Prólogo

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    O físico Leonardo Vetra sentiu cheiro de carne queimada e sabia que era a sua. Levantou os olhos, aterrorizado, para a figura sombria que o dominava.

- O que você quer?

- La chiave - respondeu a voz rascante. - A senha.

- Mas eu não...

 O intruso curvou - se de novo para a frente, pressionada com mais força o objeto em brasa no peito de Vetra. Ouviu-se um chiado de carne grelhando.

- Não existe senha nenhuma! - E sentiu que mergulhava na inconsciência. 

O rosto do homem encheu-se de uma fúria contida.

- Ne avevo paura. Era o que eu temia.

 Vetra esforçou-se para manter os sentidos, mas escuridão envolvia-o pouco a pouco. Seu único consolo era saber que o seu agressor jamais obteria o que viera buscar. Um momento mais tarde, porém, o homem fez aparecer uma lâmina e ergueu-a diante do rosto de Vetra. A lâmina adejou no ar. Precisa Cirúrgica.

- Pelo amor de Deus! - gritou Vetra.

Mas 

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