CAPÍTULO 11

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O sol agora alto no céu, lançava raios de luz através das janelas do instituto. A garota seguiu pelos corredores silenciosos em direção ao seu quarto, sua mente girando com pensamentos sobre as mortes na cidade, e uma inquietação sobre o segredo que seus pais pareciam esconder a perturbava profundamente.

Enquanto chegava na porta de seu quarto, ainda absorta em seus pensamentos, ela foi surpreendida por uma aluna, que se aproximou apressada, a mesma moça que alguns dias atrás estava na reunião do porão.

— Chloe, a diretora quer vê-la imediatamente — disse a aluna, com um ar de urgência.

— Me ver? O que ela quer? — falou espantada.

— Eu não sei, ela só me disse pra lhe avisar.

— Espere um pouco, vou guardar esse livro no quarto — a vampira abriu a porta e colocou o diário de Perry em sua gaveta na mesa de cabeceira, e logo se retirou.

Curiosa e um pouco apreensiva, a vampira seguiu a jovem até a sala da diretora. Onde foi deixada pela colega. Ao adentrar no escritório, encontrou-a sentada em uma cadeira grande, seus olhos penetrantes pareciam sondar a alma.

— Posso saber por que saiu da academia sem minha permissão? — perguntou com a  voz carregada de desaprovação.

— Bem, eu... havia alguns assuntos que precisava resolver na cidade — tentou explicar, escolhendo cuidadosamente suas palavras.

— A saída da academia sem autorização é estritamente proibida, a não ser que seja para se alimentar — Madelyn cruzou os braços — isso compromete a segurança de todos aqui.

A loira abaixou os olhos, mas não entendia porque tantas regras, já que ela viveu anos no mundo mortal . Mas não queria ter mais reprovação então simplesmente concordou  com o discurso da mais velha.

— Eu entendo, diretora. Foi uma decisão precipitada da minha parte.

— E não é apenas isso — continuou a diretora. — Levou consigo outros alunos, você colocou todos em risco.

A vampira engoliu em seco, percebendo que suas ações não passaram despercebidas. Madelyn estava claramente insatisfeita com a quebra das regras.

— Nós estávamos investigando algo grave na cidade, algo que poderia afetar a todos na academia — ela respirou fundo antes de continuar. — Eu morei por anos no mundo mortal e sei me cuidar.

— As regras existem por um motivo — falou mantendo  seu olhar severo. — Você não pode decidir por conta própria quando e como sair da academia, a não ser para se alimentar.

A diretora continuou a repreensão, destacando a importância da disciplina e da obediência às regras do instituto. A jovem não queria mais levar bronca, então decidiu contar sobre as mortes.

— Diretora, eu sei que fui repreendida por ter saído sem permissão, mas há algo muito sério acontecendo na cidade. Há mortes inexplicáveis, e...

— Eu já estou ciente senhorita Smith —  interrompeu a, erguendo uma sobrancelha. Sua expressão misturava-se em descontentamento e irritação.

— Você sabe? Então por que não estão fazendo nada? — a jovem não conseguiu esconder sua frustração.

— Sim, estou ciente dos acontecimentos na cidade. E não é da sua conta se intrometer em assuntos que estão além do seu alcance.

— Mas não são só as mortes — a vampira decidiu falar — eu encontrei caçadores na floresta eles estão mais próximos do que pensam.

A diretora se levantou rapidamente da cadeira batendo sobre a mesa.

— Porque não me disse nada disso antes Smith.

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