Desastrada

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Quando cheguei no Starbucks com meu uniforme percebi a plaquinha indicando que estávamos a procura de alguém para trabalhar la e torci para que alguém entrasse logo querendo o emprego.
Coloquei minhas coisas no armário e fui para o balcão quando um homem bem gordo com um bigode grande se aproximou e começou a fazer um pedido enorme para o Luke. Depois de servir café durante três horas eu já estava exausta, peguei um pano e fui limpar as mesas, comecei limpando as mesas do fundo quando ouvi a porta se abrir mas como Luke estava atendendo continuei limpando, recolhi todos os copos das mesas do fundo e pratos e toda a sujeira, eu já sabia que era desastrada e como tinha muita coisa nas minhas mãos eu comecei a torcer pra não derrubar nada, então comecei a andar devagar olhando só pra frente, lembrei que se eu olhasse pra um lugar só eu teria mais equilíbrio mas foi então que não senti o chão sobre meu pé e em questão de segundo eu estava no chão, não só eu como tudo oque eu estava carregando senti meu rosto pegar fogo e torci para que o barulho não tivesse sido tão grande.
- Degrau idiota - resmunguei.
Continuei olhando pro chão enquanto recolhia tudo quando senti uma mão em meu braço e um arrepio atravessou meu corpo.
- Você tá bem? - Ele perguntou e aquela voz não era estranha.
Eu abaxei mais a cabeça quando outra onda de vermelhidão passava pelo meu rosto e balancei a cabeça em afirmativo.
- Tem certeza? - Ele inclinou a cabeça e olhou meu rosto. - Emma, é esse seu nome né?
Olhei para ele com meu rosto muito vermelho e concordei, não conseguia acreditar que ele se lembrava de mim.
- Liam, né? - Perguntei tentando ao máximo parecer indiferente mas a vermelhidão no meu rosto provavelmente havia me entregado.
Ele sorriu exibindo suas covinhas fazendo meu mais tons de vermelho vir ao meu rosto.
- Sim, o Luke me pediu pra falar com você.
- Co-co comigo?
- Sim ele disse que você me explicaria oque eu tenho que fazer, vou trabalhar aqui também.
Agora eu tinha certeza que nunca ninguém havia ficado mais vermelha do que eu.
- Certo, quer dizer, claro. - Meu Deus eu não tinha o menor jeito quando se tratava dele. - Comece me ajudando a levar isso. - sorri.
- Claro. - Ele sorriu e pegou metade das coisas que eu estava carregando e começou a levar para cozinha.
Eu passei o resto do meu turno tentando evitar olhar para ele mas as vezes nossos olhares acabavam se cruzando e eu ficava vermelha e desajeitada, mais do que eu já era. No final da noite esperei ele sair para que pudesse trancar tudo, na saída ele esperou eu trancar a porta.
- Então, tchau. - sorri.
- Vou te levar até seu carro. - Ele sorriu e eu corei.
- Obrigada mas... - não precisei terminar a frase ele já estava andando em direção ao estacionamento.
Eu corri pra alcançar ele.
- A gente trabalha no shopping, é seguro. - Eu ri.
- Nunca se sabe, é só uma precaução.
Caminhamos em silêncio até meu carro.
- Obrigada. - Eu disse.
- Sem problema.
- Eu pensei que você ia ir pra festa do Lucas, ele é seu amigo né? - Eu perguntei.
- Sim, ele é, mas eu não estava muito afim de festa hoje.
- E ai preferiu arrumar um emprego? - falei em tom de brincadeira.
- Algo assim, até amanhã. - Ele piscou pra mim e foi em direção ao seu carro enquanto eu ficava paralisada em estado de choque ainda, me forcei a entrar no carro me convencendo de que essa noite inteira havia sido apenas um sonho.
Cheguei em casa e me joguei na cama, ainda me perguntava se eu estava sonhando ou se ele tinha mesmo entrado naquela cafeteria e falado comigo, peguei meu celular e vi as mensagens de Luce.
"A festa ta muito legal, vc deveria ter vindo."
"O liam não veio, que estranho. "
"Não queria te dizer isso mas o Lucas disse que ele não veio pq saiu com a namorada."

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