Começo a digitar e vejo que as palavras saem sem eu ter pensado muito. Tudo acontece instantaneamente, algo pronto, como se tudo já estivesse montado no meu cérebro.
Olho para o lado, vejo uma garota aflita, olhando para o relógio repetidamente. Me vejo prestes a estar atrasado também, já são quase 7h30 e ainda não passou nenhum ônibus. Me sinto meio lerdo pelo fato de ter fracassado novamente em dormir cedo, o sono agora faz parte de mim. Percebo que o sol começa a irritar os meus olhos e vejo como estou mal. A luz parece me queimar, meu corpo arde e minha cabeça dói. Tenho que sair daqui, mas... – Cadê ele?? – Já se passaram 10 minutos e nada. Normal! Afinal sempre foi assim, porque acho que agora iria ser diferente? Não sei, acho que estou aprendendo a ser otimista ou me forçando a isso. Hum!! Péssima ideia, bom quando se descobre que algo é furada logo de inicio, não é preciso mais tent... Droga! Estou falando besteira novamente. Aquela velha frase se apodera da minha mente, como uma voz tentando me mostrar o caminho no meio da escuridão, ABRA SEUS OLHOS.Não há mais um garota do lado, lá se foi, me sinto tentado a ir também, mas ele pode passar na minha ausência. Não sei se vale o risco.
Fim!
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Parada 16
Short StoryUm cobertura sobre a minha cabeça, na frente ruas molhadas e entre ela e eu, um relógio!