Prólogo

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Londres, 1818.

Filipe estava cansado.

Depois de tudo o que lhe acontecera ao cair da noite, ele só queria descansar.

Com o ombro e a perna direita feridos, ele mancava pelas ruas de Londres, tonto pela perda de sangue, resolveu que teria de procurar algum lugar para passar a noite.

Ao chegar no fim da rua em que estava, avistou numa das casas uma janela aberta, era de um tamanho regular pelo qual Filipe poderia passar facilmente, porém a janela estava no segundo andar. Desse modo, ele olhou ao seu redor e dirigiu-se para a árvore ao lado da casa em questão e com as últimas forças que lhe restavam, a escalou.

Chegando ao seu objetivo, ele teve uma ou outra dificuldade para passar a perna ferida, mas foi inaudível ao entrar. Se deparou com um quarto, no qual só conseguia enxergar uma larga cama de dossel, exausto, ele se adiantou até a cama e deitou-se.

A cama era muito confortável, ele pensou, passaria algum tempo ali deitado e sairia da casa antes do amanhecer. Precisaria ir atrás de um médico para tratar seu ombro e sua perna e, quando se recuperasse iria atrás de quem o feriu, mas agora ele precisava descansar, só um pouco.

Seu último pensamento antes de sua mente dar margem a escuridão era a sorte por te encontrado a tal janela.



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