Louis P.O.V.
Essa menina me assusta. Sei lá, talvez seja o jeito que ela esteja olhando pro papel de parede da Selena. Me levantei e caminhei até a cama da menina, e me sentei ao seu lado.
- Oi, como é o seu nome? - Perguntei. Ela olhou pra mim, e semi-cerrou os olhos, me analisando. Sorri pra ela.
- Alasca. - Ela respondeu, tão baixo que mais parecia um sussurro. Seus lábios estavam ressecados.
- Perguntei o seu nome, não onde você está. - Brinquei, mas ela não riu. Mas Cara sim.
- Meu nome é Alasca. - Ela disse de novo.
- Não quer um pouco de água? - Eu ofereci. - Seus lábios estão ressecados, você precisa. - Ela apenas fez que não com a cabeça. Cara e eu nos entreolhamos. - Okay né. - Eu disse e voltei pra cama da Selena. Cara havia se deitado. Me deitei ao seu lado. - Essa menina é estranha. - Sussurrei.
- Uhum. - Cara concordou, e meu celular começou a tocar. - Quem é? - Ela perguntou e eu enfiei minha mão no bolso da minha calça. Niall.
- Niall. - Respondi a Cara e atendi. - Fala irlandês.
- Acabaram as batatas. - Ele lamentou, logo de cara.
- Recomendo que vá ao supermercado então. - Eu disse.
- Não posso ir ao supermercado. - Ele disse.
- Costumam vender batatas em feiras também.
- Não sei onde tem uma por aqui.
- Procure uma fazenda com plantação de Batata.
- Louis.
- Tá bom Niall, você pode plantar uma batata no vasinho que tem na varanda. - Eu disse e a Cara riu.
- Loueh, por favor. Eu estou com fome.
- Mata um homem e come. Eu estou ocupado. Se vira aí, boy. Procura algo pra comer na geladeira.
- Mas eu estou com desejo de comer batata frita, mona.
- Lamento, seu bebê vai nascer com cara de Batata. Como a Sra. Cabeça de Batata.
- Tudo bem, eu posso ligar pro Liam. Ele sim vai comprar batatas e trazer pra mim por que é um amigo melhor do que vo... - Eu desliguei na cara dele e deixei meu celular na barriga.
- Pobre Niall. Por que não levamos as batatas pra ele?
- Porque ele tem duas pernas e dois braços, pode muito bem ir sozinho ao supermercado.
- Ele é como um bebê, Lou.
- Ou não né.
- Ou sim.
- Ou não.
- Ou sim. E eu estou com fome.
- Já vamos comer.
- Eu quero a comida da mamãe. - Ela choramingou.
- Nós já vamos ir para casa, amor. - Sorri.
- Mas eu quero comer agora.
- Não podemos deixar a Selena sozinha.
- Tem razão. Mas eu tô com fome.
- Pode me comer então. - Dei um sorriso pervertido. Cara sorriu maliciosamente e pegou o meu braço, e o mordeu. - Aish! Isso dói! - Puxei meu braço. - Sua canibal!
- Você disse para eu te comer.
- Não pensava que você fosse mesmo fazer isso.
- Mas eu fiz. - Ela sorriu e passou pra cima de mim, e começou a morder minhas bochechas, me babando todo.
- Aish, você está me babando. - Ri, e ela lambeu minha bochecha. - Que nojo.
- Você é delicioso, Tomlinson.
- Eu sei, agora para com isso. - Ela riu, deu uma última mordida em meu pescoço e voltou pro meu lado. Puxei a manga da minha blusa e limpei minha bochecha.
Eu ri e olhei pro outro lado. A tal menina, Alasca, olhava fixamente pra mim e para Cara, de uma forma assustadora, uma forma que me deixou todo arrepiado.
- Está vendo? Até se arrepiou com minhas mordidas. Só que com efeito retardado. - Ela riu, cravando as unhas no meu braço e arranhando o mesmo de leve.
- Shh...Não fala nada. - Sussurrei, ainda olhando para Alasca. Que menina demoníaca. Deus é mais.
- Voltei. - Selena entrou no quarto, e parecia estar meio pra baixo. Ela jogou sua roupa suja no cesto e sorriu pra gente.
- Vamos agora então? - Me levantei.
- Vamos. - Selena respondeu e Cara se levantou, e nós caminhamos até a porta.
- Você vai ficar bem, Alasca? - Selena perguntou antes de sairmos, mas a menina não respondeu. Selena deu de ombros e então, nós saímos.
- Eu hein, essa menina é muito esquisita. - Cara disse me entregando sua bolsa de lado.
- E você bem folgadinha, né mona? - Eu disse colocando a bolsa da Cara.
- Enfim, ela sempre foi assim. Acho que ela não tem amigos. Nunca levou ninguém pro dormitório, e sempre fica sozinha. - Selena disse e suspirou.
