- Srta Kimmie, pode por favor me contar o que aconteceu naquele dia? - perguntou a psicóloga - No dia em que você disse ter visto... aquela coisa.
- Não era uma coisa - falei - era, o Slenderman.
- Certo - ela anotou alguma coisa na sua planilha - mais pode me contar o que aconteceu naquele dia?
- Eu estava fazendo um piquenique com minhas bonecas (não era nada de mais, eu era uma garotinha de 6 anos de idade), em um bosque perto da minha casa, então, de repente ele apaceu, eu ouvia barulhos, era um barulho parecido com o que a televisão faz quando não tem sinal.
- Tinha mais alguém com ele?
- Não.
- E como ele se vestia?
- Ele usa um terno preto, calça social, uma gravata também preta, e... ele não possui, olhos, naris, e nem boca.
- Por favor, pode me dizer detalhadamente como tudo aconteceu até ele aparecer?
- Sim.
~Flashback on~
Eu estava com minhas bonecas, Kaila, Carla e Carol, uma de cada lado da mesinha branca, eu vestia um vestido listrado, preto e branco, estava com uma fita vermelha no cabelo, eu estava a brincar com minhas bonecas, eu ouvia barulhos de pessoas pisando nas folhas secas que estavam no chão, eu olhava mais não via nada, foi assim por mais uns 30 minutos.
- E quanto tempo você ficou lá? - perguntou a psicóloga.
- Cerca de 50 minutos.
Quando ele apareceu, eu fiquei apenas olhando para ele, ele estava andando na minha direção, então eu levantei do chão, ele pegou minha mão e me levou para a minha casa. Eu contei tudo para minha mãe, mais ela não acreditou, eu fiquei vendo ele por mais três semanas, depois disso, nunca mais vi ele, apenas um garoto.
- E como era esse garoto? - perguntou ela novamente.
Ele usava óculos amarelos, eram óculos que as pessoas geralmente usam para proteger seus olhos, ele tinha cabelos castanhos, pele branca, usava uma blusa listrada, marrom escuro e marrom claro, calça jeans azul, e botas pretas.
~flashback off~
******
- Até amanhã Kimmie - ela falou me levando até a porta.
- Até amanhã doutora Bia.
Ela fechou a porta e a recepcionista chamou outra paciente, e eu fui até a sala de espera onde minha mãe, Marcia, estava.
- Como foi a cessão? Achei que acabaria às 15:30, mais já são 16:10 - ela perguntou
- Foi normal, ela perguntou o que aconteceu naquele dia, e eu falei tudo detalhadamente. Ela fez mais perguntas que o comum, e também demorou um pouco para me atender, pois um paciente passou mal enquanto era atendido.
****
- Filha, o que você viu, não era verdade, era a sua imaginação - disse ela entrando no carro junto comigo.
- Mãe - falei calmamente colocando o cinto de segurança - O que eu vi, era verdade, eu pesquisei na Internet, existem vários casos como o meu no mundo todo.
- Filha essas pessoas falam isso, para ganhar fama na Internet.
- Mãe, por favor, acredita em mim, exatamente hoje, vão fazer 7 anos que vi o Slenderman, hoje tenho 13 anos, e até agora você não acredita em mim! Isso é está me deixando louca!
- Filha, por favor.
- Mãe! Por favor acredita em mim! - falei saindo do carro e entrando em casa.
Ela não disse nada depois que entrou em casa, e eu também não queria mais discutir com ela, eu apenas fui para o meu quarto, tomei um banho e me deitei na cama, pouco tempo depois, ouço um barulho vindo da rua, eu vou até a janela para ver o que tinha acontecido, e quando olho, vejo o mesmo garoto que vi depois do Slenderman, sua roupa estava cheia de sangue, ele acenou para mim, e eu acenei de volta, ele foi embora depois disso, eu sentei na minha cama e me encolhi no cantinho, peguei meu travesseiro e abracei ele com toda a minha força, eu comecei a chorar, eu não queria passar por àquilo de novo.
A verdade era que eu não vi o Slenderman no bosque, e sim um garoto com um corte nos cantos da boca, ele vestia um moletom branco manchado de sangue, e uma calça jeans preta, ele tinha uma faca em sua mão. Ele me levou para uma cabana na floresta, onde me amarrou numa cadeira, e fez pequenos cortes e furos nas minhas pernas com sua faca, toda vez que eu gritava, ele ria, cada vez mais alto e mais alto, ele só parou quando Slenderman chegou. Slenderman me desamarrou da cadeira e me carregou com seus tentáculos, amarrou o garoto na cadeira, e me levou para casa.
Minha mãe entrou no meu quarto e me viu chorando.
- O que foi Kimmie? - ela disse desesperada - O que aconteceu?
- Eu vi... eu vi ele de novo, o garoto de óculos - falei.
- Kimmie, não se preocupe, eu não vou deixar ele machucar você.
- Ele tem dois machados, e sua roupa esta cheia de sangue.
Ela ficou me olhando com um olhar um pouco assustado, mais logo pôs um sorriso no rosto.
- Vamos, hoje nós vamos jantar fora.
- Okay - falei indo até o quarda-roupa para vestir um short.
Minha mãe sai do meu quarto e eu visto meu short, também vesti um casaco rosa claro, e uma touca vermelha.
- Filha - ouvi minha mãe falar detrás da porta - Estarei lhe esperando no carro.
- Okay mãe - falei - Não irei demorar muito.
Fui até a janela novamente e vi que o garoto não estava lá, dei um sorrisinho. Sai do meu quarto, desci as escadas, e fui até o carro onde minha mãe estava.
- Mãe - falei - Quando a Sra era mais nova, via coisas estranhas?
- Não, porque? - disse ela confusa.
- Nada, eu só estava pensando.
- Então não pense tanto, pequena
- Mãe, nós tínhamos combinado que a sra não me chamaria mais de "pequena" se eu não deixasse meu quarto bagunçado.
Nós rimos e fomos para uma pizzaria.
Depois de jantarmos, voltamos para casa.- Mãe - perguntei - sabe aquela ligação que recebi lá na pizzaria?
- Sim.
- Era a Carla, ela me perguntou se eu não poderia dormir na casa dela.
- Claro que pode Kim, eu lhe deixo na casa dela dequi a pouco.
- Okay - falei saindo do carro junto com minha mãe.
- Vai logo arrumar sua mochila, eu vou ligar para a mãe dela e falar que daqui a pouco você estara lá.
- Okay mãe.
Entro em casa e vou direto para o meu quarto arrumar minhas coisas.
Carla, era a única pessoa na face da terra que acreditava em mim, ela não era doida, apenas era viciada em creepypastas, ou seja lá como elas se chama, ela diz que o que eu vi, era um creepypasta.