Olá gente.
Tenho boas e más noticias.
A boa é que Camren vai começar a acontecer, e a má é que depois desse capítulo, só temos mais 5 capítulos pela frente para encerrar a fic.
Espero que não fiquem chateados, mas é isso, não da pra mudar o rumo da fic.
Lembrem-se que eu amo vocês.
♡♡♡
Camila POV;
Não vi Vero naquela sexta, deitei-me cedo. Pra variar fiquei pensando na conversa com Lauren. Eu não tinha vontade de fazer mais nada, se eu pudesse, não sairia mais de casa, mais precisamente do quarto. Isso é depressão? É muito ruim.Às sete da manhã de sábado, liguei para a Dinah. Era aniversário dela. Acordei-a. Acho que fui a primeira a dar-lhe os parabéns.
Querem saber como foi o meu dia? Não foi grande coisa, fiquei em casa toda a manhã, a tarde também.
Nove horas da noite Dinah ligou-me para lembrar o horário que eu teria que estar na casa dela. Eu ainda estava deitada na cama, nem tinha separado a roupa que iria usar. Levantei-me, Dinah não tinha culpa pela minha falta de sorte, falta de sorte sim. Tanta mulher no mundo, e eu fui gostar da mais complicada de todas, a mais medrosa também, diga-se de passagem.
Bom, mais uma vez eu estava num daqueles dias que nenhuma roupa cai bem. Desisti de brigar com o espelho. Coloquei uma calça jeans, blusa preta de alças bem fininhas, tecido leve.
- Que cidade quente! – Disse a mim mesma.
Ouvi um barulho na janela e fui ver o que era. Era chuva! – Muito bom – Pensei – Só me faltava essa – Disse enquanto dissipava de vez o pouco ânimo que me movia. Liguei pra Dinah, seria uma boa desculpa para não ir, não acham? Elas se divertiriam mais sem mim. Não consigo fingir que estou bem se eu não estiver. Dinah atendeu.
- Oi Dinah – Disse - Tá chovendo, já viu?
- Camila, pega um táxi, pede pro seu pai te trazer, ou simplesmente abre um guarda-chuva, mas vem! - Concluiu brava.
- To chegando – Disse e desliguei. Olhei-me novamente no espelho. Continuo péssima – Pensei.
A chuva deu uma trégua na hora que saí de casa. Chegamos pontualmente às onze horas. Querem saber como é o namoradinho da Dinah? 19 anos, moreno, olhos castanhos, pele bronzeada de praia, metido e fútil como a maioria, voz irritante! Jeito de menino mimado que tem tudo o que quer, e o pior, a hora que quer. Mas, antes de condenar o menino, lembrem-se de que meu estado de espírito não está muito bom, e também, é válido dizer que ele olhou para a Dinah com aqueles olhinhos radiantes de quem está apaixonado, isso de certa forma, fez com que eu repensasse os meus conceitos a seu respeito.
Fomos todos devidamente apresentados, e entramos na boate. Tão fácil quanto roubar doce de criancinhas. Havia um segurança de terno preto parado na portaria, rádio comunicador nas mãos, dava medo só de olhar aquela cara de homem mau. Ele pedia a identidade das pessoas, examinava e indicava um local para a revista. Nós não passamos por nenhum desses procedimentos. Alfredo sorriu para o segurança, disse que estávamos com ele, e pronto! Entramos. O lugar era realmente fascinante, logo que passamos pela porta que separava a portaria do primeiro ambiente, uma luz branca veio em nossa direção, na verdade, era um holofote que ficava direcionado para a porta. Não dava pra ver quase nada, apenas víamos às pessoas dançando ao som da música eletrônica. Era uma mistura tão grande de luzes, chegava a ser engraçado, num minuto estávamos verdes, no outro amarelo, vermelho, azul. No fim, não sabíamos sequer a cor da roupa que havíamos vestido. Ao lado da porta ficava o bar. Vários barmens e bargirls fazendo os drinks no ritmo da música, era um show de sensualidade, agilidade, alegria e precisão. Na frente do bar, ficava a cabine do DJ, o que mais chamou-me a atenção foi aquela cabine, era suspensa, como se flutuasse no meio do salão, e acima dela, havia um aquário gigantesco com dois filhotes de tubarão, fiquei me perguntando se isto não seria proibido. Bom, a verdade é que eu nunca tinha visto nada tão assustador e fascinante ao mesmo tempo.
Eu ainda estava no meu momento admiração quando Vero puxou-me para o meio da pista de dança. Ela sabia dançar, eu não! Nos beijamos algumas vezes no meio da multidão. Nessas horas, percebi que Vero estava chamando a atenção de muitas meninas perto de nós.
