Cap 39

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STOP OF THINK ON YOUR SINS. ✖

A Beatrice está banhando, agora pelo menos ela banha sozinha. Ligo ao Liam que está louco por notícias dela, ela não quis ver ninguém além de mim nos últimos dias.

"Ela continua na mesma Liam, eu não sei mais o que eu faço." Digo quando ele atende.

"Não é o Payne, é o Tomlinson." Ouço a voz do Louis pelo celular.

"Oh, diga ao Liam que ele liguei, e diga que eu não vou correr hoje." Anuncio.

"Não, não, não, Malik você tem que correr, é a segunda corrida que você dispensa. A Tiger ainda ta de pé, e você sabe que tem que correr." Ele diz.

"Tomlinson eu sei que preciso correr, mas eu não posso deixar a Beatrice. Ela está ruim, eu não tenho ideia do que ela pode fazer se ficar sozinha." Eu saio pra varanda do quarto.

"Malik. Eu preciso de você na corrida. Eu preciso mesmo de você nessa corrida." Mas eu não vou Louis.

"Vai Malik. Vai correr." Uma voz doce e falha diz atrás de mim, a Bea ta de toalha, encostada na porta de vidro.

"Mas..." Sou interrompido.

"Você vai." Ela diz autoritaria. Como eu adoro isso.

"Tomlinson eu vou." Digo.

"Eu ouvi." Ele ri pelo telefone e desliga.

"É uma pergunta muito idiota. Mas você ta bem?" Ando em direção a ela.

"To melhor, eu tenho que estar, não posso só chorar, tenho um trabalho, uma rede de empresas e uma corrida clandestina pra cuidar." Ela força um sorriso. E se veste minha cueca, um short jeans da minha irmã que lhe fica folgado, um top preto sem sutiã e uma blusa de malha aberta dos lado. Essa combinação definitivamente fica perfeita nela.

O luto tem três fases, dor, negação e raiva. Espero que ela já tenha superado o três, pois se foi difícil esses dias da dor, nem quero saber o que vem pela frente ainda mais quando se trata de Beatrice Horan.

"Zain..." Ela me chama. Eu viro-me imediatamente pra ela, a olhando intensamente. E ela faz o mesmo. Eu a encorajo para que fale. Os olhos dela estão com um brilho, e ela parece querer chorar, eu chego mais perto. "Me abraça?" A voz doce dela falha, e eu a envolvo nos meus braços, mesmo que ela não me pedisse isso eu iria fazê-lo de qualquer jeito. Os seus braços são caídos e imóveis pelos meus, só eu estou nesse abraço e permaneci assim por um bom tempo. Quando me separo, ela geme em frustração.

"Eu queria te abraçar durante anos, mas tenho compromissos e você tem que comer." Eu falo e ela vira os olhos, suspira fundo e me pega pela mão, me tirando do quarto, fechando a porta do mesmo. Ela abraça fortemente meu braço, e caminha descalço pelo chão de madeira, meua chinelos fazem barulho ao descer as escadas, enquanto fazemos o percurso até a cozinha, coloco minhas mãos dentro do bolso da minha calça moletom, estou sem camisa e o ar não é quente. Há empregadas aqui ninguém além delas, e assim a Bea se sente mais a vontade. Nos sentamos no bancos altos do balcão, eu peço ovos fritos e bacon a uma das empregadas, e ela panquecas doces e seu famoso e super previsível suco de laranja. Nós comemos tudo, de cada respectivo prato, e nos deitamos no mesmo sofá, ela em cima de mim, literalmente.

"Eu tenho que ir a universidade." Ela diz e sei que acabou de fazer uma careta, mesmo sem olha-la.

"Não precisa não." Eu afirmo. "Só falta alguma semanas pra nos formamos."

"Por isso mesmo. Tenho que ter presença lá. Pelo menos pra enganar as pessoas."

"Foda-se cada uma daquelas pessoas." Sinto a vibrar, uma risada sai do fundo dos seus pulmões. "Amo a sua risada. Singular. Porque há muito tempo que não a ouço." Digo sinceramente.

Clandestine || Z.MalikOnde histórias criam vida. Descubra agora