4. Apenas mais uma versão:

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E como forma de terminar esse artigo, deixo abaixo a minha adaptação particular de um, ou vários contos de fadas. Espero que gostem!


 Parceiros no crime.

O Lenhador novamente se encontrou com seu parceiro para planejar o próximo golpe. A semana passada ele foi a vítima inocente. Agora era a vez daquele maldito Lobo encardido.

Como combinado, o Lobo iria até a casa da velha e, fingindo ser uma besta ignorante e sanguinária, iria brincar com os sentimentos da anciã até a chegada da netinha. Aí então, ele apareceria e a usaria como refém para roubar todo o dinheiro que ela estivesse escondendo.

Ele já havia acompanhado os passos da garotinha, estrada a fora, a mais de uma semana. E como sempre, a pequena ignorante repetia inocentemente o mesmo ritual de se desviar do caminho, para adentrar o velho pântano para colher Nenúfares.

Esse desvio era providencial e permitiria que o Lobo chegasse antes na casa daquela ladra decrépita.

Sim! Nós já sabiamos do passado sórdido dela e de como, junto com seus sete comparsas anões, ela conseguiu extorquir todo o dinheiro daquela princesa tonta lá do reino do Sul. Eu só não entendia como esse papo, envolvendo fotos picantes no celular, havia funcionado.

No início tudo correu muito bem. Enquanto eu fiquei pra trás, acompanhando a pequena menina de roupa vermelha, o Lobo foi correndo para a casa da velhota. No entanto, quando ele começou a fazer o discurso padrão que havíamos combinado a velha jogou baixo e, se achando corajosa, citou o fracasso antigo que meu parceiro no crime tivera com aqueles três bacons delinquentes.

Isso, compreensivelmente, conseguiu tirar o Lobo do sério, tanto que ele não se aguentou e acabou engolindo a velha inteira!

Por um instante eu pensei que tudo estava perdido e que ele havia posto todo o plano a perder. Mas, quando a garotinha apareceu e se desesperou ao ver aquele mentecapto vestido com o penhoar ensanguentada da coisa antiquada, foi aí que eu aproveitei.

Primeiro eu, o famoso Lenhador das histórias, apareci galantemente e lutei com o malvado "monstro" para assim salvar a adorável garota e sua vovozinha.

HeHe! A velha ficou tão agradecida quando tirei ela de dentro do Lobo e joguei ele no rio, que ela abriu o cofre e me pagou uma grande recompensa.

O Lobo não teve problemas de se recuperar e a noite terminamos de afanar todo o tesouro bem debaixo do nariz adunco e verruguento dela.

Semana que vem repetiremos o processo. Só que dessa vez , eu vou pagar a dívida para meu velho parceiro pois nosso trabalho será de desalojar, à força, aqueles porquinhos.

Colocaremos suas casas abaixo pois um Rei mentecapto resolveu que todo aquele terreno e as florestas adjacentes são perfeitas para a construção de um mega estacionamento e um shopping center.

Tudo porque ele resolveu marcar um casamento com aquela empregadinha dos sapatinhos de vidro! Vai entender...


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