Sinopse: Depois de um dia caracterizado como o dia T, de Terrível, Dona Morte resolve tomar uma atitude drástica! Ela resolve fazer terapia. Com ajuda de seu colega Destino, Dona Morte renova a casa, os instrumentos de tortura... isto é, instrumentos de trabalho, e o visual! Venham para mais um capítulo da vida da Morte moderna.
Vai, Morte!
Gênero: Comédia, sobrenatural.
Nota 01: Este conto possui redundante apelo à morte como ser existencial.
Nota 02: Pessoal, este conto foi revisado, mas qualquer coisa, um puxão de orelhas nos comentários será bem-vindo. Críticas descabidas serão lançadas ao fundo do abismo, só para constar...
Nota 03: Dona Morte está ganhando um livro só dela, cheia de contos com seus amigos! Todos os Contos estão na minha conta em conjunto com a Diany Cardoso.
Nota 04: Nossa, quanta nota.. O.o... Esse conto é o segundo em relação a um escrito por Diany Cardoso, porém, revisamos tudo juntas tantas vezes, que a maternidade deve ser dividida, hahahaha. Ou melhor ainda, leiam nossas obras completas no link lá do resumo!
Dona Morte faz terapia
Carla Ligia Ferreira
Dona Morte estava relaxada, reclinada na sua poltrona de couro negro e macio. Ela adorava aquela poltrona, seu cheiro, sua textura... Tudo remetia ao conforto meio malévolo do couro negro e das grandes mansões vitorianas.
Fora uma longa jornada desde o momento em que Dona Morte decidiu que deveria ter um local para descansar seus ossos – caso tivesse algum –, até ela efetivamente criar esse lugar, um verdadeiro lar para a morte.
Suspirando, ela lançou o livro que estava lendo numa pilha crescente. Amontoados aqui e ali estavam milhares de livros que tratavam da morte como um ente personificado, e espalhados lá e cá estavam as pilhas de DVD's de filmes, seriados e desenhos animados, também com o mesmo assunto: a morte e seu séquito.
Toda essa informação gerou na Dona Morte uma necessidade premente e urgente, algo que lhe tocava o mais fundo de seu ser sem alma: o desejo de companhia.
Que a verdade fosse dita, Dona Morte precisava urgentemente de ajudantes! E mais: ela desejava ardentemente um protegido. Alguém que lhe fosse igual e que lhe acompanhasse nos éons que ainda viriam.
Tudo isso – o castelo, os livros, os filmes e os desenhos – tiveram origem em seus longos encontros com seu terapeuta.
Já seus anseios por ajudantes e por um protegido nada mais eram do que o resultado daquele dia de cão – também denominado Dia "T", de Terror –, quando Dona Morte finalmente descobrira o que era o sofrimento. Conseguia se lembrar vagamente daquela fase da sua vida, quando, após embebedar-se pensando no whisky mais caro do mundo – afinal não tinha boca para beber – ela se viu aceitando a ajuda do Destino, aquele seu colega fanfarrão. Quem imaginaria, não é? Logo o seu caro colega que sempre se mostrara mais do que uma pedra no seu sapato em sua terrível tarefa de aterrorizar os humanos, acabou se revelando um verdadeiro amigo ao ajudá-la num de seus momentos mais desgraçados...
Ah, sim, Dona Morte ainda se lembrava do que a levou a este ápice existencial.
Após o "Dia T.", Dona Morte entrou em profundo desespero ao realmente pensar na miséria humana e ao descobrir que ninguém, nenhuma das pessoas que estavam na sua lista de morte pensava nela como um ser bondoso e gentil que lhe aliviaria as dores da vida.
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Dona Morte faz terapia...
HumorDepois de um dia caracterizado como o dia T, de Terrível, Dona Morte resolve tomar uma atitude drástica! Ela resolve fazer terapia. Com ajuda de seu colega Destino, Dona Morte renova a casa, os instrumentos de tortura.. isto é, instrumentos de traba...