Prólogo

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"Um ano antes"

-Christian! Vamos logo- falo cansada de esperar- Eu ainda vou criar raiz de tanto esperar esse menino se arrumar.
-Filha para de reclamar- minha mãe fala.
-Relaxa mãe, é porque ela não se preocupa em se arruma, e fica igual a um moleque- Christian fala descendo a escada.

-E ai vamos escola, ou a menininha esqueceu do batom?-pergunto com um pouco de ironia na voz.
-Pelo menos eu me arrumo.
-Vamos parar vocês dois?
-Sim senhora- Christian fala dando um beijo na testa da minha mãe e eu reviro o olho.
-Tem certeza q ele não caiu do berço quando era bebê?-perguntei dando um beijo na sua bochecha.
-Tenho filha-falou rindo.
-Eu ouvi isso.
-Eu falei pra você escutar mesmo.
-Moleque macho.
-Maria Chiquinha.
-Já falei para vocês pararem- minha mãe fala da porta.
-Foi ela quem começou.
-Foi ele que começo- falamos ao mesmo tempo
-Ta sei-minha mãe fala rindo-vocês poderiam uma vez na vida agir normalmente.
-Não-respondemos juntos e entramos no carro.

O caminho para a escola foi silencioso como sempre. A falta de comunicação depois de um tempo passou a ser reconfortante. Todavia era assim, ele não falava comigo e eu não fazia o mínimo esforço para puxar assunto.

Quando chegamos eu desci do carro e fui falar com as minhas amigas.

-Oi meninas.
-Oi-responderam juntas.
-Como foi o final de semana?
-Normal-Anne respondeu.
-Fomos pra fazenda do meu pai-Daniela falou.
-Em casa, tédio-Alice disse.
-E o seu?-Daniela perguntou.
-Fora a pedra do meu sapato foi normal.
-Cara ele não é tão chato assim.
-Pode crê ele é.
-Vamos entra?-preferem não insistir no assunto, sabem que não vai dar em nada.
-Vamos-respondemos juntas.

Entramos, mas como sempre, eu fico como excluída das minhas amigas.
Chegamos na sala e vamos nos sentar.
A aula foi normal como sempre.
Quando o sinal bate vou para fora e estranho porque o carro do Christian não estava lá,encostado no carro me esperando como de costume.

Bem vamos lá, Christian é o típico cara popular da escola, daqueles que fazem parte do time de basquete! Então, loiro dos olhos azuis, alto, forte, como eu posso disser: tipo aqueles caras que são o centro da atenções no colegial. É totalmente clichê eu sei. Parece filme, mas não essa é a minha belíssima vida. 

Já eu no caso, sou bem diferente, como minhas amigas dizem eu sou do contra. Por que? Pelo simples fato de eu não me arrumar como uma bonequinha, sou daqueles tipos de pessoa que não ligam para o fato de usar uma maquiagem ou qualquer coisa do tipo ou então me comportar como uma menina direta. Aff! Não gosto mesmo, e se alguém vier me cobrar, pode ter certeza que levará um fora.

Mas voltando a saída da escola vejo meu celular pois isso estava estranho porque eu tenho certeza que se ele não tivesse me esperado meus pais ficariam muito bolados com ele, e é claro que se isso aconteceu eu faria questão de contar para eles.

Já estava maquinando na minha mente como falaria para eles, mas foi ai que eu lembrei do meu celular e vi a mensagem da minha mãe:

"Filha seu irmão veio para casa mais cedo, venha embora com uma de suas amigas. Beijos, a mãe te ama."


"Pov's Christian"

E de novo mais um dia sem conviver com ela, isso esta me matando por dentro aos poucos, implicar com ela só pra chamar sua atenção é muito angustiante, falar coisas que eu não quero falar e que talvez a machuque mesmo sem ela demonstra e muito ruim. Queria poder fazer parte da vida dela, ser seu amigo, ser seu irmão mais velho. Mas parece que a única coisa que ela quer de mim é distancia, tenho muito medo que alguma coisa aconteça antes de eu poder me torna alguma coisa dela.

