CAPÍTULO 14

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Chloe andava de um lado para o outro na sala de estar da casa de Yejun, o som dos seus passos ecoavam no ambiente silencioso. Seus olhos estavam fixos na escada que dava ao quarto onde Alice estava há meia hora, tentando ajudar seu amigo. A preocupação pesava em seu peito, e seu coração batia em um ritmo acelerado. Ela não conseguia evitar pensar nos ferimentos de Yejun, e cada segundo que passava parecia uma eternidade.

Adrian, Ethan e Sofia estavam sentados no sofá, trocando olhares. Ninguém sabia ao certo o que dizer para confortar Chloe, que estava claramente angustiada.

— Chloe, ele vai ficar bem — disse Ethan, tentando soar otimista. — Alice é boa nisso de poções, e ela está fazendo tudo o que pode.

— Eu sei — respondeu, com voz trêmula. — Mas e se não for o suficiente? E se... — Ela não conseguiu terminar a frase, a dor de imaginar o pior era insuportável.

— Você fez tudo o que podia, amiga — Sofia se aproximou da garota e colocou a mão em seu ombro — trouxe-o para casa dele. Agora, precisamos confiar na Alice e no que ela está fazendo lá dentro.

— Vocês viram como aquelas criaturas eram fortes — a jovem se virou para encarar seus amigos e suspirou. — Isso não foi coincidência. Eles estavam lá por uma razão.

— Concordo — Sofia assentiu — Mas a questão é: por quê? Por que aquelas bestas apareceram e por que nos atacaram.

— Estava pensando nisso — Ethan cruzou os braços e franziu a testa — você disse Chloe, que tem uma vampira perigosa matando mundanos, não que isso seja errado para nós, mas eles não estão seguindo as regras. E se aquelas criaturas estiverem relacionadas a isso?

— Mas por que iriam atrás de nós? — questionou Sofia.

— Minha mãe mencionou essa vampira, mas não deu muitos detalhes — a loira respirou fundo, tentando juntar as peças — talvez essa vampira esteja tentando eliminar qualquer ameaça que possa impedi-la, ou talvez ela queira algo específico de nós.

— Mas o que poderíamos ter que uma vampira poderosa desejaria? — o feiticeiro balançou a cabeça.

— Talvez não seja sobre o que temos, mas sobre quem somos — o lobisomem deu um passo à frente — cada um de nós tem habilidades e conexões. Talvez ela veja isso como uma ameaça.

— Precisamos descobrir mais sobre essa vampira. E rápido. Não podemos deixar que ela continue com isso, e também temos que descobrir se ela tem alguma coisa haver com essas bestas — Chloe se pronunciou.

A porta do quarto se abriu, e todos se viraram. Alice desceu as escadas com um leve sorriso nos lábios.

— Alice! Como ele está? — Chloe correu até a garota.

— Ele vai ficar bem. Fiz o melhor que pude com a poção de ervas. O lugar mais ferido foi sua mão, os outros ferimentos foram mais arranhões. Abri a blusa dele para ficar mais confortável, e coloquei uma faixa em sua mão e um curativo no rosto. Ele precisa descansar, mas os ferimentos não são fatais.

— Obrigada, Alice — lágrimas de gratidão escorreram pelo seu rosto — eu... eu não sei o que teria feito se algo pior tivesse acontecido.

— Estávamos conversando sobre as criaturas que nós atacaram — Sofia argumentou — você tem alguma ideia de quem são.

— Tenho algumas teorias — a jovem suspirou, sentando-se no sofá — se a vampira de quem Chloe falou está envolvida, então essas criaturas podem ser seus súditos. Bestas feitas para caçar e eliminar ameaças.

— Mas como podemos detê-la — Sofia pensou alto.

— Vamos precisar descobrir mais sobre ela, seus motivos e suas fraquezas. E para isso, vamos precisar unir todas as nossas forças e conhecimentos — falou Alice olhando para o grupo.

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