Já havia amanhecido,e eu estava voltando do enterro de meu pai. Aquela cena havia sido dolorosa demais para mim. Eu não conseguia acreditar que tudo era culpa daquele vagabundo. Ou será que era culpa minha?! Se eu não tivesse armado para o Leonardo, eu não teria sido estuprada, e meu pai ainda estaria aqui ao meu lado para me dar todo amor necessário.
A dor, juntamente com a culpa começou a corroer meus pensamentos. Se meu pai não estava mais ali por culpa minha, por que eu ainda tinha que estar viva?!
Contei até três, abri a porta do carro e me atirei do carro em movimento. Minha mãe parou o carro na mesma hora e foi correndo em minha direção. E em menos de 10 segundos eu já havia virado foco daquele lugar.
Mas de repente eu fui apagando, e quando eu acordei já estava no hospital, ligada a maquinas. Ao olhar para o lado eu vi a minha mãe que imediatamente perguntou:
- Ju, porque você se atirou do carro?
- O papai morreu por minha culpa, não tem porque eu estar viva.
Ao ouvir aquilo minha mãe respirou fundo, pegou o celular e começou a falar com alguém.
