Capítulo 2

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Antes de tudo acontecer...

Após a morte de Jonh, minha mãe assumiu a empresa e agora que se casou, Thom cuida para ela enquanto ela se esbanja em luxúria, moramos em bairro nobre de Nova York chamado Lower East Side, em uma corbertura duplex com uma vista privilegiada. Carros luxuosos e festas grandes são fetiches de Melissa e Thom, coisa que nem eu e meu pai em vida gostávamos!

***

O casamento deles foi esplêndido,  primeiro se casavam no civil e depois fizeram uma festa emorme em um salão, havia lindas mesas brancas, um tapete vermelho que ia até um altar improvisado e além de muitas flores. Ela começou a gastar horrores depois que meu pai morreu, uma prova disso foi sua enorme festa, nós somos donos de uma empresa na bolsa de valores, portanto entra e sai dinheiro. Minha mãe era um pouco mais velha que ele, Thom tinha 42 e Melissa 44, mas eles regulavam na idade

Thom tinha um filho mais velho que eu, se não me engano eram 4 anos de diferença comigo. Ele fazia um intercâmbio em Londres, me lembro que ele não pode comparecer no casamento. Portanto nem se quer sei quem é o sujeito, apenas sei seu nome Jonny

Dois anos e meio depois...

Devo confessar que o casamento de minha mãe com Thom, foi o que mais durou, o que me surpreendeu bastante vindo de Melissa

Eu estava com 15 anos, faltava pouco para meu aniversário de 16. Thom começou a me tratar de um jeito estranho, agindo como se fossemos um casal, me levava para almoçar com ele em restaurantes finos e bares. Pensei que ela divia estar tentando me tratar bem para desenvolver a relação "pai e filha" porque, querendo ou não, ele era meu padrasto.

Lembro de ter acordado com Thom sentado em minha cama me observando.

- O quê que você está fazendo aí? - disse me levantando assustada.
- Nada, queria saber se você quer ir almoçar comigo. Sua mãe saiu para fazer compras com  amigas e ficamos eu e você aqui!

Ele estava agindo de um modo estranho mas não dei importância para isso na hora.

- Bom, tudo bem! Vou só trocar de roupa - falei indo para o banheiro e me arrumar.

Ele assentiu com a cabeça e permaneceu sentado na minha cama.

- Você vai ficar aí? -Perguntei com as mãos na cintura
- Ah, me desculpe! -Ele se levantou e saiu do quarto

Terminei de me arrumar e desci

- Vamos?
- Claro! - Ele consentiu e depositou o braço sobre meus ombros

Chegamos no restaurante nos sentamos e pedimos o que iríamos comer. Enquanto esperávamos, Thom iníciou uma conversa um tanto quanto estranha

- Sabe Helisa, é uma boa enteada, gosto da sua companhia!

Ela colocou sua mão em cima da minha e começou a acariciar... logo a retirei.

- Obrigada! - Disse de um modo mordaz.

Esse jeito que Thom estava agindo comigo já estava me deixando assustada, não sabia aonde iria chegar.

- Você iria gostar de conhecer meu filho! Ele é um homem ótimo
-Seria um prazer. - Disse irónica mas ele não percebeu ou não demonstrou.

Fiquei tensa no meu almoço inteiro tentando evitar as investidas de Thom. Chagamos em casa e me tranquei em meu quarto refletindo sobre o comportamento de Thom.

Sim na época, era uma adolescente inocente e bastante tôla.

Meu aniversário de 16 era hoje, iria ter uma festa aqui em casa, minha mãe chamou vários amigos, tanto meus quanto dela, havia bebida liberada pra qualquer pessoa e para qualquer idade. Minha mãe nunca se importou com isso o lema dela era: beba até não poder mais, e quando não puder mais aumente seu limite...
Ela escolheu todas as bebidas de seu gosto.

Minha relação com ela passou a ser uma grande merda desde quando meu pai morreu, eu a criticava do modo que ela agia e ela fingia não me ouvir.

Estávamos ofegantes dançando loucos em uma pista de dança no terraço de nossa cobertura, segurando copos azuis e vermelhos cheios de vodka, a única pessoa que não encostou nem uma gota de álcool na boca foi Thom.

Eram 2:40 AM e todos estavam indo embora, minha mãe? Já estava desmaiada em seu quarto. Logo a casa se esvaziou, entrei na sala e lá estava, Thom Brooke com uma expressão de desdém e um sorriso extremamente sujo no rosto. Passei por ele no sofá, ele se levantou e segurou no meu pulso

- O que você pensa que está fazendo? - O perguntei rindo igual a uma idiota por causa da bebida
- Você é linda demais para beber esse tanto não acha? Quer ser igual a sua mãe?
- Não estou bêbada! - Me soltei de seu aperto. - Apenas animada, vou subir, tenha boa noite senhor Brooke. - Disse sarcástica

Ele me segurou mais forte e me jogou no sofá ficando por cima de mim e tapou minha boca

- Eu ainda não te dei seu presente de aniversário! - Ele começou a subir a minha blusa
- O-o que você está fazendo? -Perguntei assustada com ele já beijando a minha barriga.- Para!-Tentei me levantar e ele me segurou outra vez...
- Eu vou gritar! - Disse com a mente clareando.

Ele levantou a cabeça e me deu uma tapa na rosto.

- Grite então sua vadiazinha, acha que sua mãe vai te escutar? Aquela lá não iria ouvir nem uma bomba se explodisse dentro de seu quarto. - disse ele com ironia.
- Pois eu direi ela, amanhã!
- Ah você vai é? - Ele disse em um tom duvidoso. - Ela está cega de amor, nunca irá duvidar de mim.

Foi nesse momento que dei um chute no saco dele e corri em direção a cozinha, peguei uma faca e o ameacei. Estava agindo por pura compulsividade, mas era como eu iria me proteger

- Não se aproxime de mim... -Minha voz falhava devido o nervosismo e a bebida
- Sério? E o quê você irá fazer? -Ele se aproximou, então investi cortando sua mão
- Sua...sua..!

Seu olhar era de puro ódio. Ele me prensou contra a geladeira e tapou minha boca com a mão em que estava cortada e começou a desabotoar sua calça e tirar sua cueca.
Comecei a chorar e súplicar para que parasse. A cada palavra que pronunciava sentia o gosto do sangue daquele crápula. Ele abaixou minha saia e me penetrou, foi tudo tão sujo, eu chorava e ele gemia parecendo ter o melhor sexo da vida dele. Quando ele gozou, ele me soltou e disse:

- Esse será o nosso segredinho...

Ele me jogou no chão e subiu as escadas.

Eu estava no chão me sentindo imunda. Me levantei corri até meu quarto e o tranquei, peguei minha mochila velha, soquei o máximo de roupas que cabiam ali, peguei minhas economias que era por volta de 500 à 600 dólares e sai de casa sem olhar para trás!

***

(A foto à cima é do personagem Thom Brooke)

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