Hoje quando estava no terceiro tempo de aula o diretor apareceu na sala e disse:
-Senhor Christian, seus pais ligaram e pediram pra você ser liberado mais cedo. Pode ir.
-Obrigado senhor Wilson.
-Sempre tão educado. Christian, espero que entenda seus pai.
- Sobre o que o Senhor esta falando?
-Nada, dirija com cuidado.
-Sempre. Adeus e obrigado de novo Senhor Wilson.
-Não foi nada meu filho.
-Com licença.

Sai da escola com os pensamentos a mil: o que meus pais teriam de tão importante para falar que não podiam esperar a hora que eu chegasse me casa para falar.
Chegando em casa estaciono o carro e pego a minha mochila e vou para dentro de casa.
-Mãe, pai.
-Aqui filho-falam os dois juntos da sala.

Vou até lá e minha mãe esta com a maquiagem borrada, parece que estava chorando.
-Mãe aconteceu alguma coisa?-pergunto preocupado.
-Sim-ela responde.
-Me conte-peço.
-Eu não sei por onde começar.
-Meu filho-só depois que meu pai fala que eu me lembro que ele esta na sala.
-Sim pai.
-Quero que saiba que apesar do que te contaremos aqui nós te amamos muito.
-Pai o que esta acontecendo você está me assustando- pergunto com medo do que me dirão.
-Vou te contar só espero que você entenda- fala com um tom preocupado.
-Sim pai conte.
-Você sabe que você não meu filho biológico e da sua mãe né?-pergunta.
-Sim pai sei, mas porque voltar a essa história?
-Há dezesseis anos atrás e sua mãe trabalhávamos cuidado da segurança de um reino que fica em (**********). Lá nós trabalhávamos cuidando da segurança pessoal do rei, da rainha e de seu filho que tinha um ano de idade, e teve um dia que um inimigo de outro reino invadiu o palácio e queria matar todos. O rei e a rainha com medo que acontecesse alguma coisa com seu filho eles nos pediram para levar seu filho para longe e proteger ele até que tudo estivesse bem. Naquele dia nós conseguimos fugir e levamos o filho deles com a gente, eles conseguiram se salvar por pouco, por anos nós criamos essa criança com a gente e agora o rei do reino inimigo foi preso e agora eles querem que você retorne para assumir seu lugar no reino.
-Mais vocês contaram que me adotaram do orfanato daqui.
-Me desculpe. Mas tinha uma pequena chance de eles nos acharem e nos tivemos que botar na sua cabeça isso até ajuda do orfanato daqui nós pedimos para te manter escondido pois se te pegassem correria o risco de você ter uma reação diferente, e eles poderiam fazer algo com você.
-Que dia eu vou ir?
-Seus pais estão ansiosos para te reencontrar, então você já pode arrumar suas malas que daqui a pouco nós iremos te levar no aeroporto.
-Eu tenho que me despedir dos meus amigos eu não posso ir assim, e ainda tem a minha irmã.
-Meu filho seus amigos não são tão importantes quanto seus pais, e sua irmã entenderá seus motivos para ir embora antes dela chegar. Agora vá arrumar suas coisas e seus pais estão ansiosos para te ver.

Subi a escada correndo ainda assustado com a notícia e comecei a arrumar minhas malas. Mais meus pensamentos estavam em outro lugar.

"É mentira não pode ser e não sou nada. Tudo que eu quero é me aproximar da moleque macho, eu não quero ser um príncipe, eu não quero ir embora..."

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Oi gente! Bom, esse é o meu primeiro livro, obrigado por terem chegado até aqui!

Esse livro está sendo escrito a 3 anos, mas eu parei de escreve-ló e voltei agora para ver se consigo continuar.

Me desculpem os erros ortográficos e a falta do nome do país ainda estou pesquisando.

Obrigado! Beixus!!!

Uma rosa no caminhoOnde histórias criam vida. Descubra agora