- E ela perdendo tempo comigo – Pensei.
Juro que tentei me divertir. Eu tinha três motivos para querer me divertir. Primeiro porque eu tinha que tirar um pouco Lauren da cabeça, aquela sensação de perda estava fazendo-me mal. Segundo, era aniversário da Dinah, e ela estava tão feliz que seria injusto ficar de cara amarrada o tempo todo. Terceiro, e não menos importante, Vero não merecia uma companhia ruim aquela noite. No entanto, Lauren se fazia presente a todo instante no meu pensamento, Dinah olhava-me de vez em quando com aquela cara de decepcionada, e também perdi as contas de quantas vezes esquivei-me dos abraços de Vero, era algo involuntário, sabe? Não conseguia retribuir aos beijos que ela me dava, e isso começou a incomodar, tanto a mim, quanto a ela.
Já eram quase duas da manhã quando subimos os quatro para o segundo ambiente da boate. Era mais tranquilo. A meu ver, mais agradável também. Havia algumas mesas próximas ao palco, sofás confortáveis nos cantos das paredes. No palco uma moça cantava acompanhada de um rapaz que dedilhava o violão. A música era suave, a vista era linda. Podíamos ver boa parte da praia daqui. A chuva não havia espantado os frequentadores, o movimento na orla ainda era considerável, tinha até gente jogando futebol na areia, e olha que eram quase duas da manhã. Bom, eu estava pensativa, por isso indiferente ao que os três estavam conversando. Levantei-me e aproximei-me da janela. Minutos depois, Vero abraçou-me por trás. Fechei os olhos e quase pude sentir as mãos de Lauren tocar a minha cintura.
- Eu tentei – Disse ela suavemente no meu ouvido.
- O que? – Virei-me.
- A Dinah já havia me dito algumas coisas hoje, Camila. – Passou as mãos no meu rosto – E vendo você assim, tão triste, sei que não queria mesmo estar aqui.
- Olha, Vero...
- Escuta, Camila! – Disse impedindo-me de falar – Esta pensando que eu acreditei naquelas mentiras ridículas que você contou pra mim na sua casa? Não! Mas, eu preferi não falar nada, porque eu achava sinceramente que você podia esquecê-la. Eu queria que você esquecesse – Baixei a cabeça, ela levantou o meu queixo – Olha pra mim – Disse com a voz suave – Você mente muito mal – Sorriu, aquele não era o seu melhor sorriso – Já olhou sua carinha hoje no espelho? Está péssima, e eu não sei mais o que faço para removê-la desse desânimo. Aliás, eu sei sim o que fazer, mas, tava tomando coragem.
- Coragem pra quê? – Não estava mesmo entendendo onde ela queria chegar.
- Vai, Camila. Vai atrás da Lauren. – Seus olhos estavam vermelhos – Mas, vai logo, antes que eu me arrependa – Disse e sorriu.
- Não é tão simples assim.
- Olha, eu sei que ela diz que não te quer, mas, quer sim, Camila - Virou o rosto, agora ela estava chorando e isso partiu o meu coração – O que não dá, é você ficar se enganando, esperando que eu possa fazê-la esquecer essa mulher. Caia na real. Isso não vai acontecer. Então... vai lá. Bate na porta dela, conversa de novo, e de novo, e de novo. Quantas vezes for preciso, só não perca a chance de ser feliz.
Abracei-a naquele momento, o que fez ela chorar mais.
- Não quero te ver assim, Vero – Disse também com lágrimas nos olhos.
- Vai passar. O que não dá é ficar com alguém que não nos ama.
- Eu gosto muito de você – Olhei-a nos olhos – Eu devo ser muito burra pra te perder desta forma – Disse.
Ela enxugou algumas lágrimas.
- Acho que vou procurar alguém pra me consolar – Continuou tentando sorrir, e ser divertida. Dei-lhe um beijo nos lábios.
- Não vai faltar quem te console, você é linda. E todas nesse lugar estão morrendo de inveja de mim.
- Vai logo, sua burra! – Respirou fundo – Me liga quando eu estiver em Los Angeles? – Perguntou-me.
Isso era uma despedida? Sinceramente, não queria que fosse, Vero tinha um lugar muito especial no meu coração. Talvez não como mulher, mas, como amiga.
- Não vai ficar? – Fitei-a decepcionada.
- Não tenho mais pelo que ficar – Deu-me um último abraço – Agora vai! – Disse e olhou para a escada que levava até a saída do lugar.

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Suddenly is love
RandomAcho muito forte a frase "eu te amo" e guardo para uma pessoa realmente especial, não que não tenham passado pessoas especiais na minha vida, passaram, muitas, mas, nenhuma que me fizesse ultrapassar as barreiras do sexo.