Todo caderno em minha mão
Vira coletânea de poemas
Toda página tem versos a contarOs cadernos de matemática
Se vêem satisfeitos descansando
De todas as suas equações inexatasOs de gramática, exclamam!
Baderneiros, podendo fugir
De tantas regras por um momentoOs de biologia sorriem
Parando de dissecar corações
Para compreendê-losAté mesmo os livros
Ficam felizes quando no rodapé
Em letras miúdas ou tortas
Percebem ter inspirado alguémAs portas dos banheiros
Observam invejosas
Porque em sua superfície
Só há palavrões, xingamentos
Meias histórias de paixões platônicasMas não há versos para alegrá-las
Seja no cantinho ou por completo
Todo papel almeja
Ser um dia usado para poesiaPorque esta
De tanto mentir
Acaba sendo a única
A contar a verdade
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Poemas Frustrados
PuisiPoemas meus, sem censura, sem filtro, sem rima e sem noção, com uma pitada de decepção amorosa, um pouquinho de acidez e amargura e alguns desabafos pejorativos ao longo do caminho.