- Talvez seja porque ela não queira. Ela é muito esquisita. Quando eu falei com ela, ela me olhou de um jeito como se eu fosse tirar uma faca do cu e matar ela. - Eu falei.
- E ela não tem um humor muito bom. - Cara disse e riu fraco.
- Acho que ela tem algum trauma. No começo, ela foi desconfiada com qualquer coisa, qualquer movimento meu ela já se assustava ou sei lá... Ela tem sérios problemas com confiança. - Disse Selena ao sairmos do prédio dos dormitórios.
- Ah... Mas você não tem medo de dormir com ela lá? - Cara perguntou e cruzou os braços. Acho que ela também ficou com medo do olhar satânico da menina.
- Como assim? - Selena franziu as sombrancelhas.
- Vai me falar que você não reparou nos olhos daquela menina? E ela olha bem fixamente pra você, bem direto. E não disfarça. - Eu respondi pela Cara.
- É mas... - Selena começou.
- Ah, chega de falar. Apenas vamos pra casa. - Eu falei, e então começamos a ficar em silêncio. - Tá gente, não precisa ficar mesmo em silêncio. Vamos falar sobre... sobre pinto.
- Um pintinho amarelinho? - Cara riu.
- Meu pintinho amarelinho, cabe aqui na minha mão, na minha mão. Quando quer comer bichinhos, com seus pezinhos ele cisca o chão. Ele bate as asas, ele faz piu piu, mas tem muito medo é do gavião. - Selena começou a cantar a musiquinha. Tipo, com a dancinha e tudo. Como ela entrou pra faculdade mesmo?
- Você conhece? - Cara perguntou pra mim enquanto caminhávamos, e deixávamos Selena para trás.
- Nunca vi na vida. - Eu respondi e ri.
- Louis, Cara, me esperem! - Selena gritou e se pendurou em mim e em Cara.
- O que? Que menina doida, MEU NOME É JOCELYN! - Cara gritou também.
- E O MEU WILLIAM! - Gritei. E me Soltei de Selena. Eu e Cara continuamos andando até que ouvimos um choro forçado tipo mais como um berro atrás da gente. - Ela não está fazendo isso, está? - Sussurrei.
- Sim, ela está. - Cara respondeu. Nos viramos e vimos Selena sentada no chão, esperneando e fazendo birra, com todo mundo olhando pra ela. - Vamos ir sem ela ou deixar ela aí?
- Acho que se deixarmos ficaremos como más amigos. Vem, vamos. - Eu disse e caminhei até Selena com a Cara. - Selena. Levanta agora desse chão. Esta pagando um vexame.
- Vocês dizem que não me conhecem. - Selena fez birra e eu revirei os olhos.
Senhor, me lembre de na minha próxima vida eu fizer amizades que tenham nem que seja um pouquinho de maturidade mental.
- ALÔ ALÔ, TODO MUNDO. TÃO VENDO ESSA VACA GORDA SENTADA NESSA CARALHO DE CHÃO? ELA É A VADIA DA MINHA MELHOR AMIGA! - Gritei, e todo mundo olhou pra mim por um segundo, mas logo em seguida voltaram a fazer o que estavam fazendo. Selena sorriu largo e se levantou. E então, saímos andando, nós três até o estacionamento. - Na próxima vez, vou deixar você sozinha largada no chão, sua porca.
- Oinc, oinc. - Selena riu enquanto eu destrancava o meu carro.
- Oinc, oinc. - Cara imitou Selena.
- Entrem no carro, Peppas Pigs. - Falo entrando no mesmo. As duas entram no banco de trás. Eu liguei o rádio, manobrei o carro e comecei a dirigir.
- Essa música é chata. Troca. - Cara pediu.
- Não. Eu amo essa música. - Disse Selena e então eu desliguei o rádio.
- Ei! Por que você desligou? - Cara disse, indignada.
- Estamos chegando. Você não mora tão longe assim do campus então não é necessário ficar ligado. - Respondo.
- Então por que você ligou? - Selena perguntou.
- Porque eu quis. O carro é meu e se eu quiser que o rádio fique desligado ele vai ficar. - Sorri.
- Nossa que metido. - Cara disse e fez uma careta.
- Nem fale amiga, os homens de hoje são todos assim. Todos uns metidos chatos. - Selena concordou mexendo nas unhas como uma patricinha e eu ri.
Não demorou muito para que chegássemos na casa de Pandora. Saímos do carro e eu tranquei o mesmo. Liguei o alarme e subimos direto pro terceiro andar. Cara abriu a porta e então entramos.
- Mãe? - Cara chamou por sua mãe. E então, só senti um cheiro de lasanha entrar pelo meu nariz. E a Sra. Delevingne apareceu na porta da sala.
- Louis? Oh meu Deus, querido. Como senti sua falta! - Tia Panda correu para me abraçar.
- Até parece que alguém esqueceu de quem é mãe. - Cara revirou os olhos e eu ri, junto com a Tia Panda.
