou ai ironicamente, e eu senti essa ironia, oque me deixou mais brava ainda.

- Ei !

Eu disse já estando rindo junto com ele .

Felipe : - Você provocou , ué ! Hahahahahahahahahaha.

E ele continuava a dar mil gargalhadas da minha cara, e parecia estar se divertindo com minha humilhação.

Meu pai chegou em casa, e logo me encarou, e ficou muito bravo, puxou Felipe pela orelha e levou ele até o quarto dele, e eu fiquei escutando os gritos de meu pai com Felipe.

Após de um tempo meu pai saiu do quarto, e me olhou seriamente e apontou para o meu quarto, e sem pensar duas vezes, sai correndo até ele.

Anoiteceu , e todos estavam dormindo, eu decidi pedir desculpas a ele, então peguei uma lanterna, e fui em direção ao quarto dele, abri a porta, e quando ele me viu , ficou a ponto de gritar, e eu rapidamente pulei sobre ele na cama, e tampei sua boca com minhas mãos. Ele ficou me encarando por uns segundos, até me empurrar para o lado da cama, e ficar sussurrando para mim , em um tom muito baixo.

- Quê? Eu não estou entendendo, Felipe.

Ele se aproximou de mim e disse um pouco mais alto.

- Oque diabos , está fazendo aqui?!

- Eu vim me desculpar, ora.

- Tá, tá, mas fica quieta, se não seu pai me mata.


Ouvimos uns barulhos lá do lado de fora, parecia meu pai, mas eu havia deixado umas almofadas em minha cama para ele não desconfiar, até que eu acabei por derrubar a lanterna no chão , e ele estava prestes a abrir a porta, logo Felipe me abraçou puxando a coberta e me cobrindo totalmente, meu pai não me viu pois estava contra a porta, e Felipe havia me escondido entre seu corpo.

- Oque está acontecendo aqui , Felipe?!

- Nada não Sr. , deseja algo?

- Não apenas volte a dormir, e sem barulhos , pois quero descansar e você está ATRAPALHANDO !

Eu então decidi não voltar para meu quarto aquela noite, por medo de ser pega , então fiquei imóvel ali mesmo, com Felipe me abraçando por trás, e assim ... dormimos. E ao amanhecer, eu não senti ele, ele já havia acordado, para preparar o café de meu pai.

Eu levantei , e fui até a cozinha, sem ao mesmo dizer uma palavra, só olhei para Felipe, e ele me olhou rapidamente, e voltou a se concentrar, meu pai estava sentado lendo um jornal na mesa, então decidi sentar ao lado dele, e assim tomamos café da manhã, eu e meu pai na mesa de jantar, e Felipe no quartinho atrás da cozinha.

Eu não tive contato com Felipe por um tempo... Para que ambos absorvessem oque aconteceu. Até um dia que ele me chamou para me dar informações.


Mas isso, vocês saberão no próximo capítulo.


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⏰ Last updated: Oct 11, 2015 ⏰

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