Capitulo 11.

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Dedicado à @fermayara15


»» C O L L I N S.

   Todos foram embora assim que comemos tudo, Karoline não pôde vir dormir aqui pois lembrou que tenha um trabalho gigantesco para fazer e não tinha tempo de fazer depois. Aproveitei que estava sozinha e mais consciente e resolvi dirigir até a casa do meu pai para poder conversar com ele sobre tudo que aconteceu.

   Pego meu celular, visto um sobretudo e pego as chaves. A estrada estava tranquila, já estava quase amanhecendo então logo o trânsito aumentaria. Chegando lá, paro em frente à grande casa branca de meu pai e bato na porta da frente. Na terceira vez um homem alto e com sobretudo macio azul escuro me olha com um olhos enquanto esfrega o outro com a mão esquerda. Quando seus olhos encontram os meus ele abre um olhar de espanto e logo em seguida um sorriso acolhedor.

   "Ah filha, que saudades!" E me puxa para um abraço apertado. "Vamos, entre." Ele abre espaço para eu poder adentrar na casa.

   Sempre fico encantada quando venho aqui, é tudo tão grande e bonito, tudo claro e sofisticado. Meu pai sempre teve um bom gosto incrível. Fomos para a cozinha e sentamos na mesa para tomar o café, Joana, a cozinheira preparou tudo e era bem farto. Peguei um pedaço de queijo fresco, coloquei sobre ele um doce de goiaba e enchi um copo com o suco de abacaxi. Meu pai, ao meu lado  preocupa-se.

   "Filha, está tudo bem? Você me ligou ontem de madrugada falando que queria conversar comigo..."

   "Bom, sim..." coloco uma mecha de cabelo atrás da orelha. "Ontem eu resolvi dar uma festa na minha casa que começou no final da tarde e foi até de madrugada," suspiro e dou um gole no suco "depois de um tempo peguei umas bebidas achando que era vodka e acabei desmaiando." Ele ergueu as sobrancelhas e mordiscou uma torrada. "Assim que acordei, meus amigos examinaram a bebida e me falaram que ela estava batizada com alguma droga muito forte."

"Bom Sofia, minha filha, eu não posso te proteger de tudo, e você também foi irresponsável de colocar essa gente toda na sua casa, no mundo que  vivemos já está mais que na hora de você aprender a se cuidar sozinha." Ele bebe um gole do seu café. "Por que não volta, sei lá, a fazer uma luta? Muay thai ou MMA...?"

   "Ah pai, não sei, é mesmo necessário?"

   "Se ainda quiser fazes essas festas na sua casa, sim."

   Revirei o olhos, a última vez que fiz luta acabei me machucando feio, mas acho que vou voltar mesmo, é necessário. Conversamos mais sobre os negócios do meu pai, parece que tiveram que despistar da Polícia esses dias e ainda conseguiram acabar com todos os arquivos que eles tinham de nós. Fiquei aliviada porque provavelmente o caso seria encerrado já que não há mais provas de nada.

   (Coloquem a música do capítulo, "Seassons - Olly Murs.")

   Acabei saindo de lá após o almoço e fui para casa trocar de roupa. Calça leggin preta, blusa colada sem manga vermelha e um blusão de frio cinza da Adidas. Voltarei a luta hoje mesmo. Quando fiquei pronta dirigi em direção à academia e lá renovei minha matrícula e a aula começava às 3:45 p.m.

  Entrei no tatame antes e comecei a "aquecer" antes da aula começar. Logo vejo que sou a única aluna a não ser por um garoto alto que está parado em frente às janelas observando o dia. Ele tem cabelos grandes e costas largas. Usava uma bermuda preta e uma regata larga branca, o ignorei e fui pular corda.

   Já aquecida, pego minha luva de Muay Thai e começo a socar o saco de pancada que ficava pendurado no centro do tatame.

Danger » H.SOnde histórias criam vida. Descubra agora