Epílogo

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Caindo.
Eu estava em queda livre, caindo no ar.
- Bethany!
Ele me chamou, e o som da sua voz fez meu corpo arrepiar.
- Bethany
Diz ele novamente, é a cada vez que eu ouvia meu nome ser pronunciado pela aquela voz, meu coração disparava.
Sussurros.
Agora eu ouvia leves sussurros.
Eu continuava  caindo, estiquei meu braço e tentei segurar, mas só encontrei ar.

De repente eu caio e me vejo no meio de uma avenida. Levanto e saio andando a sua procura. O único som que eu podia escutar era o dos meus próprios passos. Era noite. Na verdade um pouco mais que isso. Eu estava sozinha e nem as estrelas quiseram me acompanhar. Onde eu estava os carros não ajudavam a iluminar o caminho com seus faróis, pois eles não estavam por lá . Não estavam em lugar algum.

A brisa gelada secou meus lábios ao ponto de deixá - los rachados como a própria calçada em que eu seguia. Não avia ninguém exceto a figura esguia de uma pessoa.  Era um homem de no máximo 1,80 de altura. É em fração de segundos aquela avenida gelada e desconhecida se transformou em um novo lugar. Agora estávamos em um grande e majestoso jardim. Grandes árvores dançavam ao som do  vento, suas folhas derramavam -se sobre a grama úmida. A luz do luar refletia sobre a água de uma pequena fonte de continha uma linda estátua de um anjo. Aviam rosas, tulipas e várias outras plantas De tirar o fôlego. No centro do jardim tinha uma imensa árvore amarela, indescritivelmente linda, suas folhas secas caindo inundavam a grama a sua volta deixando o local com uma beleza indescritível. Ao pé da árvore tinha um banco de madeira com detalhes em círculos.

O homem estava sentado lá agora. Ele permaneceu imóvel. Era semelhante a estátua do anjo, cuidadosamente moldada, dono de uma beleza indescritível, com cabelos negros anulados, olhos azuis -turquesa  jamais vistos. Perdi alguns segundos admirando seus lábios carnudos, que contrastavam com sua pele branca de aparência macia. Evidenciavam ainda mais toda aquela perfeição de olhos,  nariz e boca, adornados no rosto quadrado.

Ele estampou um sorriso claramente meigo e andou em minha direção. Fiquei imóvel inspirei o ar com força, certeiro os olhos, dei um passo.  Senti um tipo desconhecido de poder, uma espécie de força, ou vibração, trazida pela brisa. Repeti o gesto algumas vezes. Até que ao expirar e abrir os olhos, me deparei com toda aquela conjunção de beleza a um palmo do meu rosto.  Balancei a cabeça e me belisquei, aquilo não era real, eu só podia estar sonhando. Aceitei a mão que ele me oferecia.

O toque de sua pele passou volts de eletricidade por todo o meu corpo. Ele me levou para debaixo da árvore, ficamos em silêncio por alguns minutos. Lutei contra minha respiração irregular e tentei me alcamar.
- Que lugar e esse? - Perguntei tentando entender como fui parar ali, há poucos segundos eu estava pegando no sono em meu quarto. Agora, eu estava aqui

Seus lábios se moveram para um resposta, quando ele estava prestes a me responder, uma brisa gelada bateu em nossos corpos. Senti o vento me arrastar de perto dele. Eu estava prestes a lhe encher de perguntas quando.
Escuridão.
A escuridão tinha tomado todo o local. É eu estava em meu quarto novamente, com a cabeça cheia de pensamentos. Será que foi tudo um sonho ou tudo foi real?

Sonho com um AnjoOnde histórias criam vida. Descubra agora