Aqui estou eu. Arrumando minhas malas para ir morar com o noivo da minha mãe. Espero que ele seja um cara legal, acho que o nome dele é Daniel ou algo assim. Na verdade eu não me importo. Me falaram que ele tem gêmeos, e eles são um ano mais velhos que eu. Um menino e uma menina. Já estou até vendo. Mais gente para encher o " meu saco ". Termino de fechar a 3ª mala e ouço minha mãe gritando:
- Olímpia desça já !
- já estou indo mãe!
Pego a mala e desço. As outras 2 já estão no carro. Minha mãe está sentada no banco do motorista impaciente.
- Olímpia minha filha anda logo!
Ponho a mala, espremida no porta malas. Dou um jeito, e fecho. Entro no carro e sento ao lado da minha mãe.
- graças a Deus Olímpia! Achei que você tinha morrido lá encima!
- nem demorei tanto. Foram apenas 45 minutos!
Ela revirou os olhos e ligou o carro. Em pouco tempo chegamos ao aeroporto. Despachamos as malas e vamos ate a sala de embarque. Fico lá sentada, apenas esperando o meu voo ser chamado. Quando percebo que a umas 3 fileiras em frente à minha, há um homem me observando. Ele possui cabelos pretos, olhos negros como a noite. Perversos. Ele possuía um sorriso de canto. Crueldade transbordava de seus olhos. Ele me encarava como se eu fosse inimiga. Fiquei preocupada, e virei o rosto. Quando olhei novamente ele não estava mais lá. Bom, menos mal. Não terei que me preocupar com um maníaco atrás de mim. Ainda faltavam 40 minutos pro meu voo então comprei alguns livros e um chocolate quente.
Altofalante: última chamada para o voo 3279 com destino a Miame.
Minha mãe estava me fuzilando com os olhos, ela já era a 1ª da fila para o embarque.
Andei calmamente até ela, que me fuzilava com os olhos. Entramos na nave, o meu lugar era do lado da janela. Coloquei meu fone e comecei a ler: A menina que roubava livros. Já li várias vezes, mas é fascinante. Olho para o lado, e vejo que minha mãe está dormindo. Ao lado dela, estava o homem que me encarava mais cedo. Engulo em seco e volto a ler. Porém não consigo me concentrar. O que será que esse homem queria comigo? Ou melhor será que ele queria algo ? Poderia ser apenas paranoia da minha mente. É, deve ser isso mesmo. Tentei dormir, mas ele continuava me observando e eu estava cada vez mais tensa. Não preguei o olho a viajem toda. Fiquei prestando atenção nos movimentos dele. A procura de algo suspeito.
Aeromoça: Senhores passageiros, o avião está prestes a pousar, por favor sentem-se e ponham os cintos de segurança. Agradeço a preferência de voar com a *******.
Finalmente! Já não aguentava mais! Aquele homem ainda me encarava, e a cada momento isso me deixava mais preocupada. Logo o avião pousa. Olho para minha mãe. Ela está com uma venda de dormir preta, com bolinhas rosa e uns detalhes em renda também rosa. A sua boca está aberta, e está babando. Tiro uma foto, e a acordo.
- Mãããããããnheeeeeeeeeeeeeeeee!
- O que foi? Quem morreu?
Ela acorda, já preocupada.
- Ninguém mãe.
- Então por quê me acordou desse jeito ?!
- Porque nós chegamos
Ela me fuzila com o olhar novamente. Sua maquiagem está toda borrada, mas não aviso.
Pegamos a bagagem de mão. Nos dirigimos a sala onde ficam as malas, e no meu carrinho tem 3 malas, minha bolça, e uma mochila de costas. Já no da minha mãe, tem apenas uma mala e a bolça dela. Saímos da sala, e tem um homem trajando um terno preto, e óculos escuros. Parecia um pinguim. Ele estava segurando um cartaz escrito:
" Olímpia e Bárbara " fomos até ele que nos conduziu até o carro. Que por sinal era preto.
- hey pinguim qual o seu nome?
- Perdão madame, está falando comigo?
- está vendo outra pessoa com um terno de pinguim por aqui?
- perdoe-me a falta de educação, meu nome é Alec.Eu ia perguntar outras coisas, porém, chegamos.
A casa era linda. Toda branca. Possuía três andares. Um jardim que mais parecia um arco-íris em contraste com a brancura da casa. Alec e outros homens desconhecidos levaram nossas malas antes que eu tivesse tempo de protestar.
Logo apareceu na porta, o noivo da minha mãe. Eles se olhavam apaixonados. Apenas revirei os olhos.
- sejam bem-vindas!
- tanto faz!
Eu disse, e entrei atropelando-o. Digamos apenas que eu não sou muito... Qual a palavra? A já sei! Sociável! Não tinha amigos na minha antiga cidade, e não pretendo ter aqui. Um mordomo ( eu acho ) me conduziu ao meu quarto. Era lindo. Preto! Minha cama era branca, e os lençóis eram vermelhos! Simplesmente perfeito! O armário e a escrivaninha também eram brancos. Haviam duas estantes, uma cheia de livros, outra vazia. Acho que era para eu preencher. Me joguei na cama, e continuei lendo. Logo a minha amiguinha fome aparece. Resolvo descer, pois me lembro de ter visto uma cozinha lá em baixo. Desço apressadamente, e bato em alguém.
- Hey garota olha por onde anda!
- olha por onde anda você! Nem sei quem você é e já vem querendo botar moral?!
- sou Olímpia
- legal! Ninguém te perguntou. Não entre no meu caminho novamente.É, já estou vendo a merda que será minha vida daqui para frente.
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Ps: na foto é a Olímpia :3