- Oh, pare com isso, querida. Eu te amo, mas fazia meio século que eu não via o Louis. - Tia Panda me abraçou de lado. Não, ela não se parece um panda. Mas o nome dela é Pandora. É um apelido fofinho.
- E eu estou aqui, amiga, para você. - Selena disse para Cara, e a abraçou de lado também.
- Eu tô com fome. - Disse a Cara e seguiu com a Selena pra cozinha.
- Eu também. E esse cheiro está contribuindo. - Disse pra tia Panda ao entrarmos na cozinha. Josh estava sentado no balcão, vestido de pinguim.
- E então, mano? Por que desse visual super casual? - Cara perguntou pegando uma maçã e se sentando no balcão ao lado de Josh.
- Pergunte para mãe. - Ele revirou os olhos.
- Por que Josh está vestido assim em plena uma e meia da tarde de uma segunda feira, Tia Panda? - Perguntei.
- Vamos ter convidados. O Sr. e Sra. Jones. Eles vão trazer sua filha para conhecer o Josh. Ele está triste demais pela Jade. Precisa esquecer ela. - Tia Panda me respondeu.
- E então vocês vão arrumar um namoro arranjado pra ele? - Selena cruzou os braços abrindo a geladeira e pegando uma vasilha cheia de morangos e leite condensado. Tia Panda colocou aquelas luvas de tirar forma do forno e tirou a lasanha do mesmo.
- Não é isso. Jamais obrigaria meu filho a ficar com alguém que ele não goste. Vou apenas dar um empurrãozinho. A filha dos Jones também está mal, eles poderão se ajudar. - Ela disse sorrindo.
- Ah mãe, não vou nem discutir com você. Me dá um morango, Sel. - Ele pediu. E, por incrível que pareça, Selena deu um morango recheado de leite condensado para Josh.
- Também quero, minha Moranguinho. - Pedi, mas ela fez que não com a cabeça.
- Está acabando. - Ela falou.
- Aish, você é uma chata. Tia Panda, podemos comer a lasanha agora? - Pedi.
- Não. Temos que esperar os convidados. E eles infelizmente vão se atrasar. - Ela respondeu e eu fiz beicinho. - Coma uma fruta. - Suspirei e caminhei até a fruteira. Encostei numa maçã e olhei pra Cara, que me fuzilou com o olhar. Ri fraco e peguei uma banana. Descasquei a mesma e comi. E outra. E outra. E outra. E fiquei comendo bananas enquanto os outros iam servindo a comida na sala de jantar. Acabei com as bananas e eles voltaram pra cozinha, e ficamos em um silêncio.
- EU QUERO MINHA LASANHAAAA! - Gritei, fazendo todos se assustarem.
- Calma querido, os convidados já estão pra... - Tia Panda começou a falar, mas foi interrompida por batidas na porta. - Está vendo? Chegaram. - Eu sorri largo. Cara e Josh desceram do balcão, e então, nós 5 saímos da cozinha e então, eu, Josh, Cara e Selena nos sentamos no sofá enquanto a tia Panda ia abrir a porta.
- Olá, queridos. Quanto tempo. - Ela sorriu e os comprimentou.
- Pandora, como você sumiu. Não devo te ver há uns 5 anos. - E aí elas ficaram nesse blá blá blá de reencontro na porta, o que fez eu parar de prestar atenção na conversa e olhar pras minhas unhas. Elas estão grandes demais, esta na hora de eu cortar. E uma lixadinha também cairia bem. Talvez uma passada de base. Ou sei lá. Tenho que estar sempre gato pros meus bofes, né? Da cabeça aos pés.
Selena me cutucou. Eu hein, o que será que ela quer? Não me deixa olhar pras minhas unhas. Olhei pra ela e ela estava olhando para família que acabou de entrar.
O Sr. Jones meio que estava só um pouquinho acima do peso. Um pouco, talvez muito. E a Sra. Jones também. E ela ser baixinha meio que não contribui muito. Mas o que mais me chamou a atenção não foi a gordura dos pais da menina, foi quem era a menina. E tá explicado o porque dela ser tão magrinha. Seus pais comiam toda a comida e a deixavam sem comer. Porque só isso pode explicar, não é?
- Alasca? - Eu Franzi as sombrancelhas. Ninguém falava nada ali, e estava realmente muito tenso.------------
Oioi gente, eu sei, demorei pra postar mas é que eu fiquei sem celular e tals, mas eu fui continuando os capitulos no meu caderno e eu tenho até o 26 pronto, só vai demorar um pouco pra eu passar pro wattpad, mas prometo que vou continuar postando.
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Heartbreak.
Fanfiction- Ei. - Hum? - Eu te amo. - Ama? - Amo. - Okay. - Só vai dizer isso? - Você demorou demais para dizer as três palavras. Não acredito em você. - Tudo bem. Mas eu sinto sua falta. você sumiu. - Você me procurou? - Não, mas... - Então cale a...