Entro com tudo pelo porta da frente,logo em seguida escutando barulhos de armas destravando, passo por todos que estão reunidos na sala,escuto um estrondo de algo caindo no chão e logo depois passos pesados vindo para minha direção,ando mais rápido entrando no corredor que dava para meu quarto,quando sinto um aperto forte em meu braço,paro.
-Onde você estava?.- Sinto seu bafo quente no topo da minha cabeça,sentindo uma pressão maior em seu aperto. Respiro fundo tentando me desvencilha de sua mão,serro os punhos prestes a berra com ele, mas penso duas vezes,eu ficaria da mesma maneira.
-Está me machucando.-Só consigo pensar nessa miséria frase.
-Me diz onde estava.- Agora ele diz entre dentes me virando para encara-lo,sua sobrancelha estava franzida,seus olhos me encaravam com atenção me analisando,seu nariz levemente enrugado,suas veias da testas saltando e sua boca levemente aberta,era uma mistura de irritação e preocupação.
-Não interessa.- Minha voz falha,ela nunca falha,desvio meu olhar do seu encarando a luz no final do corredor,não queria falar disso agora,só queria jogar essas roupas foras e ficar horas no banho,sem falar com ninguém.
-Claro que me interessa,eu sou seu irmão.-Ele me balança fazendo meu olhar voltar para o dele.Sua expressão de raiva foi completamente consumida por preocupação.- O que houve?
-Podemos conversar depois?.- Minha voz sai baixa e medrosa,me arrependendo de ter falado,fico mais decepcionada comigo,contraio o meus ombros me deixando menor.
-Me desculpa.-Diz passando os dedos por cima da jaqueta onde ele havia apertado.- Fiquei maluco por não saber onde estava.
-Obrigada.-Dou um sorriso quase imperceptível, mas eu sei que ele reparou.
-Pelo o que?
-Por se preocupar.- Saio de seu carinho e entro em meu quarto não olhando para trás,eu sei que ele estava parado me observando.
Vou direto para o banheiro me trancando, apoio meus braços sobre o mármore gelado, levanto minha cabeça devagar para olhar meu estado,deplorável.-Sua incompetente.-meus cabelos completamente bagunçados,minhas roupas sujas e rasgadas,e um cheiro horrível de lixo saia de mim.
Por instinto levo minha mão a minhas costas procurando minha arma,mesmo sabendo que ela não está ali, uma raiva cresce dentro de mim, começo a tirar minhas roupas com raivas a tacando no chão, tiro minhas bota vendo o suporte da faca vazio, passo meus dedos pelo o suporte já desgastando e me encaro novamente no espelho.- "Sua inútil" .
Destranco a porta e vou direto para minha comoda,me ajoelho abrindo a gaveta do meio,dou um soco forte contra a madeira do fundo falso fazendo meus dedos doerem,a madeira racha e soco mais uma vez ,a quebrando.Pego a unica faca que me resta, e a coloco no suporte de dentro da bota.
-Sua idiota de merda, como você pode ter deixado aquele resto de aborto fazer isso com você?.-Grito com todas as minhas forças,taco com tudo a bota contra a parede.-Fraca...burra .- Berro,sei que todos pela casa estão escutando mais um dos meus ataques,não dou a minia para isso. As coisas que aconteceram esses dois dias foram a gota d'água. Dou um tapa forte do lado esquerdo do meu rosto e depois no direto, a estralada dos tapas soa pelo quarto,sinto minhas bochas esquentarem, e desabo, choro,depois de cinco anos sem deixar uma gota de água sair dos meus olhos.